segunda-feira, 29 de setembro de 2014

2411 - GOTHAM

(GOTHAM, USA 2014) - Este primeiro episódio da série que promete jogar luzes sobre as origens dos personagens de BATMAN foi apenas razoável. Não sei como os produtores e roteiristas vão fazer para lidar com a imensa pressão dos fãs em relação às premissas deste prequel. Tudo, ao que parece, gira em torno do Comissário Gordon, aqui vivido por Ben Mackenzie. Os cenários integram, com competência, locações reais e um CGI já manjado, mas eficiente. Nas primeiras cenas, vemos o assassinato dos pais de Bruce, testemunhado por aquela que deve ser a Mulher-Gato no futuro. A atriz que faz Selena Kyle é a bela Camren Bicondova, que idêntica a Michelle Pfeiffer, que fez o mesmo papel nos filmes de Tim Burton. Basta olhar aí ao lado. O Pinguim também aparece, numa temerosa atuação meio caricatural de Robin Lord Taylor. Vamos aguardar e ver como os próximos episódios vão acontecer.   
 

domingo, 28 de setembro de 2014

2410 - POPEYE

(POPEYE, USA 1980) - Para quem não é familiarizado com o universo dos quadrinhos de onde vem Popeye, um marinheiro de bom coração que se fortalece comendo espinafre, o filme não é de muito interesse. Mas, mesmo assim, revendo hoje, achei que o resultado final não é bom. Sempre me intrigou o fato de Robert Altman, um diretor com características menos populares, estivesse à frente de um projeto que, no mínimo, está condenado a um esquecimento complacente. Um dos primeiros filmes de Robin Williams, que personifica o personagem-título à perfeição, POPEYE não chegou nem perto do que se esperava dele, em termos artísticos e de produção.
 

sábado, 27 de setembro de 2014

2409 - RUSH - NO LIMITE DA EMOÇÃO

(RUSH, USA 2013) - Protagonistas de um antagonismo tão simétrico, que até parece ter saído da mente perversa de um roteirista com a cabeça na ficção, o inglês James Hunt e o austríaco Nikki Lauda foram rivais tão ferozes e diametralmente opostos na Fórmula 1 dos anos 70, que suas histórias só poderiam resultar num filmaço. E foi o que aconteceu. O acidente que desfigurou Lauda no GP da Alemanha, em 1976, já daria para uma abordagem que nos remete ao Dorian Gray de Oscar Wilde - o belo Hunt, agressivo, meio libertino, cercado de mulheres bonitas, chegado a bebidas e drogas é o contraponto psicológico de Lauda, feio, também talentoso, regrado e discreto. Embora Chris Hemsworth convença no papel, sobretudo nas cenas que mostram o fervor e a arrogância do piloto inglês, um mix de 007 e playboy desmiolado, sua atuação fica abaixo ao ser cotejada com a Daniel Brühl, na pele - queimada - do austríaco. Sua transformação física, além de todos os trejeitos de Lauda, é de uma convicção assustadora, e colabora para o eixo dramático do filme: a rivalidade com um desafiante de peso acaba se tornando o grande incentivo à vitória, dentro de fora das pistas.
 

2408 - O HOMEM BICENTENÁRIO

(BICENTENNIAL MAN, USA 1999) - Adaptação de um conto de Isaac Asimov, o filme lembra muito o A.I. de Spielberg, mas, agora, com a morte recente de Robin Williams, passa a ter um apelo mais emocional do que nunca. A história de um robô doméstico, adquirido por uma família de classe média americana, e que vai acompanhando a vida de seus membros, por décadas, tem um significado especial para mim, que gosto muito de robôs em geral. Claro que a atuação marcante de Williams, dando realmente vida à uma máscara metálica, também contribui para que, hoje, o filme ainda seja bem recebido. O roteiro flerta com BLADE RUNNER, mas isso não compromete o resultado final. É emocionante para quem anda triste. Portanto, cuidado.
 

