domingo, 30 de setembro de 2018

3131 - LUZES BRILHANTES: COM CARRIE FISHER E DEBBIE REYNOLDS

 
 LUZES BRILHANTES: COM CARRIE FISHER E DEBBIE REYNOLDS (BRIGHT LIGHTS: STARRING CARRIE FISHER AND DEBBIE REYNOLDS, USA, 2016) – Impactante documentário sobre as vidas e as carreiras de Carrie e Debbie, permeado por um tom agridoce, por vezes trágico, mas sempre emocionante. Vê-se como o relacionamento das duas foi sempre marcado por um intenso respeito e admiração, desde quando Debbie, num show em 1971, chama Carrie ao palco, para um número solo. Por vezes, ficamos com a impressão de que Carrie envelheceu mais do que a mãe, por causa da sua vida mais que atribulada, para dizer o mínimo. É ela que narra quase a totalidade do documentário que mostra a relação de amor entre mãe e filha, suas conquistas e suas tragédias, de uma forma franca e direta. Imperdível. Lurid documentary about the lives of Carrie Fisher and Debbie Reynolds, pervaded by a bittersweet tone, sometimes tragic, but always touching. It becomes clear that their relationship was always marked by mutual respect and admiration as we can see when Debbie, in a 1971 gig, calls Carrie to perform a solo number. Sometimes the realization that Carrie aged more than her mother dawns on us because of their more than hectic life, to say the least. Moreover, she is the one who narrates almost all the documentary that shows the bond between mother and daughter, their accomplishments and tragedies, in a straightforward manner. A must-see.  

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

3130 - CAÇADORES DE EMOÇÃO

     
 CAÇADORES DE EMOÇÃO (POINT BREAK, USA, 1991) - A sinopse é saborosamente absurda e conta a história de um policial do FBI, Johnny Utah (Keanu Reeves) que se infiltra na gangue de Bodhi (Patrick Swayze), que rouba bancos vestida com máscaras de ex-presidentes. Apesar de celebrar um estilo vida com hábitos saudáveis, com muita praia, surfe e esportes radicais, o filme de Kathryn Bigelow mistura estes signos com uma proposta meio subversiva, segundo a qual o dinheiro dos roubos se destinava a financiar suas aventuras radicais pelo mundo. As cenas dos saltos de paraquedas e de surfe contribuíram para que o filme se tornasse um clássico dos anos 90. The synopsis is pleasantly absurd and gives an account of an FBI cop, Johnny Utah (Keanu Reeves), who slips into Bodhi’s gang (Patrick Swayze), which robs banks wearing ex-presidents’ masks. Despite celebrating a healthy lifestyle, Kathryn Bigelow’s movie mixes these signs with a subversive proposal, according to which the money from the plundering financed the gang’s adventures around the world. The parachuting and surfing scenes contributed to the film to become a classic of the 90’s.   

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

3129 - CALIBRE

   
  CALIBRE (UK, 2018) – Dois amigos vão caçar nas montanhas da Escócia, em um fim de semana, quando um acontecimento inesperado muda radicalmente as suas vidas. Sim, só isso, e isso é o máximo: tensão e surpresas diluídas em doses perfeitas durante sequências em que a ética e a dubiedade dos julgamentos vão se entrelaçando num processo altamente reflexivo para o espectador. A fotografia deslumbrante é o cenário perfeito para um filme estupendo na sua proposta, em todos os sentidos. O ritmo lento, antes de ser um defeito, ajuda a intensifica a atmosfera de suspense crescente. Two friends head up to an isolated Scottish Highlands village for a weekend hunting trip, when something unexpected radically changes their lives. Yes, only this, and only this rocks: tension and surprises diluted in perfect balanced doses during the sequences in which ethics and dubiety of judgments intertwine in a highly reflexive process for the viewer. The stunning photography is the perfect background for a top-notch movie in its proposal. The slow pace is an invaluable asset and helps to intensify the crescent anxiety.   
     

