segunda-feira, 28 de junho de 2010

924 - NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI


NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI (BRASIL, 2007) – de Claúdio Manoel. Documentário que reavalia a importância artística do cantor Wilson Simonal e procura jogar luzes sobre o episódio que lhe deu a fama de colaborador do Dops, a polícia política da ditadura. Uma das melhores cenas do filme é o maravilhoso dueto com Sarah Vaughan, juntamente com um depoimento precioso do meu saudoso Arthur da Távola. Boas imagens da televisão da década de 60.

domingo, 6 de junho de 2010

923 - MINHA AMADA IMORTAL


MINHA AMADA IMORTAL (IMMORTAL BELOVED, USA 1994) – de Bernard Rose. Ao morrer, Beethoven deixa uma carta para uma mulher misteriosa, que ele diz ser o grande amor de sua vida. Seu secretário, Schindler (Jeroen Krabbé), passa, então, a procurar essa mulher, a fim de satisfazer o último pedido do seu grande amigo que, em suas próprias palavras, “havia nos dado tanto em vida”. A grande atração do filme é a atuação estupenda de Gary Oldman, como Beethoven, intensa, visceral e emocionante. No elenco, a bela Isabella Rossellini e Valeria Golino.

922 - O AMANTE


O AMANTE (THE OTHER MAN, USA 2008) – acho que o ótimo Liam Neeson desperdiçou uma ótima chance de ficar em casa, sem se expor num filme que em nada contribui à sua exitosa carreira. Viúvo, descobre que a mulher (a excelente Laura Linney) mantinha um romance com um homem (Antonio Banderas), na Itália. Passa, então, a tentar descobrir sua identidade. Não consegui entender as razões pelas quais ele se lança neste esforço. Há algumas surpresas – poucas, porém – na segunda parte do filme, mas nada que justifique ver de novo.

sábado, 5 de junho de 2010

921 - DRACULA


DRACULA (DRACULA, USA 1931) – de Tod Browning. Revendo o filme, percebo que ele é feito de algumas sutilezas que me passaram despercebidas das outras vezes. Como convinha à época, não há cenas violentas, e o máximo de sangue que se vê é uma simples gota que escorre do dedo de Reinfeld (Dwight Frye, 22 de fevereiro de 1899 – 07 de novembro de 1943), ainda no castelo do conde, ao se cortar com a pena com a qual escrevia. No mais, Lugosi exagera mesmo nas caras e esgares. O diretor aproveita isso nas tomadas em close-up do protagonista. Os sets são lúgubres e em perfeita consonância com o clima da história. Destaque para a atuação perturbadora de Frye, que também fez o Fritz, ajudante de Victor, em Frankenstein (1931) e Wilmer Cook, em o Falcão Maltês, do mesmo ano. Há bons extras no DVD. Detalhe curioso foi a filmagem paralela da versão em espanhol do filme, feita à noite, nos mesmos cenários, para o público latino, como uma jogada de marketing e também porque a dublagem, à época, era muito incipiente. No entanto, a versão latina sofre com a falta de um Drácula icônico, coisa que Lugosi, com seu sotaque húngaro, conseguiu meio sem querer. Pré-histórico em suas técnicas cinematográficas e preso a um roteiro limitado, o filme de Browning ainda consegue conservar boa parte da atmosfera gótica do romance de Stoker: o filme começa de forma magnífica, com um trecho de "O Lago dos Cisnes" e uma carruagem caindo aos pedaços levando Reinfeld para o castelo infestado de teias de aranhas e animais - há um tatu dentro de uma cripta! Browning desaponta com um clímax fraco, em que o vampiro é derrotado com muita facilidade e sem cores dramáticas.