2407 - O DESPERTAR DE UMA PAIXÃO

(THE PAINTED VEIL, USA 2006) - Um médico britânico, Walter (Edward Norton, excelente), recém-casado com Kitty (Naomi Watts), vai para o interior da China, com a missão de combater um epidemia de cólera. As dificuldades iniciais da relação vão encontrando novas possibilidades, à medida em que os problemas, internos e externos, vão acontecendo. Toda a atmosfera de uma China praticamente medieval, no início do século passado, sufocante, quase patológica, nas saúde pública e nas relações sociais, nos chega com uma força impressionante. Naomi Watts é uma daquelas atrizes com talento suficiente para passar todo o drama de uma aparentemente superficial dama da sociedade perdida na selva e, de certa forma, distante do amor que a havia libertado da família opressora. E o grandíssimo Edward Norton revela, sutilmente, o sofrimento que leva à transformação em direção à verdade e o sentimento que se perde vivendo, proustianamente.
 

2406 - O LIVRO DE ELI

(THE BOOK OF ELI, USA 2010) - Não lembrava que Mila Kunis estava neste filme, dividindo o protagonismo com Denzel Washington. Num mundo distópico, pós-apocalítico, fica meio difícil acreditar num personagem que mais parece uma patricinha de Beverly Hills, com direito a óculos escuros nos momentos mais barra-pesada. Além disso, o clima meio messiânico do roteiro não me agrada, embora Denzel, como sempre, atue acima dos argumentos mais sem sentido, sempre dando uma envergadura dramática intensa e crível aos seus personagens. Jennifer Beals tem um papel que cairia como uma luva em Sonia Braga. Gary Oldman ficou abaixo do que pode render como o vilão meio ensandecido que está atrás do tal livro que Eli (Denzel) protege contra tudo, durante seu percurso. As conotações místicas e religiosas não atrapalham tanto a história que, a meu ver, poderia ter sido acrescida de outras ideias.    
 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

2405 - MORTOS QUE FALAM

(DEAD MEN TELL, USA 1941) - Mais um dos filmes de Charlie Chan com Sidney Toler, com uma abordagem quase teatral e muito efetiva. Chan tem de resolver o assassinato de uma senhora que havia dividido um mapa de um tesouro em quatro partes e distribuído entre os passageiros de um navio cujo destino é a ilha onde a fortuna estava enterrada. Uma curiosidade: George Reeves tem um papel pequeno, tanto que seu nome nem aparece nos créditos iniciais. Aqui, coincidentemente, ele faz um repórter que tem uma identidade secreta. Premonitório, não? O filme é muito bom, com o humor de sempre e um cenário caprichado. Veja aí embaixo:
 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

2404 - ESCRITO NAS ESTRELAS

(SERENDIPITY, USA 2001) - Um homem conhece uma mulher, numa noite antes do Natal, em Nova Iorque, se apaixona e se separam, convencidos de que, um dia, acabarão juntos. Fórmula batida da tradicional comédia romântica? Sim, mas funciona muito bem aqui. Por várias razões: dois protagonistas belos, charmosos e cativantes (John Cusack e Kate Beckinsale - Céus!!! Como pode ser tão linda???); o cenário de Manhattan, a ideia de que o destino une aqueles que se amam (o que pode até não ser verdade, mas é muito fascinante), o livro O AMOR NOS TEMPOS DE CÓLERA (o livro mais lindo que já li), os encontros e desencontros resolvidos satisfatoriamente e a sensação de esperança, ao acabarmos de assistir ao filme. Imperdível, mesmo para quem já não acredita em história de amor. Ah, vale por Kate Beckinsale, no mínimo...
 

