sábado, 24 de novembro de 2007

214 - SERPENTES A BORDO


serpentes a bordo (snakes on a plane, usa 2006) – pois é, vi isso. Já sabia do que se tratava, não posso reclamar – afinal, o título já diz tudo. No entanto, Samuel L. Jackson estava no elenco, e eu precisava conferir se ele tinha mesmo embarcado nessa canoa furada e cheia de serpentes. Na trama, ele é um agente do FBI que escolta uma testemunha crucial num processo contra a máfia em um vôo para Los Angeles. Os bandidos, então, despejam algumas centenas de víboras dentro da aeronave. O curioso é que o filme começou como um sucesso estrondoso de marketing via internet, antes de estrear, em setembro de 2006. Tudo por causa, exatamente, do título auto-definidor, que estimulou os fãs a inundar a rede com mensagens a respeito do filme. Vale como marketing, mas o filme é muito ruim, com efeitos primários e atuações pífias. Jackson, este sim um cobra, perdeu uma ótima chance de fazer um outro filme à altura de seu talento.

213 - OS CORRUPTOS


os corruptos (the big heat, usa 1953) – de Fritz Lang. Excelente exemplar do filme noir, com Glenn Ford (01 de maio de 1916, Canadá – 30 de agosto de 2006) como sargento Bannion, um policial que começa a sofrer ameaças, depois de investigar o suposto suicídio de um chefe de polícia. Sua esposa (Jocelyn Brando, irmã mais velha de Marlon, 1919 - 2005, linda, na foto aí do lado) morre num atentado planejado para ele. A partir daí, Bannion passa a ser perseguido pelos colegas corruptos da corporação. Fotografia e roteiro primorosos, além do talento de Ford, evidentemente. Lee Marvin (19 de fevereiro de 1924 – 29 de agosto de 1987) tem um papel que justificaria sua futura fama de homem mau, especialmente na cena em que joga café quente no rosto da amante (que malvado!). Mais um exemplo de como havia filmes excelentes antigamente.Só por curiosidade: Lang, nascido em Viena, havia sido convidado por Goebbels para ser o presidente do Instituto Alemão de Cinema, em 1933, mas não aceitou o cargo por ser anti-nazista. TCM, 24 de novembro de 2007.

sábado, 17 de novembro de 2007

212 - INVASÃO DE DOMICÍLIO


invasão de domicílio (breaking and entering, usa 2006) – de Anthony Minghella. Jude Law (29 de dezembro de 1972, Londres) é Will Francis, um arquiteto que mantém um estiloso escritório numa das regiões mais pobres de Londres, King’s Cross, vive com namorada Liv (Robin Wright Penn) e a filha adolescente problemática desta. Quando descobre que o assaltante que vem roubando coisas de seu escritório é um menino bósnio, Miro, se aproxima da mãe dele, Amira (Juliette Binoche, 09 de março de 1964, Paris), e os dois começam a se envolver, à princípio por razões distintas. Pois bem, a história parece apontar para várias representações, a partir do significado suposto dos assaltos cometidos pelo menino e das atitudes do conflitado Will. O relacionamento de Will com Liv não está bom, muito em função da aparente hiperatividade da filha dela. Aí, ele tenta sair desta situação forçando a entrada em outra (com a mãe do menino), ou seja, há sempre a ação de entrar e sair das situações através de subterfúgios e meios obscuros. Nisso, Will e Miro se aproximam e apresentam certa necessidade de uma figura feminina forte, papéis cumpridos por Amira e Liv, intercambiavelmente, como veremos no final do filme. Observa-se, também, o problema social dos imigrantes do leste europeu em grandes centros, como Londres. os personagens de Minghella sempre parecem buscar a redenção. É o caso aqui. Outra coisa: rara oportunidade de ver uma cena de nudez de Juliette Binoche, apesar de ter posado para a Playboy francesa recentemente. Juliette é, sem dúvida, uma das atrizes mais lindas e talentosas do cinema.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

211 - 0 GAVIÃO E A FLECHA


o gavião e a flecha (the flame and the arrow, usa 1950) – história meio copiada de Robin Hood, com Burt Lancaster (02 de novembro de 1913 – 20 de outubro de 1994) tendo a chance de mostrar seus dotes acrobáticos (havia trabalhado em circo antes), juntamente com o simpático Nick Cravat (11 de janeiro de 1912 – 29 de janeiro de 1994). Dardo (Lancaster) lidera os camponeses na luta contra o Conde Ulrich (Frank Allenby), que rapta seu filho. Virginia Mayo e Robert Douglas compõem o elenco. O filme é uma delícia e é um exemplo clássicos dos filmes em que o herói aparece pendurado num candelabro e lutando com espada, como na época de Erroll Flynn. Um dos filmes da minha infância.

