terça-feira, 31 de maio de 2011

1093 - ABBOTT E COSTELLO ENCONTRAM A MÚMIA


Freddie Franklin ( Lou Costello ) e Peter Patterson ( Bud Abbott ) são os americanos que estão retidos no Cairo, Egito. Casualmente eles ouvem o Dr. Gustav Zoomer (Kurt Katch) falar sobre a múmia de Klaris, o guardião do túmulo da Princesa Ara. Aparentemente, a múmia tem um medalhão sagrado, que mostra onde o tesouro da princesa Ara pode ser encontrado. Os seguidores de Klaris, liderados por Semu ( Richard Deacon ), ouvem a conversa de Madame Rontru ( Marie Windsor ), uma mulher de negócios interessado em roubar o tesouro da princesa Ara. Pete e Freddie vão à casa do médico para solicitar a possibilidade de acompanhar a múmia de volta à América. No entanto, dois dos homens da Semu, Iben ( Mel Welles ) e Hetsut (Richard Karlan), matam o médico para tentar roubar o medalhão da múmia antes Pete e Freddie chegarem. No entanto, o medalhão foi deixado para trás e é encontrado por Pete e Freddie, que tentam vendê-lo. Rontru lhes oferece US $ 100, mas Pete sabe que vale mais e pede US $ 5.000, que Rontru concorda em pagar. Ela diz a eles para encontrá-la no Café Cairo, onde Pete e Freddie ficam sabendo por um garçom que o medalhão é amaldiçoado.Eles tentam desesperadamente dar um ao outro, até que acaba caindo no hambúrguer de Freddie e ele engole.Rontru chega e arrasta-os para um consultório médico para poder ver o medalhão através do fluoroscópio. No entanto, ela não consegue ler as instruções inscritas no medalhão, que estão em hieróglifos. Semu chega, afirmando ser um arqueólogo, e se oferece para guiá-los para o túmulo. Enquanto isso, os seguidores de Semu fazem uma cerimônia para Klaris retornar a viver. Eles chegam ao túmulo, onde Freddie descobre os planos de Semu para matar todos.Rontru captura Semu, e um de seus homens, Charlie ( Michael Ansara ), se disfarça de múmia e entra no templo. Pete se disfarça de múmia para livrar Freddie e Semu.Eventualmente, todas as 3 múmias se encontram no mesmo lugar, ao mesmo tempo. Rontru usa dinamite para desenterrar o tesouro e termina destruindo Klaris. Freddie e Pete convencem Semu a transformar o templo em uma boate para preservar a lenda de Klaris.

1092 - A FÚRIA DA CARNE


Wild is the Wind” conta a história do viúvo Gino, criador de ovelhas na América, que traz a cunhada Gióia da Itália para substituir sua falecida Rossana, no leito e no coração. Só que Gióia, em mais uma interpretação memorável de Anna Magnani, não é a ovelha que o personagem de Anthony Quinn esperava. Selvagem como os cavalos que defende dos tiros do esposo, Gióia não aceita o papel que este lhe impõe, de clone da irmã. Começam os problemas. Culpado pela perda da esposa no parto do bebê que ele insistira em ter, contra a orientação médica, Gino projeta na segunda mulher a raiva que sente de si próprio.

1091 - ATRAÇÃO SEM LIMITE


ATRAÇÃO SEM LIMITE (COLD HEART, USA 2001) - Linda Cross (Nastassia Kinski, linda mesmo, fazer o quê?) é uma mulher atraente que é confiante em sua vida profissional e amorosa. Seu mundo desaba quando suspeita que seu marido Phil esteja tendo um caso extraconjugal. Transtornada, ela busca consolo no recém-contratado colega de trabalho Sean, mas posteriormente descobre que suas suspeitas sobre o marido eram infundadas. Disposta a salvar seu casamento, ela tenta afastar Sean de sua vida. Mas isso não é tão simples quanto parece, pois Sean é um psicopata capaz de qualquer coisa para manter Linda ao seu lado. Thriller eficiente, fluente e com o auxílio luxuoso da bela Nastassia.

