terça-feira, 30 de junho de 2009

791 - VALENTE


VALENTE (THE BRAVE ONE, USA 2007) – de Neil Jordan. Jodie Foster (19 de novembro de 1962) é Erica Bain, uma mulher traumatizada por um ataque brutal de marginais que resultou na morte de David (Naveen Andrews, o Sayd de Lost), seu namorado, e que a deixou vários dias no hospital. Depois de comprar uma pistola, lança-se, então, numa caçada catarticamente vingativa, matando vários marginais até chegar ao assassino de David. O interessante, neste filme, é a figura do “vigilante-vingador”, popularizada por Charles Bronson na série “Desejo de Matar”, num personagem feminino. Jodie Foster faz uma Erica Bain atormentada com a idéia fixa de tomar para si a responsabilidade de “limpar” a cidade, depois de ir inutilmente à delegacia pedir providências. Os closes mostram como a adolescente espevitada de “Taxi Driver” está envelhecida.

sábado, 13 de junho de 2009

790 - VIVENDO E APRENDENDO


VIVENDO E APRENDENDO (SMART PEOPLE, USA 2008) – gosto de filmes em que o protagonista é professor e, ainda mais, quando é de literatura. Neste, o professor em questão é vivido por Dennis Quaid, viúvo, que se apaixona por uma ex-aluna (Sarah Jéssica Parker) que agora é médica. Dois elementos provocam tensão à história: sua filha (a talentosa Ellen Page), que não aprova o namoro, e seu irmão adotivo, Chuck (Thomas Haden Church, ótimo, como sempre), desempregado e meio doidão. Gostei de uma cena em que Quaid diz à turma que não responderá a qualquer pergunta que não seja precedida de “professor” ou “doutor”, tratamentos sem os quais nenhuma questão inteligente pode ser formulada. O roteiro não é original, mas os diálogos são espirituosos, especialmente na deliciosa contracena entre Page e Church.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

789 - X-MEN - ORIGENS: WOLVERINE


X – MEN ORIGENS: WOLVERINE (X-MEN ORIGINS: WOLVERINE, USA 2009) – de Gavin Hood. A intenção já está no título: mostra como Logan (Hugh Jackman), ainda criança, matou sem querer o pai e, mais tarde, viu a namorada morrer em circunstâncias misteriosas, para depois ganhar poderes fenomenais, após ser submetido a uma experiência ultrassecreta. As tintas, digamos, dramáticas, estão na relação conflituosa com o irmão (Liev Schreiber). Jackman está mais do que à vontade na pele de Wolverine e agarra o papel com garra ( ! ). Não me agradou de todo, mas é diversão decente.

788 - DIFÍCL DE MATAR


DIFÍCIL DE MATAR (HARD TO KILL, USA 1990) – depois de sete anos em coma, policial (Steven Seagal, 10 de abril de 1951) vai atrás dos responsáveis pela morte da sua mulher, para isso, conta com a ajuda da enfermeira que tomava conta dele no hospital (Kelly LeBrock, um remédio e tanto). Ação razoável, um pouco superestimada na época, mas que ainda funciona como sobremesa do almoço de domingo.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

787 - O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON


O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON (THE CURIOUS CASE OF BENJAMIN BUTTON, USA 2008) – de David Fincher, de Clube da Luta e Zodíaco. Para quem acredita na inevitabilidade dos fatos ligados ao amor, esse é o filme certo. Com Brad Pitt e Cate Blanchett nos papéis principais, o filme começa embaralhando o tempo, ao mostrar um relógio que gira ao contrário e ao revelar um menino que nasce velho, mas vai rejuvenescendo durante a vida. Tecnicamente impecável, o filme é uma fábula sobre as interferências do tempo em nossas vidas e obrigatoriamente nos faz repensar a perspectiva linear da existência, que ensina que nascemos jovens e morremos, se possível, velhos. Nem o amor – ou somente ele – é capaz de redimensionar as engrenagens que nos movem em direção ao outro, ou mesmo nos afastam dele. Belo, sensível, comovente. Um curioso caso de como o cinema pode ser, ao mesmo tempo, instigante e delicado.

786 - CASEI COM UM MONSTRO DO ESPAÇO SIDERAL


CASEI COM UM MONSTRO DO ESPAÇO SIDERAL (I MARRIED A MONSTER FROM OUTER SPACE, USA 1958) – ficção dirigida por Gene Fowler Jr, mas bem que poderia ter sido por Ed Wood. Como era de hábito nos filmes desta época, seres do espaço chegam a Terra e tomam o lugar dos humanos. O primeiro a cair nessa é um sujeito que está prestes a casar, como já sugere o inacreditável título do filme. No geral, é uma produção bem mais decente do que outras do gênero, chegando até a aprofundar a indicação que a noiva do título começava a se apaixonar pelo alienígena que havia tomado o lugar do noivo, esquecendo-se do original. Um dos meus favoritos.

785 - A LENDA DO TESOURO PERDIDO – O LIVRO DOS SEGREDOS


A LENDA DO TESOURO PERDIDO – O LIVRO DOS SEGREDOS (NATIONAL TREASURE: BOOK OF SECRETS, USA 2007) – é incrível como o talentoso Nicolas Cage é capaz de fazer filmes medíocres, ainda mais um tão pedestre como esse A Lenda do Tesouro Perdido – O Livro dos Segredos. Se foi uma tentativa de homenagear Indiana Jones, pobre do homenageado, que não merecia um roteiro tão ruim. Além do mais, é de um ufanismo à toda prova e totalmente injustificável: tudo se remete à história dos Estados Unidos, numa trama que inexplicavelmente atribui a autoria do assassinato de Lincoln ao bisavô de Ben Gates (Cage). Aí, o que se vê é um torvelinho de absurdas passagens secretas na Casa Branca, sequências de ação freneticamente editadas e uma cidade de ouro descoberta dentro do Monte Rushmore. São 124 soporíferos minutos agravados pelo excesso de péssimos efeitos de computador. O elenco, desperdiçado, é de primeira grandeza: Helen Mirren, Ed Harris, Harvey Keitel e a bela Diane Kruger. A direção é de Jon Turteltaub, culpado também pelo filme que deu seqüência a este.