210 - ROBSON CRUSOÉ EM MARTE


robson crusoé em marte (robson crusoe on mars, usa 1964) – uma pérola do gênero trash da ficção científica dos anos 60. O título já diz tudo: astronauta cai em Marte e luta pela sobrevivência, à princípio sozinho, e, depois na companhia de um chimpanzé e de Sexta-Feira, um escravo fugitivo de uma mina explorada por civilização alienígena. E ainda tem Adam West, num papel pequeno, mas no qual ele tem a chance de mostrar toda sua falta de talento que, mais tarde, exploraria com inteligência em Batman, na TV. Direção de Byron Haskin.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

209 - A RAINHA


a rainha (the queen, inglaterra/frança/itália 2006) – de Stephen Frears. Literalmente, um drama da vida real. Quando Diana Spencer morre num acidente de carro em Paris, a rainha Elizabeth (Helen Mirren, 26 de julho de 1945) acredita que o protocolo e a tradição devam ser mantidos, enquanto o mundo e, em especial, a Inglaterra, é tomado de profunda comoção. Para enfrentar essa inusitada situação, ela precisa da ajuda do novo primeiro-ministro, o jovem e popular Tony Blair (Michael Sheen, excelente). Política, família, mídia, nobreza e vulgaridade são tratados com fascinante sutileza. E Helen Mirren ainda ganhou o Oscar. Sheen tem uma atuação inesquecível. James Cromwell também convence como o desenxabido príncipe Phillip.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

208 - GIGOLÔ EUROPEU POR ENGANO


gigolô europeu por engano (deuce bigalow: european gigolo, usa 2005) – humor rasgado de Ron Schneider (31 de outubro de 1963), sem nenhuma conseqüência. Desta vez, ele vai à Europa, mais especificamente Amsterdã, e leva consigo a prótese da perna de sua finada esposa. Bem, está aí, talvez, a maior piada do filme. O resto você pode imaginar. Direção frouxa de Mike Bigelow.

207 - LARA CROFT: TOMB RAIDER


lara croft: tom raider (lara croft: tomb raider usa, 2001) – o filme serve como veículo para o carisma e o sex appeal de Angelina Jolie. E só. A adaptação é mal feita, a história é confusa e sem imaginação, emulando precariamente Indiana Jones. Francamente, nem Angelina está à vontade aqui. Só os fãs mais radicais poderão gostar desse video-game sem graça. Totalmente dispensável. Direção de Simon West.

206 - UM NOITE COM SABRINA LOVE


uma noite com sabrina love (una noche con sabrina love, argentina) – de Alejandro Agresti, de A Casa do Lago (2006). Um adolescente de 17 anos, do interior da Argentina, ganha um concurso para passar uma noite com uma famosa estrela pornô, Sabrina Love (Cecília Roth, 08 de agosto de 1956 BsAs), e começa sua viagem até o estúdio em Buenos Aires, onde se encontrará com ela. No caminho, vai conhecendo vários personagens que o ajudam na formação de sua personalidade. Belo filme de Agresti sobre os rituais de iniciação sexual, tendo como pano de fundo uma história inusitadamente delicada.

domingo, 11 de novembro de 2007

205 - NO CAIR DA NOITE


no cair da noite (the tooth fairy, usa 2006) – de Chuck Bowman. Mesma fórmula dos filmes de terror para televisão. Casa, agora transformada em albergue, é assombrada por uma bruxa serial killer. Muito sangue cenográfico, pedaços de corpos e uma mulher bonita como protagonista (Chandra West, 31 de dezembro de 1970). Lixo, sem dúvida. Procure outra coisa para assistir no cair da noite. Péssimos atores – tudo muito ruim. Jason está melhor na fita.

204 - O ROUBO DA MONA LISA


o roubo da mona lisa (On A Volé La Joconde, itália, 2006) – direção de Fabrizio Costa. A Mona Lisa foi roubada por amor – esse é o argumento dessa minissérie italiana em duas partes. Achei que a história se basearia no livro que acabei de ler, chamado, exatamente “O Roubo da Mona Lisa”, de Darian Leader, mas me equivoquei. Dois irmãos italianos, Vincenzo e Mariuccia, vão para Paris, no início do século XX, à procura de emprego. Vincenzo se apaixona por Aurore e, quando vai trabalhar como funcionário do Louvre, rouba a Mona Lisa para dar de presente a ela, num gesto apaixonado. Faria o mesmo. Gostei da narrativa. Destaque para Violante Plácido, como Aurore.

203 - AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


as crônicas de nárnia, o leão, a feiticeira e o guarda-roupas (the chronicles of narnia: the lion, the witch and the wardrobe, usa 2005) – essa é mais uma adaptação de um relativo sucesso literário, desta vez para a tela grande, já que apareceu três vezes na televisão. Tudo aqui lembra Harry Potter e O Senhor dos Anéis: a existência de um mundo paralelo à realidade habitado por criaturas estranhas, efeitos de computador, crianças diante de graves decisões de vida e a eterna luta entre o bem e o mal. O inventor desse universo mítico, C.S. Lewis, era professor de Literatura Medieval em Oxford, colega de J.R. Tolkien, que discordava das alegorias religiosas de Lewis. Neste filme, quatro crianças são filhos encaminhados pela mãe para o castelo de um velho professor durante os ataques à Inglaterra, na Segunda Guerra Mundial. Elas acabam descobrindo um guarda-roupas que, na realidade, é um portal para Nárnia, onde uma bruxa satânica controla tudo com seu feitiço. Há várias referências a fontes místicas como as de Alice no País das Maravilhas e O Mágico de Oz. Em As Crônicas de Nárnia, a fuga das crianças da guerra humana acaba na participação delas numa outra, onde têm que lutar para restabelecer a ordem, durante uma missão bélica de exacerbada realidade violenta. Os efeitos especiais não são bons, e o enredo se remete a questões bíblicas, bem ao gosto de Lewis: o leão Aslan seria uma espécie de Cristo à espera de ressurreição, os seres humanos são chamados de “filhos de Adão” ou “filhas de Eva” e a bruxa usa a maçã para seduzir uma das crianças a ponto de transformá-la em traidora (um Judas?). No fim, acha-se tudo meio chato.