1090 - O ZUMBI


O ZUMBI (THE GHOUL, UK 1933) – Este raríssimo filme estrelado por Boris Karloff (Frankenstein) só foi lançado nos EUA recentemente. Agora, finalmente chega ao Brasil! O Zumbi era dado como perdido até que, em 1969, em Nova York, foi achada uma cópia dele. Trata-se do primeiro filme britânico de Karloff, que interpreta o professor Morlant. Um excêntrico egiptólogo inglês obcecado pelos poderes dos antigos deuses do Egito. Em seu leito de morte, ele ordena que seu serviçal, Laing (Thesiger), cole uma jóia sagrada conhecida como a luz eterna em sua mão, prevenindo-o de que, caso ela seja removida dali, ele deixará sua tumba em busca de vingança... A presença de Karloff e o excelente elenco criam a atmosfera perfeita para este clássico do terror.

1089 - FRIENDS, disco 1 - 1a. Temporada


FRIENDS (DISCO 1º TEMPORADA) – a primeira temporada de Friends começa com a apresentação dos personagens que, naturalmente, ainda não estavam com suas características definidas, como em qualquer primeira temporada de qualquer série. No entanto, alguns toques originais, como a maneira de se referir aos episódios como “Aquele da...”, começa a enfeitiçar o espectador. O fato é que os diálogos são caprichados, e se tem a impressão de que foram mesmo escritos para cada ator, individualmente, como se entre eles e os personagens não houvesse uma diferença de personalidade. Por exemplo, mesmo como um iniciante na série, não consigo imaginar um outro ator para Ross do que David Schwimmer (02 de novembro de 1966), ou uma atriz diferente para Phoebe, a não ser a hilariante – e totalmente sem noção, no bom sentido – Lisa Kudrow. Courtney Cox, inicialmente, iria fazer a Rachel de Jennifer Aniston, mas optou pela Monica, depois de ler o script. Neste primeiro disco, meu episódio favorito é “Aquele com o sabão em pó da Alemanha”, em que Ross tenta se aproximar de Rachel, indo com ela a uma lavanderia.Claro que, como todas as séries famosas, Friends possui uma mitologia própria e fascinante, facilmente assimilável quando se é guiado por seus meandros por uma mão tão especial.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

1088 - O ESTRANHO SEM NOME


O ESTRANHO SEM NOME (HIGH PLAINS DRIFTER, USA 1973) – de Clint Eastwood. Um cavaleiro emerge da paisagem desértica e, lentamente, entra na pequena cidade de Lago, no Arizona. Atravessa a rua principal, atraindo olhares curiosos. Desmonta e vai até o saloon, onde pede uma cerveja e uma garrafa de uísque. Assim começa o segundo filme dirigido por Clint (o primeiro, Perversa Paixão, é de 1971) e, pode-se dizer, é ótimo, principalmente pelo clima meio sobrenatural da história e das belíssimas paisagens que o lago, em cujas margens a cidade foi erguida, proporciona. A sensação é de quentura em todas as sequências, mesmo as noturnas, o que sublinha a ironia de a cidade ter seu nome trocado para “hell”.


1087 - MACGYVER – CONSPIRAÇÃO INTERNACIONAL


MACGYVER – CONSPIRAÇÃO INTERNACIONAL (MACGYVER: TRAIL TO DOOMSDAY, USA 1994) - Um amigo próximo de MacGyver é assassinado. Em busca de uma razão para este assassinato MacGyver descobre uma instalação secreta de armas nucleares no centro da Grã-Bretanha. Para os fãs, esta produção para a TV, com jeito de longa, mas com as mesmas características dos episódios, é imperdível. Atenção para Beatie Edney, que foi a Heather McCloud, de Highlander.


domingo, 29 de maio de 2011

1086 - ABBOTT E COSTELLO MEET DR. JEKILL E MR. HYDE (USA, 1953)


ABBOTT E COSTELLO MEET DR. JEKILL E MR. HYDE (USA, 1953) – desta vez, os dois estão em Londres, onde conhecem Dr. Jekill (Boris Karloff, numa participação inesperada), e acabam sendo expulsos da polícia, por razões óbvias. Uma das melhores comédias dos dois, nesta série de “encontros” com os grandes monstros da Universal. A fotografia em preto e branco é impressionante – em algumas cenas, não se tem a impressão de se tratar de uma comédia. Atenção para a hilariante cena em que Costello se transforma em um rato e cria confusão no bar. Helen Westcott impressiona pela beleza.