2403 - AS SESSÕES

(THE SESSIONS, USA 2012) - Um dos filmes mais emocionantes dos que vi ultimamente. É a história real de Mark O'Brien que, aos 38 anos, vítima da poliomielite que o deixou paralisado e deformado da cabeça para baixo e que o obriga a viver a maior parte do tempo dentro de um tubo que lhe permite respirar, decide procurar uma terapeuta sexual, para deixar de ser virgem. John Hawkes tem uma atuação inspiradora, contando apenas com a voz e o rosto semiparalisado. Paralelamente ao drama, o filme tem muito humor e uma certa crítica ao politicamente correto, especialmente quando apresenta a questão da vida sexual das pessoas com deformidade física sem qualquer filtro puritano ou hipócrita. Helen Hunt, que está com um rosto estranho, é a terapeuta sexual, que nos remete a "sexual surrogate", prática criada por Masters and Johnson, na década de 60. Destaque para o excelente William H. Macy, como o padre com quem Mark se confessa. Um dos filmes mais emocionantes, repito, que já vi. Você, certamente, teria gostado também.
 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

2402 - ABRAÇOS PARTIDOS

(LOS ABRAZOS ROTOS, Espanha 2009) - Este filme de Almodóvar fala da paixão pelo cinema - a julgar, sobretudo, pela única redenção possível para o seu protagonista - mas termina sendo muito mais marcante como retrato da paixão do cineasta por sua musa, Penélope Cruz. A metalinguagem, também presente em outros filmes do diretor,  leva a narrativa para o uso das ficções dentro da ficção, sempre tecendo comentários sobre temas e estéticas do seu passado. O protagonista, o cineasta Mateo, com sua paixão arrebatadora por Lena (Cruz), e a tragédia que acompanha essa obsessão pela imagem e pelo som da musa, é a forma que Almodóvar encontra para espalhar elementos sensoriais que ecoam essa obsessão: ele faz o close-up até em chapas de raios-x para dar conta da necessidade de ir além nas coisas e nas pessoas que estão diante da sua lente. Em histórias assim, sempre há o desejo alucinante por uma mulher; e este desejo, sempiterno, atemporal, acaba por ter reverberações nas vidas das pessoas envolvidas neles, mesmo não diretamente. O desejo, aqui encapsulado nos lábios carnudos de Penélope Cruz, pode ser resumido como uma forma tantalizante dos ademanes femininos.
 

sábado, 13 de setembro de 2014

2401 - CAPITÃO PHILIPS

(CAPTAIN PHILIPS, USA 2013) - A questão, aqui, é de sobrevivência. Conseguir chegar até o minuto seguinte, estender a vida ao máximo - todos os significados de que o verbo sobreviver pode ter podem ser encontrados neste soberbo filme de Paul Greengrass, protagonizado por Tom Hanks. Quando a gente lembra que a tomada de um grande cargueiro americano por quatro sujeitos magérrimos e maltrapilhos aconteceu de fato, que não é uma ficção absurda saída de um roteiro alucinado, o filme assume sua real magnitude em termos dramáticos. O que se vê é um ritmo alucinante e sufocante, sempre  se valendo da exposição de mundos opostos em todos os sentidos, que Greengrass exprime com incomum competência visual: a lancha frágil e o cargueiro imenso, a magreza esquálida dos piratas e o físico mais para adiposo da população, o diminuto salva-vidas e as colossais embarcações militares que o vão cercando. E Tom Hanks, perfeito, como sempre.
 

2400 - ATIRADOR

(THE SHOOTER, USA 2007) - Bom filme com Mark Wahlberg como um exímio atirador que é recrutado pelo governo para prever o assassinato do presidente americano. Enganado pelos chefões da CIA, ela passa a ser o principal suspeito e precisar arranjar um jeito de fugir e provar sua inocência. Ritmo intenso, do início ao fim, com boas atuações de Wahlberg, Danny Glover e Michael Pena. O diretor Antoine Fuqua, que acertou em DIA DE TREINAMENTO, mas errou feio em INVASÃO À CASA BRANCA, consegue prender a atenção do espectador, seguindo a cartilha dos filmes que seguem a mesma linha do "injustiçado-que-procura-provar-sua inocência".
 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