202 - A CASA MONSTRO


a casa monstro (monster house, usa 2006) – não é exatamente uma animação para crianças – o filme chega a assustar em alguns momentos, principalmente quando toca em alguns assuntos mórbidos, como a morte da dona da casa do título. A produção é de Robert Zemeckis e Steven Spielberg e é o segundo filme feito com a técnica de animação por captura de movimentos, a mesma do ótimo O Expresso Polar, que Zemeckis dirigiu. A direção deste aqui é de Gil Kenan. Na história, três crianças descobrem que a casa vizinha é, na verdade, uma criatura assustadora. Destaque para Maggie Gyllenhaal fazendo a voz do personagem Z.

sábado, 10 de novembro de 2007

201 - SIN CITY


sin city (sin city, usa 2005) – uma das melhores adaptações do clima noir das histórias em quadrinhos para o cinema. Uma sucessão de episódios violentos e aparentemente desconexos, protagonizados por um ressuscitado Mickey Rourke, Bruce Willis, Clive Owen e Benício Del Toro. Rosário Dawson aparece lindíssima, assim como Jéssica Alba dançando numa boate com um laço na mão. Mistura perfeita de CP com o clima noir do universo de Frank Miller (27 de janeiro de 1957). O trabalho mais conhecido de Miller, dentro e fora da indústria de quadrinhos, é "The Dark Knight Returns", um conto sombrio de Batman situado em um futuro próximo. Mostrava Batman como um vigilante violento e de certo modo sem escrúpulos, fugindo do campo cômico da série de TV dos anos 6o estrelada por Adam West no papel do super-herói. Nesse trabalho também redefiniu o perfil psicológico de alguns vilões clássicos: Coringa e Duas Caras , e acabou para sempre com a amizade cordial com o Super-Homem, mostrado como um personagens de traços reacionários e distantes. Sin City, incrivelmente, recupera um pouco da carreira de Rourke, que faz o melhor papel dos episódios, mesmo sob uma pesada maquiagem.

200 - VÔO 93, O FILME


vôo 93, o filme (flight 93, usa 2006) – não confunda este filme feito para TV com o United 93, de Paul Greengrass. No entanto, Vôo 93 é um ótimo filme para TV retratando os eventos trágicos de 11 de setembro que, além da queda das Torres do WTC, vitimaram mais dois vôos. Direção de Peter Markle.

199 - AMEAÇA INVISÍVEL


ameaça invisível (Stealth, usa 2005) – apesar dos exageros na computação gráfica, Stealth é um filme de ação razoável: no futuro, a marinha desenvolve um caça inteligente que prescinde do piloto para realizar suas ações de ataque. No entanto, abuso de CP. No elenco, Josh Lucas, e a bela Jéssica Biel (o verdadeiro avião do filme, olha aí), além do talentoso, e aqui desperdiçado, Jamie Foxx.

198 - INFERNO NA TORRE


inferno na torre (the towering inferno, usa 1974) – o filme é ruim, não dá para dizer o contrário. Não pega fogo, entende? Apesar do elenco de estrelas - Paul Newman, Steve McQueen, Faye Dunaway, Fred Astaire, Robert Vaughn, Robert Wagner, William Holden e o inacreditável O.J. Simpson – não dá para levar a sério esse projeto de Irwin Allen: na inauguração do maior edifício do mundo, o arquiteto Newman encontra falhas no sistema elétrico e quer evacuar o prédio, mas o dono do empreendimento decide continuar com a festa, por razões comerciais. Este eixo argumental nos remete à Tubarão, de Spielberg, onde o personagem de Roy Scheider, o xerife de Amity, quer fechar a praia, depois do primeiro ataque do tubarão. Vale como um dos ícones do cinema-catástrofe dos anos 70.

197 - VÔO UNITED 93


vôo united 93 (united 93) – ao contrário do Vôo 93, O Filme, este aqui enfoca, com mais dramaticidade, os momentos de terror a bordo do avião da United seqüestrado em 11 de setembro de 2001. O destaque, aqui, é o documentário que mostra algumas famílias se encontrando com os atores que fizeram o papel dos passageiros. A ação se passa em tempo real. Direção de Peter Greengrass.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

196 - IRMÃS


irmãs (hermanas, arg e espanha, 2005) – no Texas, depois de 9 anos, duas irmãs se reencontram e começam a perceber as diferenças que o tempo fez aparecer entre elas. Para mim, a razão do filme é ver Ingrid Rubio. A história meio chata, meio depressiva, sobre duas irmãs argentinas separadas pela ditadura militar, mas ela, quando aparece, ilumina a tela. Nascida em Barcelona em 02 de agosto de 1975, Ingrid fez um filme muito bom chamado O Alquimista Impaciente (2002).

