segunda-feira, 30 de abril de 2018

3077 - COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ

     COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ (ME BEFORE YOU, USA 2016) – Há filmes que são feitos para chorar. Este aqui foi realizado com esta intenção, mas, à história previsível falta aquela faísca de comprometimento do elenco com a produção de lágrimas do espectador. Emilia Clark (de GAMES OF THRONE) é bonita e simpática, mas está “over”, e Sam Clafin não convence como seu contraponto romântico. O drama se instala sem muita convicção, e ficamos com a impressão de que aquela lágrima que todos esperavam foi produzida com um esforço enorme para que ela acontecesse. ENGLISH VERSION: there are films that are made to cry, like this one. However, the storyline lacks that spark of commitment of the cast that would cause the audience to shed a tear. Emilia Clark (from GAMES OF THRONES) is beautiful and nice, but overacts, and Sam Clafin does not make his character believable as her romantic counterpart. The drama is not convincing and leave us with the impression that the expected tear was produced as a result of a huge effort. 

domingo, 29 de abril de 2018

3076 - O NEGÓCIO


     O NEGÓCIO (BRASIL, 2018) A quarta temporada de O NEGÓCIO mantém o excelente nível de produção das anteriores.  Agora, a história abordará o livro escrito por Karin (Rafaela Mandelli), que falará abertamente sobre todos os segredos envolvendo a prostituição de luxo, fazendo com que suas amigas, e companheiras de negócio precisem revelar a verdade para suas respectivas famílias. O que fascina nesta série da HBO é, além das belas protagonistas, é a fotografia quase surreal de São Paulo, tirando o máximo dos inusitados ângulos de concreto que a cidade oferece, transformando a dureza da arquitetura paulistana numa poética concepção de imagens. O roteiro está menos plausível do que os das primeiras temporadas, mas continua vendendo o fascínio da prostituição “chic” com a mesma competência. ENGLISH VERSION: the fourth season of O NEGÓCIO keeps the high level of the previous editions. Now, the plot approaches Karin’s book, about her secrets involving high prostitution, which also makes her partners reveal the truth to their own families. What fascinates in this series made by HBO is, besides the gorgeous protagonists, is the almost surreal photography of São Paulo, extracting the best from the unexpected concrete angles offered by the city, turning the hardiness of the city architecture into a poetic image conception. The plot is less plausible now, but still sells the allure of the chic prostitution with the same high competence.    

3075 - OLHAR DE ANJO

    
Não, não é Joe com J-Lo
  
OLHAR DE ANJO (ANGEL EYES, USA 2001) – Sonia Braga mãe de Jennifer Lopez? Sim, neste filme, isso aconteceu, apesar do papel microscópico de Sonia, claro, pois J-Lo acaba ocupando todo o espaço de que dispõe e muito mais. Também é uma ótima oportunidade de ver Jim Caviezel começar a se especializar em personagens misteriosos, como o que faria em PERSON OF INTEREST. Aqui, ele é Catch, um homem enigmático que aparece na vida da policial Sharon (Lopez) e a faz enfrentar seus sentimentos. O filme vai perdendo em ritmo gradativamente, tentando aquecer o relacionamento de Catch e Sharon, sem muito sucesso. De fato, Caviezel mostra o mesmo perfil do seu futuro Mr. Reese, da ótima série com Kevin Chapman e, neste filme, está mais parecido ainda com Joe. E Jennifer atua apenas corretamente, sem grandes ousadias dramáticas. ENGLISH VERSION: Sonia Braga as Jennifer Lopez’s mother? Yes, it happened in this film, in spite of Sonia’s micro role. J-Lo, as expected, takes all the available screen time and more. It is also a great opportunity to see how Jim Caviezel started specializing in mysterious characters, like the one in PERSON OF INTEREST. Here, he is Catch, an enigmatic man who pops up in officer Sharon’s life (Lopez) and made her face her hidden feelings. Gradually, the movie loses rhythm as it unsuccessfully tries to heat up Catch and Sharon’s relationship. Indeed, Caviezel displays the same profile of his future Mr. Reese, from the show with the also great Kevin Chapman, and in this film resembles Joe as never before. And Jennifer just performs correctly, without being dramatically bold.      

quinta-feira, 26 de abril de 2018

3074 - ERA UMA VEZ NO OESTE

       
Claudia Cardinale...
 