1085 - PIRATAS DO CARIBE: NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS

PIRATAS DO CARIBE: NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS (PIRATES OF THE CARIBBEAN: ON STRANGER TIDES USA 2011) – de Rob Marshall. Jack Sparrow, agora, está à procura de uma fonte da juventude, juntamente como Barbossa (Geoffrey Rush, excelente). Apesar de bem cuidada, como sempre, a história destoa do clima de ação dos três filmes anteriores, apostando mais na comédia. Em alguns momentos, até que dá certo (como quando Keith Richards aparece como pai de Jack), mas acaba perdendo força no restante do filme. Penélope Cruz enfeita com uma atuação segura e com mais sangue do que a mocinha anterior (Keira Knightley). O 3-D do cinema não ajuda nas cenas em que a fotografia está muito escura – e isso se repete em vários momentos. Os três primeiros foram mais divertidos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

1084 - O EFEITO DOMINÓ







EFEITO DOMINÓ (THE TRIGGER EFFECT, USA 1996) – favor não confundir este filme com o homônimo, de 2008, que ainda não vi, mas que deve ser muito melhor do que este. Temos aqui um exemplo de uma boa ideia combinada com um diretor incompetente: não raro, em casos assim, a história não sobrevive, e o resultado é a frustração. De repente, há um blecaute na cidade, e a vida do casal Matt e Annie (Kyle MacLachlan e Elisabeth Shue) começa a sofrer sérios abalos: a sensação de insegurança, a falta de comida e de remédios e a crescente animosidade entre os habitantes da cidade. Diz o diretor David Koepp – autor dos roteiros de Jurassic Park e O Homem Aranha – que seu interesse foi mostrar como os seres humanos foram ficando dependentes de coisas criadas pela tecnologia – a luz elétrica, o telefone etc. Quando se vêem fragilizadas, as pessoas tendem à violência. Sem aquilo a que estão habituadas no dia-a-dia, os confortos cotidianos, proporcionados pela energia elétrica, por exemplo, se reduzem a animais brigando pelo básico, diante de um universo que não conseguem compreender.




sábado, 21 de maio de 2011

1083 - TOP GANG, ASES MUITO LOUCOS

TOP GANG, ASES MUITO LOUCOS (HOT SHOTS, USA 1991) – o impressionante é que o filme continua como uma das melhores paródias de todos os tempos. Vale constatar que Charlie Sheen é, de fato, um bom ator, especialmente em comédias. Aqui, ele faz uma versão do personagem de Tom Cruise em Ases Indomáveis. Uma cena memorável é com Valeria Golino, sobre cuja barriga ele frita um ovo com bacon. Juntamente com Top Secret e Apertem is Cintos, o Piloto Sumiu, uma das melhores comédias do cinema. O almirante maluco de Lloyd Bridges e hilariante! No final, há uma alusão ao dentista de Laurence Olivier, em Maratona da Morte.

terça-feira, 17 de maio de 2011

1082 - TENDERNESS, NA TRILHA DO ASSASSINO


TENDERNESS, NA TRILHA DO ASSASSINO (TENDERNESS, USA 2009) – Lori Cranton (Sophie Traub) é uma adolescente confusa que, ao fugir de casa, se envolve com Eric (John Foster), rapaz recém-liberado de um centro de detenção com um passado marcado pelo assassinato dos pais. Juntos, eles embarcam em uma viagem e começam a se envolver. Enquanto isso, um policial (Russel Crowe) cuja esposa está em coma, não acredita na reabilitação de Eric e começa a segui-lo por desconfiar que ele pode voltar a matar. Infelizmente, o papel de Crowe não faz jus ao seu talento, mas isto não compromete de todo o filme.