2399 - O DIA DEPOIS DE AMANHÃ

(THE DAY AFTER TOMORROW, USA 2004) - Depois de assistir a este filme várias vezes, me convenço, cada vez mais, de que as previsões apocalíticas a respeito de uma mudança climática global estão cada vez mais perto de se tornarem verdades, em função dos maus tratos que a humanidade faz com sua própria casa. No mais, o filme continua com efeitos especiais razoáveis, especialmente nas cenas em que Nova Iorque é inundada pela água do mare as que mostram a destruição de Los Angeles por tornados. Há, claro, o inevitável conflito familiar, que geralmente é entre pai e filho (aqui, quem se encarrega deste drama doméstico é Dennis Quaid e Jake Gyllenhaal).
 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

2398 - DOSE DUPLA

(2 GUNS, USA 2013) - Com Denzel Washington e Mark Wahlberg no papel de dois falsos ladrões de banco, o filme funciona do início ao fim. Claro que, para ajudar, também tem a bela Paula Patton com pouca roupa e todo aquele sorriso que nos obriga a assistir a suas cenas de óculos escuros. Fica a impressão de que Denzel e Wahlberg adotaram aquele tipo de atuação "relaxada", sem se levar muito a sério - e isso acaba funcionando, apesar de, no todo, 2 GUNS seja um filme bem parecido com os inúmeros que emulam a fórmula de um dupla de policiais. Vale muito mais pelas cenas de Paula Patton.
 

2397 - À PROCURA DO AMOR

(ENOUGH SAID, USA 2013) - Eis um filme que tinha tudo para dar certo, muito em função dos atores principais: James Gandolfini e Julia Louis-Dreyfus. Além disso, é uma daquelas comédias românticas que adoramos ver sempre que a nossa cota de sonhos anda beirando níveis críticos. Pois bem, devo dizer que o filme não funciona muito, o que é uma pena, pois foi o último de Gandolfini (1961 - 2013), um dos atores mais legais de Hollywood. Aliás, é dele a atuação mais emocionante e simpática, alternando ternura e carência, sem cair no lugar-comum de personagens deste tipo de história. Minha decepção maior ficou com Julia (a sensacional Elaine, de SEINFELD): ela não me parece bem no filme e se mostra meio desconcentrada no personagem, diminuindo-o de certa forma, principalmente quando contracena com o gigante (em todos os sentidos) Gandolfini. A intenção da diretora Nicole Holofcener de misturar a maturidade dos personagens com as incertezas das paixões adolescente não deu lá muito certo. De qualquer forma, gostaria de ter assistido a este filme com você.
 

2396 - FOUR DAYS IN NOVEMBER

(FOUR DAYS IN NOVEMBER, USA 1964) - This is definitely one of the best documentaries I have seen about JFK's assassination. It was nominated for an Academy Award for Best Documentary Feature. The film includes Dallas radio and television coverage of: The President's arrival at Love Field Progression of the motorcade First local bulletin of shooting Reports at Parkland Hospital Official announcement of President's death from Malcolm Kilduff Amateur films and photos include: Scenes along the motorcade route Orville Nix's films of the motorcade entering Dealey Plaza, the fatal head shot followed by Secret Service Agent Clint Hill climbing on top of the limousine and the post-shooting confusion at the Plaza Mary Moorman's photo taken just a fraction of a second after the fatal shot Bob Jackson's photo of Jack Ruby shooting Lee Harvey Oswald at the Dallas City Jail.





domingo, 7 de setembro de 2014

2395 - BLUE JASMINE

(BLUE JASMINE, USA 2013) - Claro que qualquer filme de Woody Allen é obrigatório, mesmo os menos brilhantes, como PARA ROMA, COM AMOR. Em BLUE JASMINE, Allan Stewart Konigsberg conta uma história sem ser implacável e compassivo como foi em MATCH POINT, outro filme seu sobre os perigos espirituais do privilégio e do apego material. Ou seja, faltou aquela pegada que o Allen dos velhos tempos tinha de sobra. Flertando com o universo de UM BONDE CHAMADO DESEJO, ele põe a excelente Cate Blanchett no papel de uma dondoca milionária nova-iorquina que fica pobre e tem de procurar abrigo (literalmente) na casa modesta da irmã que vive em São Francisco. Apesar do Oscar, Cate Blanchett, a meu ver, não tem uma atuação memorável, como se poderia supor num filme com a grife de Allen: ela fica naquele estágio intermediário entre a performance protocolar e uma atitude blasé de quem confia demais no seu taco. Mas tem crédito. 
 