ERA UMA VEZ NO OESTE (ONCE UPON A TIME IN THE WEST, USA/ITÁLIA 1968) – Ponto mais alto dos westerns, o filme dirigido por Sergio Leone é uma aula do gênero. A começar pelo elenco: Henry Fonda, Jason Robards e Charles Bronson são o epítome da aridez machista do deserto, onde a habilidade com o revólver estava acima de qualquer valor. No entanto, é a presença coruscante de Claudia Cardinale que dá equilíbrio estético a tudo o que acontece na tela. Não se assuste com o ritmo lento – assim deveria ser a vida naquela época, mas tudo muda quando Claudia Cardinale chega ao rancho e encontra seu marido assassinado por Henry Fonda. E, claro, a trilha de Ennio Morricone também faz parte desta obra de arte. ENGLISH VERSION: The hallmark of all the westerns, the movie directed by Sergio Leone is masterful. To start with, the cast: Henry Fonda, Jason Robards and Charles Bronson are the epitome of the manly dryness of the desert, where the competence with the gun counted more than any other value. Despite, it is the coruscant presence of Claudia Cardinale that gives aesthetic balance to everything we see on the screen. Don’t be afraid of the slow rhythm of the initial sequence – life at that time should probably be so, but everything changes when Claudia arrives at her ranch, to find that her husband has been murdered by hired gun Henry Fonda. Ennio Morricone’s score is also part of this masterpiece.  

quarta-feira, 25 de abril de 2018

3073 - PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR

     PIRATAS DO CARIBE: A VINGANÇA DE SALAZAR, USA 2017) – Durante todo o filme, tem-se a sensação de que PIRATAS DO CARIBE ainda tem um excepcional capricho técnico que resulta em cenas de ação extremamente complexas e mesmerizantes. Mas falta o frescor e a saudável ousadia das três primeiras produções, em que Johnny Depp parecia mesmo se deliciar (e nos deliciar) com uma atuação tão visceral, que quase não se distinguia ator de personagem. Neste filme, porém, Depp entrou no modo automático e, claramente, está apenas em corpo em cena. O divórcio com Amber Heard visivelmente o abalou, a ponto de, em cena, ser quase um elemento acessório, numa engrenagem meio desgastada, que talvez já devesse ter tido seu desfecho há dois filmes atrás. Sim, os créditos finais apontam para mais uma sequência, o que não deixa de ser uma temeridade em relação a uma franquia que parece já ter chegado a seu ápice. Paul McCartney tem uma ponta, e só o fato de ser Paul ali debaixo daquela barba, e falando aquelas barbaridades, já a torna divertida. No entanto, isso não é o bastante para tornar o filme memorável. ENGLISH VERSION: During the film, we have the impression that Pirates of the Caribbean still displays an exceptional technical production that results in mesmerizing and complex action scenes. But it lacks the freshness and the heathy boldness of the prior movies in which Johnny Depp seemed to delight himself and us with such a poignant performance that we couldn’t barely distinguish the actor from the character. In this movie, Depp entered in automatic mode, and only his soulless body in scene. The divorce from Amber Heard clearly affected him and made him look like an accessory element in a wasted clog that should have had its end two movies ago. Yes, the final credits point to a sequence, which stands as a temerity in a franchise that has already reached its summit. Paul McCartney has a cameo role, and only by the fact that it is Paul under that beard, talking those nonsenses, makes it amusing. Nevertheless, it’s not enough to make the move memorable.    

