domingo, 31 de maio de 2015

2617 - BONITINHA, MAS ORDINÁRIA (1964)



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BONITINHA, MAS ORDINÁRIA (BRASIL, 1964) – Primeira adaptação da peça de Nelson Rodrigues, com Jece Valadão e Odete Lara nos papéis principais. De certa forma, os diálogos duros de Nelson parecem funcionar melhor nas interpretações também um tanto rígidas dos atores antigos, que tinha uma marcação mais teatral. Se compararmos a versão mais recente (de 2009) com esta, fica claro que o texto funciona melhor na sua primeira adaptação. As cenas do Rio da década de 60 continuam a impressionar – é como se entrássemos num túnel do tempo.

2616 - ENDER'S GAME



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ENDER’S GAME (USA, 2013) – Apesar da presença de Harrison Ford e da boa atuação de Asa Butterfield (o próximo Homem-Aranha), o filme não tem identidade para manter a atenção até o fim. Os efeitos são bons, mas o roteiro, que envolve o recrutamento de um jovem brilhante para combater uma invasão alienígena, é tão fraco e banal que não convence nem o maior fã do gênero. Os diálogos grandiloquentes soam falsos, e quem não teve contato com o livro no qual o filme se baseia se perde ao tentar entender as intenções dos personagens principais.

2615 - BONITINHA, MAS ORDINÁRIA (2009)


BONITINHA, MAS ORDINÁRIA (BRASIL, 2009) – Mais uma versão da famosa peça de Nelson Rodrigues, dirigida por Moacyr Góis e protagonizada por João Miguel e Leandra Leal. O que vemos, contudo, beira o desastre, desde a falta de tato das primeiras cenas, retratando um baile funk com a verossimilhança de uma novela mexicana, e a ousada cena de estupro mal editada, acabando por destruir o impacto dramático do que seria o fio condutor da história. A mão pesada do diretor vai, ao longo do filme, transformando a malandragem rodriguiana num festival de canastrice que faz o próprio mantra da peça – o mineiro só é solidário no câncer – soar falso e aleatório, sem cria a necessária conexão com o drama do personagem principal.

2614 - DOMINO, CAÇADORA DE RECOMPENSAS



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  DOMINO – CAÇADORA DE RECOMPENSAS (DOMINO, USA, 2005) – Thriller de ação com a marca de Tony Scott: edição frenética, muito movimento de câmera, fotografia caprichada e a sensação de que estamos diante de um caos milimetricamente calculado. Minha atenção para este filme se deve à presença de Keira Knightley como protagonista, Domino Harvey, uma ex modelo que se cansou da vida milionária que tinha, para se debandar para uma atividade, digamos, mais à margem da lei. Keira está bem à vontade no papel e linda, de cabelinho curtinho. Muito mais gata do que a verdadeira Domino. Mickey Rourke faz o seu tutor na nova vida, com a mesma cara, trejeitos e palavras balbuciadas de todos os seus mais recentes personagens. 

2613 - JUSTA CAUSA



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JUSTA CAUSA (JUST CAUSE, USA 1995) – Um rapaz pobre e negro é condenado à morte pelo assassinato de uma menina. Oito anos depois do crime, ele procura o ex advogado, e agora professor, Paul Armstrong (Sean Connery, magnífico, como sempre), para ajudá-lo a provar sua inocência, apesar da perseguição feita pelo delegado do local (Laurence Fishburne). Bom thriller policial, que tem como atração principal a presença de Connery e, com onze anos, a de Scarlett Johansson, já linda e talentosa.