1081 - VIROU BAGUNÇA



VIROU BAGUNÇA (BRASIL, 1960) – de Watson Macedo. Chanchada com os elementos típicos do gênero: um trio vocal (Trio Irakitan) chega ao Rio, para tentar a vida artística e vão para numa emissora de TV, onde conhecem uma vedete maluca (Nadia Maria, hilariante). Participação de Chacrinha, Emilinha Borga e César de Alencar. Cenas curiosas do funcionamento de uma televisão, na época. Aparece o prédio da TV Rio, em Copacabana (olhe aí embaixo). Boas cenas das ruas do centro do Rio. O gordinho do Trio é uma figura e, fácil, a melhor atuação do filme.






1080 - ALÉM DA VIDA


ALÉM DA VIDA (HEREAFTER, USA 2010) – DE Clint Eastwood. Mostrando que é um diretor que se renova, Eastwood dá mais uma mostra de seu talento ao abordar um tema difícil – a vida depois da morte. Sem fazer qualquer referência religiosa, ele entrelaça três histórias, cujos protagonistas têm uma estreita relação com a morte, seja a sua própria, como a de alguém bem próximo. O filme gira em torno de três pessoas que são afetadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um operário norte-americano que tem uma conexão especial com o além. Em outro ponto do planeta, a jornalista francesa Marie (Cécile De France, lindíssima) acaba de passar por uma experiência de quase-morte que muda sua visão diante da vida. E, quando Marcus (Frankie/ George McLaren), um garoto londrino, perde uma pessoa muito próxima, começa uma procura desesperada por respostas. Enquanto cada um segue o caminho em busca da verdade, suas vidas se cruzam e são transformadas para sempre pelo que eles acreditam que possa existir, ou realmente exista - a vida após a morte. Belo, sensível, maravilhoso, como tudo que Clint Eastwood faz.

1079 - A MÚMIA (1958)


A MÚMIA (THE MUMY, USA 1958) – de Terence Fisher. Nesta nova versão, Christopher Lee no papel-título como a múmia que volta a vida em busca de vingança contra os que profanaram a tumba de sua amada. Peter Cushing também presente como um sobrevivente da expedição que encontrou a tumba, num papel que apresenta um viés romântico, o que é inesperado, assim como, de certa forma, também é ter Lee como a múmia. Mas, no fim tudo funciona, como aconteceu com Boris Karkof, no mesmo papel, em 1932.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

1078 - PIRANHA


PIRANHA (USA, 2010) – de Alexandre Aja. Não há como não achar que este novo produto do cinema sanguinolento americano é um filme tão cafajeste que não encontra paralelo no gênero, pois combina caminhões de sangue cenográfico com adolescentes descerebrados, num resort californiano – onde mais? Esse pessoal, que durante o spring break, a semana em que os estudantes americanos se acabam de beber e praticar sexo como se não houvesse amanhã (o cotejo entre o título e a gíria brasileira para moças fáceis é uma associação inevitável...), de repente, se vê às voltas com vorazes peixes pré-históricos que um terremoto liberta do fundo de um lago. Acontece que o mau gosto campeia entre uma ou outra cena bem feita, e isso pode escandalizar as plateias ávidas pelas barbaridades que esse tipo de gênero geralmente propicia. Curiosa a aparição relâmpago de Richard Dreyfuss, logo no comecinho, a emular uma cena com o próprio em Tubarão (1976). Elisabeth Shue não convence muito como a xerife do local, embora ainda esteja bonita.


domingo, 15 de maio de 2011

1077 - VÍCIO FRENÉTICO


VÍCIO FRENÉTICO (THE BAD LIEUTENANT: PORT OF CALL - NEW ORLEANS, USA 2009) - Terence (Nicolas Cage) era um bom policial mas se considerava acima da lei. Lutando contra ladrões e traficantes ele acaba por se render à corrupção e às drogas que o cercam. Mas às vezes uma coisa ruim leva à outra, e à outra... Agora ele e sua namorada (Eva Mendes) têm apenas um ao outro para se livrar desta armadilha do destino. Assim, juntos eles mergulham num mundo frenético de desejo e compulsão. É certo que raras vezes Cage teve a oportunidade de desfilar seu repertório de esquisitices em um só personagem, a começar pelo inacreditável corte de cabelo. Por outro lado, Eva Mendes compensa a falta de estética.