195 - HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO


harry potter e o cálice de fogo (harry potter and the globet of fire, usa/inglaterra, 2005 ) – a sensação que tive com os outros filmes da franquia se repetiu nesse: acho tudo meio confuso e com um excesso de efeitos especiais que, supostamente, teriam tudo a ver com uma história sobre bruxarias. Confesso que cansei bem antes do final. Direção de Mike Newell, de Quatro Casamentos e um Funeral, que conseguiu identificar neste quarto episódio da série uma espinha dorsal que não parece clara para aqueles que não se aprofundaram na saga do bruxinho: todos os acontecimentos resultam da determinação de Lorde Voldemort em obter três gotas do sangue de Potter para, assim, recuperar a forma humana. Tudo meio chato.

194 - CIDADE DOS ANJOS


cidade dos anjos (city of angels, usa 1988) – ainda continua sendo um filme emocionante, especialmente por causa de Nicolas Cage (07 de janeiro de 1964). Ele é, de fato, um grande ator e a gente vê isso nos silêncios que seu personagem, Seth, um anjo solitário e apaixonado pela médica feita displicentemente por Meg Ryan (19 de novembro de 1961). Esta versão americana de Asas do Desejo é muito boa e aproveita o gancho quase inevitável de a história se passar em Los Angeles para colocar um grupo de anjos que observam a cidade do alto de anúncios e dos telhados dos prédios. Líricos, eles ouvem música no nascer e no pôr-do-sol. Dennis Franz (28 de outubro de 1944), um ex-anjo que optou pela mortalidade, está maravilhoso no papel de Nathaniel Messinger, o guru de Seth. André Braugher (01 de julho de 1962) é Cassiel, amigo de Seth e que o ajuda a questionar a decisão de ser mortal para poder amar. A fala de Seth, respondendo por que havia se machucado – “I fell in love...” – é linda.

193 - DE REPENTE É AMOR


de repente é amor (a lot like love, usa) – não dava para não assistir: Amanda Peet (11 de janeiro de 1972) numa comédia romântica! Porém, comecei com má vontade, quando vi que seu par era Ashton Kutcher (07 de fevereiro de 1978), mas até que, no final, achei que ele fez bem o rapaz que conhece uma moça linda (Amanda) e, durante sete anos, reencontra-se com ela e com a certeza do amor. É impressionante como Amanda tem magnetismo na tela! Ela é Emily, uma garota que tem a vida amorosa mais que tumultuada. Kutcher é Oliver, um rapaz que pretende casar, ter uma profissão e se estabelecer na vida num período de seis anos. Durante esse tempo, eles se encontram e reencontram até perceberem que o verdadeiro amor é mesmo inesquecível. Um belo filme! Direção de Nigel Cole.

192 - AS TORRES GÊMEAS


as torres gêmeas (world trade center, usa 2006) – apesar do sempre talentoso Nicolas Cage no elenco, não gostei desta visão de Oliver Stone sobre os ataques de 11 de setembro ao World Trade Center. O filme não deixa de ser uma homenagem aos policiais e bombeiros que se transformaram em heróis, mas não vai além disso. A história é focada nos personagens de Cage (John McLoughlin) e de Michael Peña (Will Jimeno), policiais que ficaram soterrados sob os escombros depois que os prédios caíram. O drama das famílias dos policiais é que dá o argumento para este filme chato. De bom mesmo é ver Maria Bello (18 de abril de 1967) como a esposa de McLoughlin – ela está linda, como sempre!

191 - PLANO DE VÔO


plano de vÔO (flightplan, usa) – muito bom filme com Jodie Foster. Depois de embarcar num vôo de Berlim para Nova York, uma engenheira de jatos (Jodie) descobre que sua filha de seis anos, que estava viajando com ela, desapareceu. Transtornada, e aparentemente tida como maluca pela tripulação, ela é obrigada a confiar num técnico de segurança de vôo para provar que, de fato, a filha embarcara com ela.

190 - TUDO POR DINHEIRO


tudo por dinheiro (two for the money, usa 2005) – no limite da lei, Walter (Al Pacino) toca um negócio de “consultoria esportiva”: mediante comissão, fornece a apostadores palpites quentes sobre resultados de jogos do desenxabido – para nós, brasileiros, pelo menos – futebol americano. Seu novo contratado (Matthew McConaughey) é um talento na matéria, e a idéia de Walter é construir um império em torno dele. O tema do filme é a natureza faustiana dessa atividade obscura: quanto mais se ajuda um apostador a ganhar, mais se está empurrando-o para a beira do abismo. Pacino confirma que é um dos poucos atores capazes de fazer do histrionismo uma forma de arte.

189 - FORA DE RUMO


fora de rumo (derailed, usa 2005) – thriller de suspense com o ótimo Clive Owen e Jennifer Aniston. Um encontro ao acaso, num trem, leva Charles (Owen) e Lucinda (Aniston) a uma paixão arrebatadora e secreta, pois os dois são casados. Em princípio, essa história parece ter todos os ingredientes de um romance urbano, mas, com o aparecimento de um estranho (Vincent Cassel), as coisas tomam uma outra direção. Roteiro bem feito, enxuto, sem excessos e valorizado pelas ótimas atuações de Owen e Cassel, principalmente. Não gostei de Jennifer Aniston neste filme. Falta a ela aquele ar de mulher fatal que o personagem exige.

