O VAMPIRO DA NOITE (HORROR OF DRACULA, UK 1958) – de Terence Fisher. Obra capital do universo draculiano no cinema, com Christopher Lee no papel que lhe deu fama mundial, juntamente com Peter Cushing, o destemido Dr. Van Helsing. Aliás, Cushing, com seu nariz adunco e expressão minimalista também entra para a história como o mais eficaz matador de vampiros de todos os tempos. Uma curiosidade é a presença de Michael Gough, no papel de Arthur, e que viria, décadas depois, viver o mordomo Alfred, nos filmes de Batman, dirigidos por Tim Burton e Joel Schumacher. A Hammer, produtora deste e de outros filmes do gênero, resolvera, na época, refilmar os clássicos de horror da Universal, produzidos nos anos 30, e adaptou a história de Stoker com algumas licenças: The film takes numerous liberties with the story of Bram Stoker's novel, including (SPOILERS FOLLOW): In the novel Dracula can transform into a bat, a wolf, a horde of rats, and a mist, while in the film he does not have these abilities. Dracula is an old man at the beginning of the story in the novel and becomes younger as he feeds on blood, while in the film he stays the same age throughout. Dracula has only one bride in the film and is killed by Jonathan Harker, while in the novel Dracula has three brides and they are killed by Van Helsing. In the film Mina is Arthur's wife and Lucy is Arthur's sister and Jonathan's fiance, while in the novel Mina is Jonathan's fiance and unrelated to Arthur, and Lucy is Arthur's fiance. Dr. Seward, a major character in the novel, appears only briefly in the film. Dracula is killed in the film by Van Helsing, who exposes him to sunlight, while in the novel Dracula is killed by Jonathan Harker and Quincey Morris (a character not included in the film), who cut his throat and impale his heart simultaneously with knives. Sunlight is lethal to vampires in the film, while in the novel it merely reduces their supernatural powers. In the novel Jonathan Harker visits Dracula's castle to sell him real estate, unaware that he is a vampire, while in the film he visits Dracula's castle with the knowledge of his vampire nature and the intention to kill him, posing as a librarian. In the novel Jonathan Harker survives the events of the story, while in the film he is turned into a vampire and killed by Van Helsing. In the novel Dracula's castle is in Transylvania and Jonathan, Mina, Lucy, and Arthur live in England, while in the film Dracula's castle is in Klausenburg and only a short distance from the city in which Jonathan, Mina, Lucy, and Arthur live. In the novel Dracula hides in England in Carfax Abbey, a property he purchased from Jonathan Harker, while in the film he hides in the cellar of Arthur's home. In the novel he transports a large number of crates of his native soil to England via ship, and in the film transports only a single coffin filled with his native soil to Arthur's home via carriage.
Este é o primeiro filme colorido com o conde Drácula e o primeiro protagonizado pelo ator inglês Christopher Lee, que, durante os anos 60 e 70 encarnaria o personagem mais sete vezes —um recorde. O filme se baseia vagamente no livro de Stoker, e a direção de arte parece mais interessada em produzir manchas de sangue, cenários e roupas extremamente coloridos do que em fazer uma reconstrução plausível do século 19. Este é um dos títulos mais famosos dos estúdios Hammer, empresa inglesa de horror responsável por criar um estilo próprio de produções baratas porém visualmente atraentes e com bons atores. O maior destaque do filme são as atuações de Peter Cushing, como o doutor Van Helsing, e de Lee, como um sanguinário implacável, de olhos vermelhos. Se em "Nosferatu" o vampirirsmo é uma metáfora da peste, neste filme ele é comparado a um vício e tratado medicamente, com direito a uma transfusão de sangue caseira. O Van Helsing de Cushing é provavelmente o médico mais heterodoxo do mundo. Depois da transfusão, aconselha a seu aparvalhado paciente: "Tome uma taça de vinho". Outros filmes da Hammer com Lee se seguiram, mas nenhum se compara a este primeiro. "O Conde Drácula" ("Scars of Dracula", 1970) ainda chega a ser interessante por misturar elementos eróticos (e involuntariamente cômicos) que fazem com que se pareça a uma pornochanchada.