1076 - VOCÊ VAI CONHECER O HOMEM DOS SEUS SONHOS


VOCÊ VAI CONHECER O HOMEM DOS SEUS SONHOS (YOU WILL MEET A TALL DARK STRANGER, USA/ESPANHA 2010) – de Woody Allen. No filme, apenas um personagem tem certeza de como, quando e onde tomar alguma atitude: Helena (Gemma Jones) que, separada de Alfie (Anthony Hopkins), se consulta com uma cartomante que lhe norteia a existência, com previsões sobre o futuro e conselhos acerca do presente. Aí é que está a questão interessante sobre a história – os outros protagonistas, Alfie incluso, Sally (Naomi Watts) e Roy (Josh Brolin) não conseguem encontrar sentido nas suas vidas. Como de costume, o genial diretor não quer explicar porque estamos no mundo; ela apenas nos lembra que não há resposta para esta pergunta. Ou melhor, até que há, e precisamente, no caso do filme, numa situação metafísica absurda, como nas previsões de uma cartomante. É como se quisesse dizer que se queremos achar algum sentido para a vida, ou se apela para as crendices e superstições, ou estamos perdidos. Esta desilusão está presente nos personagens e nos diálogos bem construídos, traço característico do cinema woodyalleniano. Ou seja – é um filme pessimista, não adianta chorar. Indica, a cada cena, que não adianta procurar uma razão na vida, a não ser em crença nas cartas e outras mágicas que o homem criou para se iludir. É assim com Helena, que também tem seus sonhos, mas que acaba dando mais valor ao que a cartomante diz e, surpreendentemente, vai encontrar o que os outros personagens não conseguem. A ambientação londrina não se impõe como um fator determinante. Os tipos supracitados são encontráveis em Nova York, Paris ou Friburgo, mas apenas Woody Allen é um dos poucos a saber retratá-los com ironia e inteligência, aquele witty que faz os gênios, situando-os no universo pragmático e individualista da sociedade contemporânea, sem tropeçar na caricatura. Recomenda-se assistir com uma estrela ao lado, como eu fiz.


1075 - HOMEM DE FERRO 2


HOMEM DE FERRO 2 (IRON MAN 2, USA 2010) – de Jon Favreau. Esta sequência continua muito legal, inspirada, com muitos mais acertos do que erros. Os erros estão, principalmente, no desenvolvimento do roteiro, que acaba se perdendo no final, embora acerte em sublinhar o conflito de Tony Stark, ao perceber que o mecanismo que o mantém vivo está, de fato, matando-o aos poucos. Outro ponto negativo é o pouco aproveitamento de Gwyneth Paltrow, que parece apenas uma coadjuvante de luxo e pouco acrescenta à história agora. A partir daí, é só bola, dentro: Robert Donwey Jr continua sedutoramente cínico e dono ainda mais do personagem; o vilão de Mickey Rourke, cada vez mais deformado e com a voz parecidíssima com a de Sylvester Stallone, está de acordo com o Anton Vanko que mal fala, mal se movimenta, mal atua; Scarlet Johansson é... Scarlet Johansson, e isso basta, embora ela esteja muito bem nas cenas de ação e numa roupa de couro justíssima; e o diretor, Favreau, que faz Happy, ajudante de Stark, continua uma boa surpresa que não destoa do todo. Os efeitos especiais estão próximos da perfeição, embora com algum exagero em uma e outra cena. No geral, o filme é muito bom! Os extras são bacanas também.

sábado, 14 de maio de 2011

1074 - O GAROTO DE LIVERPOOL


O GAROTO DE LIVERPOOL (NOWHERE MAN, 2010) – de John Taylor Wood. O filme relata a juventude de John Lennon (Aaron Johnson, incrivelmente convincente), o convívio com sua Tia Mimi (Kristin Scott Thomas, magnífica), o reencontro com a mãe, Julia (Anne-Marie Duff, extraordinária), que lhe mostrou como tocar banjo e amar o então nascente rock’n’roll. Como acabei de ler a biografia de Lennon, tive a maior curiosidade de ver como Wood colocou na tela os conflitos que tanto abalaram John. Aliás, é emocionante descobrir com ele o poder libertador do rock, o quanto aquilo era realmente novidade, o quanto importava, e o quanto era rebelde, alternativo e diferente. E também como isso era essencial para quem havia nascido numa cidadezinha do interior da Inglaterra – que inspirou “Nowhere man”, também o título do filme, no original – onde todos acabavam em empregos comuns ou na vida militar.