188 - VÔO NOTURNO


vôo noturno (red eye, usa 2005) – de Wes Craven. Lisa (Rachel McAdams, 07 de outubro de 1976) é uma moça com medo de avião que tem que pegar um vôo noturno para Miami. O passageiro ao seu lado (Cillian Murphy) é o rapaz com quem tinha flertado no aeroporto. Tudo vai bem até que ele lhe revela que precisa colaborar com ele num plano para matar um alto funcionário do governo, sob o risco de ter o pai, mantido refém, assassinado. Bom thriller de suspense, indevidamente incensado pela crítica como tendo ares hitchcockianos. Craven está longe de ser um novo Hitch, convenhamos. Murphy repete o papel de malvado que fez em Batman Begins, onde era o Espantalho.

187 - SENTINELA


sentinela (the SENTINEL, usa 2005) – thriller policial com Michael Douglas no papel de agente do serviço secreto americano, cujos grandes feitos foi ter sido baleado no atentado a Reagan e ter um caso com a atual primeira dama (Kim Bassinger). Não é para se espantar, pois o homem já foi internado numa clínica por ser viciado em sexo. De qualquer forma, tenho uma profunda admiração por um homem que foi capaz de casar com Catherine Zeta-Jones. Bom produto de ação, com belas seqüências de Washington. Kiefer Sutherland faz um papel um pouco abaixo de sua capacidade dramática.

186 - MARCAS DA VIOLÊNCIA


marcas da violência (a history of violence, usa 2005) – Tom Stall (Viggo Mortensen, 20 de outubro de 1958) tem uma vida tranqüila como dono de um restaurante com a esposa (Maria Bello) e os filhos numa cidade do interior. Depois de se tornar um herói ao evitar um assalto ao seu estabelecimento, torna-se foco da imprensa, e sua história conhecida em todo o país. Com essa exposição, atrai a atenção de pessoas que conhecem o seu passado nada glorioso. O primeiro a chegar é Carl Fogarty (Ed Harris, 28 de novembro de 1950), até que, no fim, Tom reencontra seu irmão Ritchie (William Hurt, 20 de março de 1950) e, assim, sua antiga identidade, da qual havia feito tudo para esquecer. Acho que David Cronenberg, diretor de Crash e A Mosca, quer mostrar que todo mundo tem algo a esconder. Também pode ter querido dizer que a violência é hereditária – a cena em que o filho de Tom mata um personagem pode muito bem representar isso.

185 - SHOWGIRLS


SHOWGIRLS (COYOTE ugly, usa 2000) – de David McNally. O filme mostra a história de Violet (Piper Perabo, 31 de outubro de 1976), que vem de New Jersey tentar a vida como compositora em Nova York e acaba arranjando emprego no bar mais agitado da cidade, o tal Coyote Ugly, onde só trabalham lindas garotas que se esmeram em tirar sarro da cara dos clientes masculinos. A gerente é a bela Maria Bello. Típico produto do american way of life, que mostra que qualquer um pode alcançar a fama no país das oportunidades. Violet, no entanto, tem que se livrar do medo do palco e convencer seu pai (o gente boa John Goodman, 20 de junho de 1952) de que vale a pena buscar a realização dos sonhos. Uma das meninas do bar é a gorgeous Bridget Moynahan (21 de setembro de 1970), que fez O Recruta (2003) e que aparece ainda mais linda em O Senhor das Armas (2005).

184 - O SENHOR DAS ARMAS


o senhor das armas (lord of war, usa/frança 2005) – tudo é excepcional neste filme escrito e dirigido pelo neozelandês Andrew Niccol (Gattaca e O Show de Truman), a começar pela abertura originalíssima: sob o hipotético ponto de vista de uma bala de fuzil, acompanhamos seu nascimento do metal fundido, no Leste Europeu, até o momento em que ela estoura o crânio de um rapaz negro, num país africano qualquer. Além do mais, temos Nicolas Cage num desempenho memorável como protagonista e narrador Yuri Orlov que, num dado momento, convence-se de que seu destino é atender a uma necessidade humana, tão básica quanto o alimento – a de matar. Orlov então alicia seu irmão caçula e enfia-se no negócio de tráfico de armas, começando por baixo (vendas de peças usadas, por quilo) e subindo ao topo graças aos arsenais deixados sem dono pelo desmantelamento da União Soviética. Para enfeitar, Bridget Moynahan está mais linda do que nunca como esposa de Orlov. Um grande filme sobre um tema delicado e que, certamente, incomoda qualquer um com um mínimo de sensibilidade. Magnificamente filmado e com um humor quase perverso, este filme é um tiro de misericórdia no que ainda há de inocência neste início de século.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

183 - TENSÃO NO AR


tensão no ar (air marshal, alemanha 2005) – uma das piores produções que já vi. Roteiro mais que previsível: seqüestro de um avião, um oficial de segurança a bordo, terroristas mulçumanos e um garotinho que ajuda a pousar o avião. Duro, não? Pois é, para piorar as coisas, os efeitos são paupérrimos: tudo desenhado sem a mínima preocupação com a realidade. Os atores são péssimos e a direção praticamente inexiste. Não é de se admirar que tenha havido tensão no ar. O mocinho, Dean Cochran (18 de março de 1972), foi um dos motoqueiros de Batman&Robin (1997).