terça-feira, 24 de abril de 2018

3072 - BORBOLETA NEGRA

     
BORBOLETA NEGRA (BLACK BUTTERFLY, USA 2017) Suspense com Antonio Banderas e Jonathan Rhys Meyers. Paul (Banderas) é um escritor em crise criativa que se isola numa casa no meio da floresta. Encontra um viajante, Jack (Meyers), que o livra de uma briga de bar e o convida para passar uns dias com ele. A partir daí, o forasteiro passa a querer interferir na história que Paul não conseguia escrever. A tensão entre os dois personagens vai crescendo, na medida que as atitudes de Jack se tornam mais herméticas, instilando em Paul reações defensivas. O problema é a solução preguiçosa apresentada no desfecho. Os roteiristas já deviam ter recebido seu “paycheck” e resolveram ir para casa mais cedo, deixando todo mundo com a sensação de que fomos lesados. A última cena estraga o que o filme tinha de bom. Veja e confira, mas não diga que não avisei. Ou melhor, desligue assim que o “close-up” de Bandeira começar a entrar em “fading”. Isto lhe dará a sensação de que seu tempo não foi perdido.   ENGLISH VERSION - BLACK BUTTERFLY (USA 2017) – Thriller with Antonio Banderas and Jonathan Rhys Meyers. Paul (Banderas) is a writer with creative crisis who is now living in a farmhouse, in the woods. He meets a drifter, Jack (Meyers), who saves him from a bar fight, and invites him to spend some days in his house. From then on, the drifter starts interfering in the novel Paul couldn’t finish. The tension between the two characters grows accordingly to Jack’s hermetic reactions, making Paul be more defensive. The trouble is the lazy solution for the end. The writers must have received their paycheck and decided to go home earlier, leaving us empty-handed. The last scene spoils whatever positive aspect the movie might have. Check it, but don’t say I didn’t warn you. Or, you may turn off as soon as the close-up on Banderas starts fading – this will give you the feeling that you haven’t wasted your time.    

segunda-feira, 23 de abril de 2018

3071 - MEU NOME É TRINITY

Terence Hill
       MEU NOME É TRINITY (LO CHIAMAVANO TRINITÀ, Itália 1970) Este é um dos filmes cuja trilha sonora já é um dos personagens principais, tornando-se talvez mais conhecida do que o filme estrelado por Terence Hill e Bud Spence, uma das maiores duplas do cinema. Western-spaghetti da melhor qualidade, daqueles que nos fazem ter uma profunda experiência sensorial: sente-se na pele a quentura da poeira por onde Trinity passa, arrastado, numa espécie de cama, por seu cavalo, na sensacional cena de abertura deste clássico, e quase sentimos o sabor do feijão pelando, que ele come diretamente a panela, quando chega a uma estalagem atraindo a curiosidade de todos. Envolvente e engraçado, o filme enfeitiça pela despretensão da história e pela naturalidade e simpatia dos dois protagonistas. De certa forma, o personagem Trinity serviu de molde para muitos outros do gênero: meio marrento, desligado, engraçado e extremamente hábil na briga corporal e no manejo da arma. Agregue-se a isso uma inocência inesperada que Hill incorpora ao seu pistoleiro, que o faz parecer estar permanentemente se divertindo em cena com seu companheiro Bud Spencer, sempre deliciosamente mal-humorado. Em termos cinematográficos, nada poderia ser mais sedutor para o espectador. A trilogia MÁQUINA MORTÍFERA bebeu diretamente da fonte, é só constatar. E a trilha sonora, repito, é um tesouro do cinema.     

3070 - PATERNO

  
Pacino, grande, sempre...
  
PATERNO (USA 2018) - Paterno foi considerado um dos maiores do esporte nos EUA e ingressou no Hall da Fama do Futebol Americano em 2006. Seus últimos meses de vida, porém, foram marcados por um escândalo: descobriu-se que ele acobertou um de seus assistentes técnicos, Jerry Sandusky, que teria molestado oito garotos em 15 anos. A história, em seu pano de fundo, talvez não tenha tanto apelo para plateias fora dos EUA, mas o elenco conta com Al Pacino e Al Pacino é obrigatório em qualquer contexto. O filme de Barry Levinson explora o paradoxo de um treinador que vivia de acordo com um rigoroso código moral, que também aplicava a seus jogadores, mas que não foi capaz de reagir aos sinais de que seu assistente estava cometendo crimes sexuais.   