1073 - MUITA CALMA NESTA HORA


MUITA CALMA NESTA HORA (BRASIL, 2010) – de Felipe Joffily. O filme só tem duas coisas que valem a pena: o cenário de Búzios e Andréia Horta. O resto pode ser considerado o que há de pior no cinema nacional, a começar pela história e pela paupérrima atuação do cast, que até tem gente muito boa, como Marcelo Adnet, mas que não funciona. Vejam só: três amigas – Gianne Albertoni, totalmente deslocada, Fernanda Souza, fraquíssima e Andréia Horta, de longe, a melhor do elenco, decidem refrescar a cuca em Búzios, depois de passarem por maus momentos no Rio. No balneário, alugam uma casa e acolhem uma riponga (Déborah Lamm), cujo objetivo é encontrar o pai. Os deslizes, entre tantos, ficam por conta das caricaturas dispensadas aos personagens paulistanos e do retrato debilóide da juventude de hoje. Também são grosseiras as sequências referentes a vômito e sexo. Ou seja: para contentar os jovens não era preciso descer tanto.



quarta-feira, 11 de maio de 2011

1072 - BRUNA SURFISTINHA

BRUNA SURFISTINHA (BRASIL, 2011) – eis um exemplo de como o cinema nacional pode ser péssimo em todos os sentidos. A começar pela história pífia, desinteressante, exatamente como a personagem principal, igualmente vivida por uma atriz (?) de nível baixíssimo, sem talento e desenxabida, como Deborah Secco. Perda total de tempo, paciência e boa vontade.

1071 - EPIDEMIA


EPIDEMIA (OUTBREAK, USA 1995) - Sam Daniels (Dustin Hoffman) é coronel-médico do exército americano, além de ser o chefe do departamento de pesquisas epidemiológicas. Ele investiga uma nova doença contagiosa, que mata em pouquíssimo tempo e já dizimou um acampamento militar na África. Em virtude de um macaco ter sido levado de forma clandestina para os Estados Unidos, uma população de uma pequena cidade americana começa a apresentar os mesmos sintomas da doença, porém o contágio se desencadeia muito mais rapidamente, assim o exército coloca a cidade sob quarentena. Mas quando o cientista do exército tenta ajudar a população é inexplicavelmente afastado do caso. O filme continua sendo ótimo, principalmente por causa do gente-boa Dustin Hoffmann, simpaticíssimo no papel. Além disso, tem Morgan Freeman, excelente como sempre. Vale muito a pena ver sempre.


1070 - O BEM AMADO


O BEM AMADO (BRASIL, 2010) – de Guel Arraes. É um sacrilégio mexer com coisas sagradas. Pois bem, a versão original de O Bem Amado, no início dos anos 70, com Paulo Gracindo como protagonista, é uma dessas coisas sagradas que, acima de tudo, devem ser conservadas, intactas, na memória de quem viu e na suposição de quem não viu. O que fizeram agora com a obra de Dias Gomes, transpondo-a para a tela grande, foi de grande infelicidade. Para quem ainda tem a novela guardada na memória afetiva, é o filme é de um impacto desagradabilíssimo; para quem não viu na TV, só fica uma sensação de humor que, temos que admitir, não funciona mais nos dias de hoje. O Bem Amado original brincava perigosamente com a ditadura militar, criticando o status quo, o autoritarismo do governo de então e suas figuras canhestras. Mesmo mantendo a perspectiva histórica da época, o filme não funciona. Apesar de grande ator, Marco Nanini não é Paulo Gracindo, e José Wilker não chega nem às botas sujas de poeira do sertão do Zeca Diabo de Lima Duarte. A única luz de interesse do filme é a presença graciosa de Maria Flor, repetindo um pouco os maneirismos de Aline, da TV.