182 - A BUSCA


a busca (iris effect, usa/russia 2004) – thriller de suspense eficiente, mas com um final comprometido por uma indefinição de roteiro. Sarah (Anne Archer, 24 de agosto de 1947) vive em Los Angeles e desde que seu filho Thomas desapareceu, nunca perdeu a esperança de reencontrá-lo. Um livro com ilustrações que podem ter sido feitas por ele, a leva até a Rússia, onde ela espera resolver o mistério do seu desaparecimento. A maioria dos atores são russos, o que compromete ainda mais a história porque são péssimos. Anne Archer está muito envelhecida e parece indisposta a dar ao personagem certa credibilidade. Nem de longe lembra a exuberante mulher de Michael Douglas em Atração Fatal, filme de Adrian Lyne de 1987. Bem, se passaram 20 anos desde então, mas a gente sempre espera um milagre do cinema, não? Direção de Nikolai Lebedev.

181 - MATADORES DE ALUGUEL


matadores de aluguel (shadowboxer, usa 2005) – interessante e original história de dois assassinos que vivem juntos há muito tempo, Rose (Helen Mirren, 26 de julho de 1945) e Mickey (Cuba Gooding, Jr., 02 de janeiro de 1968). Rose está com câncer e tem seus dias contados. Juntos, são contratados para um último serviço: matar Vickie (Vanessa Ferlito, 28 de dezembro de 1980) a mulher de um cruel criminoso (Stephen Dorff, 19 de julho de 1973). Contudo, Rose poupa Vickie ao ver que ela está prestes a ter um bebê. Juntos, Rose, Vickie e Mickey buscam, juntos, encontrar amor e redenção sob as mais inesperadas circunstâncias. Impressionante atuação de Cuba, que tem apenas 37 falas em todo o filme, mas que consegue passar toda a carga dramática de seu personagem que, no fundo, é capaz de tudo para se sentir protegido. Helen Mirren é, de fato, uma grande atriz! Algumas cenas violentas, mas inteiramente dentro do contexto do filme. Belíssima fotografia.

180 - OPERAÇÃO DRAGÃO


operação dragão (enter the dragon, usa 1973) – recrutado pelo serviço secreto britânico, um experto em artes marciais (Bruce Lee) investiga o traficante de drogas e prostitutas que está promovendo uma competição de kung-fu em sua fortaleza, numa ilha. Clássico do cinema de artes marciais responsável pela transformação de Lee em astro internacional. Dirigido por Robert Clouse, um especialista em filmes de ação e artes marciais. Aos olhos de hoje, o filme é ruim, mas tem seu charme. Até hoje, não está bem claro o que realmente provocou a morte de Lee, em julho de 1973. A versão oficial diz que ele teve um edema cerebral, provavelmente provocado por golpes sofridos nos sets de filmagens de Operação Dragão, agravado pelo uso de analgésicos tomados sem recomendação médica, por causa das fortes dores de cabeça que sentia. A lenda diz que foi a Máfia chinesa, que queria Lee em seus quadros. Operação Dragão fez mais de 100 milhões de dólares em todo mundo, no seu lançamento, num verdadeiro fenômeno para a época.

179 - SEM TALENTO PARA MATAR


sem talento para matar (the gazebo, usa 1959) – este não é o filme que eu supunha ter visto há muito tempo, embora o título e o tema sejam os mesmos: um cadáver escondido na base de um coreto de jardim (o gazebo do título) que, com o passar do tempo, vai aparecendo e deixando o autor do crime em evidência. Curiosamente, eu tinha uma outra idéia do filme, certamente deformada pela lembrança que arrasto por este vale de lágrimas há tanto tempo. Glen Ford mostra que sempre teve o timing certo para comédia. Debbie Reynolds, como não poderia deixar de ser, é a esposa.

178 - O PECADO MORA AO LADO


o pecado mora ao lado (the seven year itch, usa 1955) – de Billy Wilder. Comédia adaptada de uma peça da Broadway de George Axelrod, que tinha o mesmo Tom Ewell no papel de Richard Sherman que, depois que sua família saiu de férias, ficou sozinho em seu apartamento em Nova York, disposto a não mais beber, não mais fumar e não mais procurar qualquer mulher. Acontece que a vizinha do andar de cima é Marilyn Monroe e, aí, fica difícil manter qualquer promessa. É um filme simbólico para a construção do mito Marilyn, principalmente por causa da cena em que a saia do seu vestido levanta quando o metrô passa sob a calçada. Na época, Marilyn estava casada com Joe DiMaggio há exatamente 9 meses e, ironicamente, o casamento acabou durante as filmagens. Explico: o título, em inglês, se refere a uma suposta coceira que acomete os casais depois de sete anos juntos, fazendo com que eles rompam a relação. Marilyn causou problemas durante as filmagens: chagava tarde e mal decorava suas cenas. Em algumas, repetia até 40 vezes o mesmo take até ficar bom. Wilder queria Walter Matthau, um novato na época, para o papel principal, mas a 20th Century Fox não queria correr o risco e indicou Ewell.