3069 - A BRUXA


     A BRUXA (THE WITCH, USA, UK 2015) – A fotografia esmaecida, em conexão com um cenário que nos remete às pinturas de Goya e Velásquez, compõe o ambiente de uma história incômoda, que vai se desenvolvendo até um desfecho meio chocho. Em 1630, uma família é banida da cidade e vai viver numa floresta, onde fatos perturbadores vão compondo uma espécie de horror histórico, cultural sobretudo e, também, psicológico, revelando símbolos que podem não ser de fácil decodificação por pessoas sem o repertório adequado. Mais do que um terror “stricto sensu”, A BRUXA é um filme alinhado ao feminismo atual – bruxas são mulheres, não se esqueça – e lança questionamentos pertinentes sobre a manipulação religiosa que, convenhamos, ainda se faz presente hoje em muitos seguimentos da sociedade.  

3068 - ESTÔMAGO

João Miguel e Fabíula Nascimento
      ESTOMÂGO (BRASIL, 2008) – O filme ainda se sobressai diante do mais recente cenário do cinema nacional, recheado de obras descerebradas, principalmente comédias, como uma incisiva – e até certo ponto incômoda - visita ao universo “bas fon” do centro da cidade de São Paulo e seu ambiente gastronômico popular. Permeando o senso de humor quase grosseiro, percebe-se uma obra original que mistura paixão, vingança e comida. A história, contada em dois tempos, mostra a trajetória do nordestino Raimundo Nonato (João Miguel, em ótimo desempenho), chegando a São Paulo e arrumando emprego num boteco, e sua presença num presídio, onde ganha status por cozinhar para os companheiros de cela. A edição muito bem realizada dá ritmo e emoção às cenas em que se destaca a exuberante presença de Fabíula Nascimento, numa atuação de dar água na boca. De fato, não é um filme para todos os gostos, mas é infinitamente superior aos equívocos artísticos e criativos que o cinema brasileiro tem produzido na última década. 

3067 - KALINKA


    KALINKA (FRANÇA/ALEMANHA, 2016) – Baseado em uma história real, o filme narra a obstinação – que durou décadas - de um pai (Daniel Auteuil, contido na medida certa) para que o autor do assassinato da sua filha adolescente seja preso. Embora com desfecho previsível, o interesse se mantém até o fim, graças, principalmente, à atuação de Auteuil e às belas paisagens do interior da Alemanha, cujo sistema jurídico fica parecendo pouco confiável, diante dos fatos que o filme relata.   

sábado, 21 de abril de 2018

3066 - THE WALKING DEAD - TEMPORADA 8


   THE WALKING DEAD – TEMPORADA 8 (USA, 2018) – Apesar de todas as críticas
que esta oitava temporada recebeu, TWD ainda apresenta um roteiro instigante e perturbador, no que diz respeito à discussão das relações pessoais e de poder num mundo distópico que talvez nem esteja tão distante assim de nós. Se o protagonismo dos mortos-vivos foi dando lugar às disputas ferozes entre os sobreviventes, nada contra. Era para ser assim mesmo, a meu ver. Por razões de fluidez narrativa, Rick e Negan polarizaram as atenções e, claro, geraram as maiores expectativas de um embate cruel e sanguinário, como devem esperar os fãs de UFC, categoria que não me incluo. A violência física esperada se diluiu positivamente numa tensão psicológica, mas se perdeu um pouco numa abordagem que flertou com o “politicamente correto”, como se TWD precisasse de uma agenda positiva para continuar a saga. A transformação de Carl numa espécie de guru de uma nova ordem, de fato, estremeceu bastante as estruturas do mundo abandonado ao qual nos acostumamos. Parece que Negan (Jeffrey Dean Morgan, em total domínio do personagem), nas próximas temporadas, simbolizará a humanização do mal, na medida em que passemos a conhecer todo o processo determinista que o levou a se guiar pela Lucille. A saída de Morgan (Lennie James), um dos melhores personagens, certamente enfraquecerá a história, que talvez também não conte mais com Lauren Cohan.   