terça-feira, 10 de maio de 2011

1069 - ILHA DO MEDO


ILHA DO MEDO (SHUTTER ISLAND, USA 2010) – Ouso tentar entender o que o diretor ítalo-americano quis enfocar com a história em que Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio), um investigador federal, em 1954, ruma com seu parceiro (Mark Rufalo) para um manicômio de segurança máxima numa ilha à margem de Boston. Forasteiros não são bem-vindos no Asilo Ashecliffe. Acontece que uma paciente perigosa desapareceu de sua cela na noite anterior, sem deixar vestígios de como isso aconteceu, ou com a ajuda de quem, pois nenhum dos muitos guardas a viu, e nada foi descoberto posteriormente. Como era de se esperar, Teddy se lança de corpo e alma na investigação, pois sua obstinação esconde uma motivação que tem raízes no terreno pantanoso de um trauma pessoal. Seus interrogatórios são recebidos com atitudes dúbias por funcionários e pacientes, e flanqueiam o alarme, sempre que ele menciona outro interno, também sumido, a quem ele atribui a morte de sua mulher (Michelle Williams). Neste momento, Scorsese começa a prestar uma homenagem mal disfarçada ao gênio de Hitchcock – sim, até a famosa cena do chuveiro, de Psicose, está lá, na mesma angulação. Não passa muito tempo para que Daniels se veja como um desequilibrado a mais na ilha.



1068 - 72 HORAS


72 HORAS (THE NEXT THREE DAYS, USA 2010) – de Paul Haggis. A implausibilidade do enredo não tira o interesse deste filme estrelado por Russel Crowe, em que ele é um professor que luta para tirar a esposa da cadeia, depois de ela ter sido acusada de ter matado a chefe. Crowe é um ator sensacional no seu minimalismo cênico – faz de uma sugestão de sorriso, de um quase imperceptível baixar de olhos ou de um milimétrico arquear de sobrancelhas gestos de eloquência tão impactante que ganham o espectador de imediato. Ao longo da história, a gente se depara na decisão do professor de elaborar um plano mirabolante de fuga para a esposa, um plano extraordinário demais para uma pessoa que nunca havia cometido qualquer contravenção, e que depende de um número absurdo de variáveis. Aí, a competência de Haggis entra em cena, colocando tudo em seu lugar. Atenção para Brian Dennehy, Liam Neeson e Daniel Stern.


1067 - O REI DO MOVIMENTO


O REI DO MOVIMENTO (BRASIL, 1954) – o primeiro filme de Victor Lima. Dando início à maratona de filmes brasileiros, a partir da década de 50, começo com O Rei do Movimento, estrelado por Ankito que, observo agora, foi um artista um pouco injustiçado na história do cinema nacional – ele realmente é engraçado e alia uma presença cênica a uma invejável forma atlética, já que faz, com desenvoltura, os maiores malabarismos que o gênero de comédia pastelão exigia. Neste filme, ele é um carteiro que se mete em confusões, quando se envolve com uma quadrilha de ladrões de joias. Números musicais de Angela Maria e Emilinha Borba.

terça-feira, 3 de maio de 2011

1066 - MARATONA DA MORTE



MARATONA DA MORTE(MARATHON MAN, USA 1976) - O duelo de interpretação entre dois ganhadores do Oscar, Dustin Hoffmann e Laurence Olivier, representantes de estilos tão distintos, permanece como maior atração do filme. É uma briga sem vencedores – quase saem faíscas da tela. Hoffman encarna um atormentado estudante de pós-graduação, Babe, que luta para explicar o suicídio do pai, ex-professor universitário, e cronometra longas corridas diárias. Ele é acidentalmente envolvido numa trama internacional de espionagem que começa com uma prosaica discussão automobilística entre dois velhinhos. A tal briga acaba num acidente que pode terminar por revelar o paradeiro do mais procurado carrasco nazista foragido: o dentista alemão Christian Szell (Olivier), autor das experiências mais atrozes da II Guerra Mundial. O grandíssimo Olivier, sádico e feroz, proporciona uma sequência antológica do cinema moderno: o carrasco nazista (inspirado em Joseph Mengele, que vivia anônimo no Brasil na ocasião) tortura o estudante numa cadeira de dentista, enquanto repete dezenas de vezes uma única frase, para desespero de um atordoado Hoffman: “É seguro?”. Impressionante mesmo, vale a pena cada fotograma da sequência. Veja abaixo e confira.