177 - DIZEM POR AÍ


dizem por aí (Rumor has it, usa, 2005) – de Rob Reiner. Ruim, do princípio ao fim. Bons atores, uma história razoavelmente interessante, mas um roteiro pífio que deixa quem chegou ao fim sem saber qual a mensagem, se é que há-a, pretendida por um diretor que já nos deu When Harry met Sally (1989) e A Few Good Men (1992). Sarah Huttinger (Jennifer Aniston, 11 de fevereiro de 1969) desconfia que Beau Bourroghs (Kevin Costner, 18 de janeiro de 1955), que teve um caso com sua mãe antes do casamento desta, pode ser seu pai, e descobre que ele também teve um caso com sua avó (Shirley MacLaine, 24 de abril de 1934). Ao saber que ele sempre foi estéril, envolve-se com ele, deixando o noivo (Mark Ruffalo, 22 de novembro de 1967) a ver navios em Nova York. O argumento perpassa pelo filme “A primeira noite de um homem”, de 1967, com Dustin Hoffman e Anne Bancroft. Sarah acredita que sua família serviu de tema para o romance de Charles Webb. Shirley MacLaine poderia ser muito melhor aproveitada e, ao que parece, se contenta com esses papéis estereotipados de vovós mal humoradas, caminho também seguido por Jane Fonda. Ao final, ficamos sem saber se aturamos uma comédia mal feita ou um drama com laivos moralistas. Alugue outro filme e poupe dinheiro e paciência.

176 - COCKTAIL


cocktail(Cocktail, usa 1988) – não bebo, mas acredito que só poderia ir até o final deste Cocktail quem estivesse bêbado e sem condições de criticar um dos piores filmes já feitos. Tom Cruise (03 de julho e 1962) é Brian Flanagan, um economista frustrado que se transforma num bartender de sucesso, com a ajuda de um amigo (Brian Brown, 23 de junho de 1947), que lhe rouba a namorada. Curando as feridas na Jamaica, Flanagan conhece Jordan (Elizabeth Shue, 06 de outubro de 1963), que fica grávida dele, mas volta repentinamente para Nova York, depois de vê-lo saindo com uma mulher. O personagem de Cruise é totalmente incoerente, passando do espertalhão que explora as mulheres para o rapaz bonzinho que só quer assumir o filho e batalhar para ter uma vida digna com a família. Tudo chato e com cabelos e roupas bem década de 80 – um horror! Vale apenas por causa de uma ponta de Gina Gershon.

175 - HORROR EM AMITYVILLE


horror em amityville (the amityville horror, usa 2005) – de Andrew Douglas. Em 1974, numa casa em estilo colonial holandês, ocorreu o massacre de uma família inteira em circunstâncias misteriosas. Um ano depois, o casal George (Ryan Reynolds) e Kathy Lutz (Melissa George) se muda com os filhos para o que parece ser a casa dos seus sonhos. Mas estranhas visões e vozes sobrenaturais assombram os novos moradores, criando uma atmosfera mórbida que, como sói acontecer nesses casos, pode resultar numa nova tragédia. Reciclagem sem qualidade de um popular filme homônimo de 1979.

174 - MUTAÇÃO


mutação (mimic, usa 1997) – de Guillermo del Toro. Uma barata gigante, resultado de uma mutação, resolve fixar residência no metrô de Nova York, matando os pobres usuários que não tem dinheiro para andar de carro ou comprar detefon. Pois é, dose, não? Até que gostei quando vi esse filme no cinema, mas, depois de alguns anos de desilusões, caí em mim e confesso: o filme é ruim que dói. A bela Mira Sorvino (28 de setembro de 1967) faz uma cientista que, claro, enfrenta o perigo e desmente quem diz que mulher tem medo de barata. (Agora, vem cá: quem vai prestar atenção a esses bichinhos com Mira Sorvino no filme, hein, hein?)

173 - LETRA E MÚSICA


letra e música (music and lyrics, usa 2007) – de Marc Lawrence. Hugh Grant parece gostar de papéis que enfocam o humor debochado, quase autocrítico, que parece ser o estofo deste Alex Fletcher, baseado claramente na parte menos conhecida da dupla Wham!, na qual despontou George Michael. Assim como na vida real, Fletcher fez um grande sucesso com uma dupla nos anos 80. Quinze anos depois, ainda sobrevive da música – mas graças a apresentações em parques caidaços e reencontros com quarentonas que ainda o idolatram como na juventude. A chance de fazer sucesso de novo acontece quando uma diva pop adolescente (Haley Bennett) quer que ele componha um hit para seu novo show. Ruim de letra, Fletcher se junta a Sophie Fisher (Drew Barrymore), um talento nato para rimas. O videoclipe de abertura é hilário, assim como a atuação do cada vez mais desinibido Grant.

172 - AGNES DE DEUS


agnes de deus (agnes of god, usa 1985) – uma freira, Agnes (Meg Tilly, 14 de fevereiro de 1960), tem um bebê no convento, que aparece estrangulado, e a polícia começa a investigar o caso. No entanto, o conflito se estabelece quando a madre superiora bate de frente com a psiquiatra (Jane Fonda, 21 de dezembro de 1937) que aparece para tratar de Agnes. Anne Bancroft (17 de setembro de 1931 – 06 de junho de 2005) está excelente como a madre superiora. Meg Tilly é irmã de Jennifer Tilly, a Violet de Bound, com Gina Gershon.