segunda-feira, 9 de abril de 2018

3065 - A PELE

    
Nicole e Robert Downey Jr
  
A PELE (FUR: AN IMAGINARY PORTRAIT OF DIANE AIRBUS, USA 2006) – Filme é um daqueles filmes herméticos, cujas camadas semióticas são difíceis de entender, porém com uma beleza inesperada, mas difícil de ser absorvida de pronto, desde o momento em que passamos a incorporar as imagens que se misturam com fragmentos oníricos e cacos de realidade. O início é inesperado: Diane Airbus (Nicole Kidman, muito contida, como sempre), chega a uma espécie de campo de nudismo. Aí, a primeira pergunta: será que os personagens do filme serão, assim, tão despidos da “persona” que, em geral, nos protege? Diane, infeliz no casamento, se encanta por um vizinho, Lionel Sweeney, acometido de uma doença que lhe cobre totalmente o corpo de pelos, assemelhando-o a um lobisomen. Lionel é vivido por Robert Downey Jr, antes do sucesso merecido de O HOMEM DE FERRO. O devaneio ficcional inspirado na vida de Diane acaba reduzido a um conto de fadas pouco inspirado, como um pastiche de A BELA E A FERA. Melhor seria: não apele.  

3064 - THE FRANKENSTEIN CHRONICLES

 Resultado de imagem para the frankenstein chronicles    


       THE FRANKENSTEIN CHRONICLES (UK, 2015) - Inspirada na clássica obra de Mary Shelley, “Frankenstein”, a trama acompanha o veterano de guerra John Marlott (Sean Bean), em 1827. Trabalhando agora como inspetor de polícia, ele fica encarregado pelo Secretário de Segurança londrino de investigar um bizarro caso envolvendo o corpo de uma criança encontrado num rio, cujos membros pertencem a diferentes outros corpos. As investigações levam Marlott a crer que alguém está copiando a obra de Shelley e tentando recriar vida. A condução dos primeiros capítulos é bem satisfatória e nos faz imaginar como eles vão desenvolver esta espécie de “spin-off” do livro de Mary Shelley. 

domingo, 8 de abril de 2018

3063 - REVOLT

Resultado de imagem para revolt movie
Adicionar legenda
        
    REVOLT (UK, 2017) – Mistura de DISTRITO 9 e ELYSIUM, salpicado de referências de A GUERRA DOS MUNDOS, com seríssimas restrições orçamentárias, o filme tem a vantagem de não ser apenas um veículo para CGIs, mas também não se esforça para apresentar um roteiro mais original e inspirador. Na maior parte do tempo, vemos dois sobreviventes – um ex soldado e uma médica francesa – vagando pelas planícies da África do Sul, entre destroços de uma civilização que, aparentemente, foi vítima de uma invasão alienígena. Ou seja, “aliens” fazendo coisas de “aliens”, como sempre. O protagonista, Lee Pace, do finado seriado PUSHING DAYSIES, parece mais o irmão mais novo de Nicolas Cage e atua mesmo como o sobrinho de Coppola em seus filmes mais recentes. Maurício tem razão: como fãs “die-hard” de ficção científica, o “déjà vu” que assola as produções mais atuais é mesmo muito frustrante.  

domingo, 1 de abril de 2018

3062 - REI ARTHUR: A LENDA DA ESPADA

   
Excalibur em mãos inábeis


REI ARTHUR: A LENDA DA ESPADA (KING ARTHUR: THE LEGEND OF THE SWORD, USA 2017) – Mistura nem sempre equilibrada entre SENHOR DOS ANÉIS e GAME OF THRONES, este filme dirigido por Guy Ritchie tem mais baixos do que altos. Confesso que me esforcei, mas o filme é poluído demais pelo excesso de CGI, o que tira a atenção da trama e dá a impressão de que mordemos um pastel sem qualquer recheio. Nada contra a livre adaptação da lenda, mas o ex-marido de Madonna bem que poderia ter mantido personagens importantes, como Lancelot, por exemplo. Porém, preferiu apostar na malandragem, no kung-fu e na fantasia medieval sem limites (os elefantes gigantes pesaram nesta conta). Ritchie, a meu ver, acertou no tom com os dois SHERLOCK HOLMES, com Robert Downey Jr., mas perdeu a mão aqui, sem repetir a bagunça harmônica destes dois filmes. A presença de David Beckham ainda precisará, no futuro, de uma justificativa convincente.