2394 - ADVINHE QUEM VEM PARA O JANTAR

(GUESS WHO'S COMING TO DINNER, USA 1967) - Os anos 60 foram particularmente racistas nos Estados Unidos. A ideia de um casamento inter-racial era considerada absurda e, naquela época, tinha mais a ver com a falsa moral e os preconceito de uma sociedade pretensamente liberal, do que com o fator amoroso. Por isso, o filme de Stanley Kramer é corajoso, pois levanta a questão do preconceito abertamente, sem alegorias que pudessem mascarar a realidade. O elenco impõe respeito: Sidney Potier, Spencer Tracy e Katherine Hepburn estão excelentes nos seus personagens. Talvez o aspecto mais emocionante é que este foi o último papel de Spencer Tracy, que morreria logo após o término das filmagens. Ele e Katherine Hepburn fizeram questão de estar no filme, porque se trata de uma história sobre um amor proibido, coisa que eles conheciam muito bem. Veja, abaixo, como Tracy era realmente um dos maiores atores de todos os tempos. Um clássico!
 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

2393 - UM BOM PARTIDO

(PLAYING FOR KEEPS, USA 2012) - Gerald Butler interpreta um ex-astro do futebol, campeão nos maiores times do mundo, que inexplicavelmente acaba sem dinheiro e vai para o subúrbio norte-americano para se reaproximar da família. Absolutamente nada no roteiro faz sentido, todos os personagens são mal construídos, e alguns bons atores parecem ter perdido a noção na hora de aceitar papéis assim, digamos, tão descerebrados. É o caso de Catherine Zeta-Jones e Uma Thurman, que devem ter se arrependido profundamente no momento em que pegaram o cheque de pagamento após as gravações. Butler parece gostar de personagens sem graça em comédias idem - vide o lamentável CAÇADOR DE RECOMPENSAS.  
 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

2392 - OBSESSÃO

(THE PAPERBOY, USA 2012) - A trama se passa em 1969, quando o condenado por homicídio Hillary Van Wetter (John Cusack) espera sua execução. Convencida de sua inocência, Charlotte Bless (Nicole Kidman) entra em contato com o jornal The Miami Times, na esperança de poder ajudá-lo. Enviado à cidade, o repórter Ward James (Matthew McConaughey) pede a ajuda de seu irmão Jack (Zac Efron) para investigar o caso. O clima sombrio se reflete em toda a trama. O filme é tão sobrecarregado que confesso que tenho dificuldade para fazer qualquer apreciação. Tem alguma coisa de como as paixões e os ódios, em determinado momento da vida, se confundem. O diretor Lee Daniels, de PRECIOSA e O MORDOMO DA CASA BRANCA, parece meio perdido no comando de um filme que não definiu sua mensagem principal.
 

2391 - O HOMEM DE AÇO

(MAN OF STEEL, USA 2013) - Minha opinião sobre o filme não mudou, desde o ano passado: começa bem, mas acaba mal. A partir da metade, tira de cena a nostalgia que representou a novidade e se torna um genérico sem alma de um filme de ação, com intermináveis batalhas aéreas e muito ferro retorcido. É uma pena, mas as plateias da geração videogame parecem gostar mesmo é de barulho e destruição, o que explica esta mudança que acaba por estragar o que poderia ser muito bom. De qualquer forma, é muito bom ver um grande ator como Russel Crowe se sobressair em cena, num papel que nos remete ao pai de Hamlet, em sua onipresente orientação ao filho perdido num mundo hostil.