171 - O ILUSIONISTA


o ilusionista (the illusionist, usa 2006) – de Neil Burger. Na virada do século, um mágico, Eisenheim (Edward Norton, 18 de agosto de 1969, Boston) usa suas habilidades para conquistar o amor de sua vida, Sophie (Jéssica Biel, 03 de março de 1982, Minnesota). O excelente Paul Giamatti (06 de junho de 1967, Connecticut), mais uma vez, tem uma atuação impecável. O filme é maravilhoso, em todos os sentidos. Fotografia belíssima. Roteiro dos mais inteligentes e atuações soberbas. Para ser revisto sempre. Um dos meus filmes favoritos.

170 - SEM MEDO DE MORRER


sem medo de morrer (fearless, usa 1993) – de Peter Weir. A personalidade de um homem, Max (Jeff Bridges, 04 de dezembro de 1949), é transformada profundamente depois de sobreviver a um desastre aéreo: ele passa a se considerar indestrutível e acima da condição humana. Ele passa a desenvolver uma síndrome pós-traumática que o afasta de sua família e o aproxima de uma outra sobrevivente (Rosie Perez, 06 de setembro de 1964) que se sente culpada pela morte do filho no mesmo acidente. Isabella Rossellini (18 de junho de 1952) faz a esposa de Max e o ótimo John Turturro (28 de fevereiro de 1957) o psicanalista que o atende. Gostei mais quando vi o filme da primeira vez. Agora, achei-o longo demais.

169 - A CAVERNA


a caverna (the cave, usa 2005) – mais um previsível rip-off de Alien, sem é claro, a mesma categoria do filmaço de Ridley Scott. A Caverna é isso aí: um grupo de cientistas se aventura dentro de uma caverna subterrânea vastíssima e descobre que há criaturas capazes de devorar o primeiro petisco que lhe passar pela frente. Estas criaturas são claramente copiadas do mostro de Alien. Vale apenas para ver a Piper Perabo (olha aí, galera), que fez O Grande Truque. Direção de Bruce Hunt.

168 - JORNADA NAS ESTRELAS, O FILME


jornada nas estrelas, o filme (star trek, the motion picture, usa 1989) – o filme, infelizmente, ficou datado em alguma data estelar do século passado. É legal ver a Enterprise turbinada e reconvocação de Kirk e seus comandados para um test drive na nave depois da lanternagem patrocinada pela confederação. No entanto, a história é fraca e os efeitos muito pobres. Mas, claro, vale para quem é fã da série. Direção de Robert Wise, do clássico The Day the Earth Stood Still, de 1951.

167 - REI DOS REIS


rei dos reis (king of kings, usa 1961) – de Nicholas Ray. Há certos filmes da infância que a gente não esquece e fica atraído por eles a vida inteira. Rei dos Reis se encaixa neste caso. É uma produção tão bem cuidada que não há como não se deixar levar pela narrativa da vida de Cristo pelo simples prazer de ver como foi a produção do roteiro mais conhecido de todos os tempos. Jeffrey Hunter (25 de novembro de 1926 – 27 de maio de 1969) está perfeito como Jesus (apesar do look ianque demais), assim como Hurt Hatfield (O Dorian Gray, de Lewin) convence muito como Pôncio Pilatos. Um detalhe: a dublagem brasileira é excelente. Hunter, que já foi o capitão da Enterprise no piloto de Star Trek, tem o melhor desempenho de sua vida (ainda bem que Richard Burton, a quem o papel foi oferecido, não aceitou). A parte em que Salomé (Brigid Bazlen, 09 de junho de 1944 – 25 de maio de 1989) aparece foi baseada na peça homônima de Oscar Wilde.

166 - ATRAÍDOS PELO DESTINO


atraídos pelo destino (it could happen to you, usa 1994) – de Andrew Bergman. Comédia romântica com Nicolas Cage e Bridget Fonda. Ele, um policial, promete a ela, uma garçonete, uma gorjeta na próxima vez que voltar à lanchonete. Nesse meio tempo, ele ganha 4 milhões de dólares na loteria e decide dar a ela metade do prêmio. Por causa disso, sua esposa (Rosie Perez) decide deixá-lo. Passatempo anódino, sem grandes alcances dramáticos.

165 - CHOCOLATE


chocolate (chocolat, usa 2000) – filme adorável do sueco Lasse Hallström, com Johnny Depp e Juliette Binoche (09 e março de 1964). Vianne (Binoche) e sua filha abrem uma loja de chocolate numa pequena vila na França, no final dos anos 50, e abala as vigas de moralidade dos seus habitantes, com seu jeito saudável de ver a vida e tratar as pessoas. Alfred Molina, ótimo, é o prefeito que persegue Vianne para que ela se mude da cidade; Carrie-Ann Moss é a mãe super-protetora que impede que o filho veja a avó (Judy Dench, memorável) e Johnny Depp, um pirata de rio que se apaixona por Vianne. A história é linda, delicada, inesquecível. Um dos filmes da minha vida.