quarta-feira, 30 de março de 2011

1063 - DRÁCULA, O PRÍNCIPE DAS TREVAS

DRÁCULA, O PRÍNCIPE DAS TREVAS (DRACULA: PRINCE OF DARKNESS, UK 1966) – tão bom (e, em alguns momentos, melhor) do que o O Vampiro da Noite, de 1958, com Christopher Lee e Peter Cushing, este aqui não conta com o último, que só aparece no início, num flashback da cena final do filme anterior. O fato é que esta história tem momentos mais agudos, no sentido mais gongórico das lendas de vampiros.

1062 - OS RITOS SATÂNICOS DE DRÁCULA

OS RITOS SATÂNICOS DE DRÁCULA (THE SATANIC RITES OF DRACULA, UK 1973) – a tentativa de trazer o Drácula de Christopher Lee para os dias mais contemporâneos me pareceu que quase deu certo. Porém, alguma coisa desandou nesta história em que a Scotland Yard investiga uma espécie de seita que mistura os tais ritos satânicos com mulheres nuas e sangue, muito sangue. Peter Cushing é um descendente do clã dos Van Helsing e continua sua nobre tarefa de infernizar a vida (ou a morte) do vampirão interpretado por Lee.


1061 - A FORÇA DO AMOR

A FORÇA DO AMOR (BREATHLESS, USA) – este é um filme talhado para o sex-symbol da época, Richard Gere. Lembro que o que me impressionou, quando assisti, foram as cenas calientes entre ele e Valérie Kaprisky. Claro que esta refilmagem de Acossado, de Godard, não é tão pungente como o original, mas vale pela atuação vibrante e nervosa de Gere, num personagem que desafia as leis e qualquer autoridade que o faça ficar longe de seu amor. No fundo, é uma bonita história sobre o que podemos fazer para ir fundo nos sentimentos. A cena final é memorável.

1060 - ENTERPRISE, THE BROKEN BOW




ENTERPRISE, THE BROKEN BOW - um Klingon é perseguido por Sulibans até acidentar-se com sua nave na Terra. O guerreiro ferido é encaminhado à Frota Estelar, sob cuidados médicos, que decide levá-lo de volta ao seu planeta natal com Archer e sua nave, a Enterprise (NX-01). Este intróito dá bem o tom da série, cujas histórias se passam 10 anos antes da criação da Federação dos Planetas. O piloto é muito bom.


1059 - BATMAN, O CAVALEIRO DAS TREVAS

BATMAN, O CAVALEIRO DAS TREVAS (THE DARK KNIGHT, USA 2008) – este é mais violento de todos os filmes da série, especialmente por causa da atuação de Heath Ledger, como o Coringa. A meu ver, Maggie Gyllenhaal não foi a melhor escolha para viver a mocinha, embora seja boa atriz. Não sei, algo nela não combina com a atmosfera do filme. O Batman de Chistian Bale continua sombrio. O gente boa Morgan Freeman é a luz do filme, principalmente numa cena em que está diante de um chantagista – imperdível! Mas é Ledger que rouba os bancos e as cenas, numa atuação visceral que lhe rendeu um Oscar póstumo.

1058 - O MAGNATA GREGO

O MAGNATA GREGO (THE GREEK TYCOON, USA 1978) – se dinheiro compra tudo, até amor verdadeiro, este filme pode confirmar a premissa. A história de Aristóteles Onassis e Jackie Kennedy é vivida aqui pelo grandíssimo Anthony Quinn e Jacqueline Bisset, de uma forma quase didática. Claro que a ênfase está na personalidade wagneriana do armador grego, gênio dos negócios e incurável conquistador das mulheres mais lindas. Bisset está bem no papel da esposa do presidente americano, vivido pelo incônico James Franciscus. Gostei do final emocionante e inesperadamente sutil.

1057 - ZONA VERDE

ZONA VERDE (GREEN ZONE, USA) – de Paul Greengrass. Matt Damon é Roy Miller, um oficial ingênuo que começa a desconfiar que toda a história sobre armas de destruição em massa, que justificaria a guerra no Iraque, foi uma invenção do governo Bush. Fica meio constrangedor ver um excelente ator como Damon fazer um papel de uma pessoa tão desinformada assim. No entanto, ele leva até o fim do filme a imagem do soldado íntegro, leal e crente nos valores democráticos que os americanos quiseram impor à terra de Saddam Hussein. Há muitos subplots na trama, e isso dificulta um entendimento completo do filme.

1056 - ROBIN HOOD

ROBIN HOOD (USA 2010) – claro que, quando se juntam Ridley Scott e Russel Crowe, a gente logo se lembra de Gladiador, de 2000. No entanto, por mais que nos esforcemos para evitar o cotejo, este Robin Hood de agora é inferior àquele, embora conserve as características básicas de um filme de ação e aventuras, mas sem a dramaticidade da história de Maximus. Há, aqui, mais leveza e humor, numa trama que não se parece com qualquer versão de Robin Hood que conhecemos. Crowe parece ter nascido para fazer papéis de homens íntegros e nisso ele é perfeito. Incomodou-me um pouco a fotografia escura demais, na maioria das cenas.

1055 - VIAGEM AO CENTRO DA TERRA

VIAGEM AO CENTRO DA TERRA (JOURNEY TO THE CENTER OF THE EARTH, USA 1959) – a expedição do professor Lindenbrook deve sua fama, além do livro de Jules Verne, ao carisma de James Mason, ao personificar o intrépido explorador que não sossega enquanto não chega ao seu objetivo máximo, o centro da terra. O filme é bem feito, para a época, embora se perca em algumas gracinhas dispensáveis – como os momentos musicais de Pat Boone. Desta vez, ficou-me a impressão de que o filme acaba depressa demais, como se fosse estourar o tempo num desfile de escola de samba. Por outro lado, é muitíssimo melhor do que a versão moderna, de 2008, com Brendan Fraser.

1054 - O DISCURSO DO REI

O DISCURSO DO REI (THE KING SPEECH UK, USA, AUSTRALIA 2010) – o filme tem seus méritos, principalmente na atuação de Colin Firth e Geoffrey Rush. Após ver seu irmão Edward (Guy Pearce) abdicar o trono inglês, o jovem George (Colin Firth) se vê obrigado a assumir o trono da Inglaterra. Por ser gago, o monarca busca a ajuda do terapeuta Lionel Logue (Geoffrey Rush) para se livrar do mal, enquanto comanda o país na Segunda Guerra Mundial. O diretor Tom Hooper, que já fez muita coisa boa, parece meio frouxo na condução do filme, que não tem o punch necessário para justificar os Oscar que ganhou, de Melhor Filme e de Melhor Ator de 2011. Colin Firth está magnífico, oprimido entre as convenções e os códigos da monarquia, que reina e não governa. No entanto, achei o filme simpático, embora quadradinho, certinho demais. Perde, para mim, para “127 Horas”, “Cisne Negro” e “A Rede Social”.

segunda-feira, 28 de março de 2011

1053 - UM LUGAR AO SOL

UM LUGAR AO SOL (A PLACE IN THE SUN, USA 1951) – de George Stevens. O diretor vai fundo na desmistificação do “sonho americano”, construindo com sabedoria a história de George Eastman (Montegomery Cliff), um rapaz pobre que se deslumbra com a vida do Jet set e com o glamour dos milionários de Los Angeles. Apaixona-se pela socialite Angela Vickers (Elizabeth Taylor), mas, ao mesmo tempo enreda-se numa trama da qual tem extrema dificuldade para sair. Fica claro o desprezo que o diretor tinha pelos ricos que humilham a classe trabalhadora. O filme inova em vários elementos estéticos, como a cena do beijo entre George e Angela, e a superposição de imagens para evidenciar realidades contrastantes. A cena do lago (vejam) traz algo de Hitchcok.

1052 - O CORVO

O CORVO (THE RAVEN, USA 1963) – neste embate de grandes do cinema da época, Dr. Bedlo (Peter Lorre, impagável) é transformado em um corvo por um feiticeiro (Boris Karlof) e pede ajuda ao inimigo deste, Dr. Erasmus Craven (Vincent Price), para voltar à sua forma humana. Além disso, ainda temos Jack Nicholson em início de carreira, fazendo papel de galã. As atuações são muito interessantes, porque os grandes acima citados levam a coisa a um passo da paródia escrachada, mas sem perder a classe e a ironia do texto de Edgard Allan Poe.

quarta-feira, 9 de março de 2011

1051 - 127 HORAS


127 HORAS (127 HOURS, USA 2010) – é fantástico o que o diretor Danny Boyle fez com a história de Aron Ralston, um estudante montanhista que, em 2003, sai sozinho, sem avisar ninguém, para desbravar um cânion em Utah. No início, Aron é uma usina humana de energia: corre, pula, pedala, nada, em perfeita consonância com a natureza deslumbrante em sua volta (a fotografia e a montagem, juntamente com a trilha sonora são esplêndidas!). Até que, descendo uma garganta, solta uma rocha de cerca de meia tonelada, que prende seu braço contra a parede do desfiladeiro. Passa cinco dias assim preso, testando saídas infrutíferas, até tomar uma decisão radical, que todo mundo sabe qual é. O bacana nisso tudo é que Boyle faz do clichê da sobrevivência a qualquer custo algo que soa novo e eletrizante. Um filmaço!

1050 - AS AMAZONAS NA LUA


AS AMAZONAS NA LUA (AMAZON WOMEN ON THE MOON, USA 1986) – depois de tanto tempo, o filme continua uma delícia de ver, com seu roteiro surreal e repleto de críticas ao american way e aos hábitos da classe média. Dirigida por um time de feras (Joe Dante, John Landis, Carl Gottlieb, Peter Horton e Robert K. Weiss) e dividida em quadros que satirizavam o comportamento da sociedade norte-americana e, principalmente, comerciais e programas de televisão. Um dos momentos mais hilariantes dessa grande gozação era a exibição de um filme falso, supostamente uma ficção científica classe B da década de 50, chamada justamente "Amazon Women on the Moon". Essa parte, claro, ironizava os clichês, as interpretações canastronas e principalmente os defeitos técnicos das produções daquela época. O elenco é o máximo: Michelle Pfeiffer, Arsenio Hall, B.B. King, Griffin Dunne, Joe Pantoliano, Kelly Preston, Steve Forrest, Carrie Fisher, entre outros. Dê uma olhada nesta sequência inicial com Arsenio Hall.

segunda-feira, 7 de março de 2011

1049 - SANTUÁRIO


SANTUÁRIO (SANCTUM, USA, 2010) – o filme chega com as credencias de ter sido filmado com as mesmas lentes desenvolvidas por James Cameron para “Avatar”. E só. Pode muito bem ter funcionado, como espetáculo apenas visual, nos cinemas em 3D, mas em DVD, como vi, ficou chato e totalmente sem sentido. A trama gira em torno de uma expedição que fica presa numa gigantesca caverna, com rios internos e claustrofóbicas passagens exprimidas entre as rochas, para demonstrar, num argumento fraco, o quanto insignificante é o ser humano no cotejo com a natureza. No fundo (entendeu?), não dá nem para ser uma diversão escapista.