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

3128 - A ÚLTIMA CASA DA RUA

     A ÚLTIMA CASA DA RUA (HOUSE AT THE END OF THE STREET, USA, 2012) – Jennifer Lawrence nem sempre escolheu seus filmes com cuidado. Este, por exemplo, não era para fazer. O suspense invocado pela história é tão previsível que acaba pondo por terra qualquer boa vontade por parte do espectador. J-Law é uma adolescente que se muda com a mãe divorciada (Elisabeth Shue) para uma casa num lugar ermo. Seu vizinho é um rapaz estranho cujos pais foram mortos pela irmã mais nova, anos atrás, num estilo meio Suzane Richthofen. É o tipo do filme que, após os 10 minutos iniciais, já se sabe o desfecho. Se você não tem carteirinha do fã-clube de Jennifer Lawrence, desista e procure algo melhor na Netflix, como o excelente CALIBRE, por exemplo (resenha a seguir). Jennifer Lawrence has made some awful choices. This one, for instance, is one of them. The suspense conjured by the plot is so predictable that destroys any benevolence from the spectator. J-Law is a teenager who moves to a house in a desert place with her mother (Elisabeth Shue). Their neighbor is a strange lad whose parents were murdered by his younger sister, years ago, in a Suzane Richthofen style. It is the kind of movie whose ending is disclosed, after the initial 10 minutes. If you are not a J-Law’s fan, give it up and look for something better in the Netflix catalog, as, for example, the outstanding CALIBER (review ahead).    
                                              

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

3127 - UM LUGAR SILENCIOSO

       
UM LUGAR SILENCIOSO (A QUIET PLACE, USA, 2018) Gabriel tinha razão ao me indicar este filme: premissa interessante, boas atuações, uma direção segura, mas um desfecho caracterizado por uma solução “deus ex machina” que, por pouco, não compromete a boa impressão do longa dirigido e protagonizado por John Krasinski e Emily Blunt (casados na vida civil). Krasinski mostra que tem talento para se transformar num diretor de primeira linha: UM LUGAR SILENCIOSO representa uma contribuição admirável ao gênero que explora o universo pós-apocalíptico, através de uma abordagem minimalista: o mundo desolado é observado de acordo com a ótica da intimidade familiar ou pessoal. Os poucos deslizes do enredo são minimizados por uma produção de ótima qualidade, feita com energia e inventividade pessoal que oxigena as convenções do gênero. Gabriel was right when he recommended this movie: interesting premise, outstanding performances, a rigorous direction, but with an ending characterized by a “deus ex machina” solution that almost compromises the movie directed and starred by John Kaminski and Emily Blunt (husband and wife in real life). Krasinski revels to be a talented director: A QUIET PLACE represents an admirable contribution to the genre that explores the post-apocalyptic universe, through a minimalist approach: the desolated world is described according to a familiar and personal perspective. The few drawbacks of the plot are minimized by a top-notch production, made with energy and personal inventiveness that imparts new vigor to the conventions of the genre.    
  

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

3126 - HORAS DE DESESPERO

     
Owen e a família fugindo...
 
HORAS DE DESESPERO (NO ESCAPE, USA, 2015) – Ao chegarem a um país da Ásia, Jack, (Owen Wilson) e sua família se veem no meio de uma rebelião, liderada por guerrilheiros hostis a estrangeiros. A partir daí, eles têm que sair do hotel onde estão para chegar à embaixada americana, enfrentando uma violenta guerra urbana, só contando com a ajuda de um misterioso turista britânico (Pierce Brosnan). O filme é excelente: a atmosfera de tensão é imediatamente transferida para o espectador, e cada cena vai compondo um mosaico crescente de horror e angústia. When they arrive at a country in Asia, Jack (Owen Wilson) and his family find themselves in the middle of a rebellion, led by guerrillas hostile to foreigners. From this point on, they have to leave the hotel where they are staying to get to the American embassy, facing a violent urban conflict and only counting with the help of a mysterious British tourist (Pierce Brosnan). The movie is excellent: the atmosphere of tension is immediately transferred to the viewer, and each scene compounds a crescent mosaic of horror and anguish.     

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

3125 - O MONSTRO COM DUAS CABEÇAS

   
Grier e Milland, juntinhos...
 
O MONSTRO DE DUAS CABEÇAS (THE THING WITH TWO HEADS, USA, 1972) – Thrash dos thrashes, TTWTH é tudo aquilo que se poderia esperar de um filme demolidor de qualquer parâmetro de normalidade (seja isso o que for). Com um pé na comédia (talvez os dois) e a cabeça (ou duas) na paródia esquizofrênica da ficção científica, o filme elege o “nonsense” como norma geral, confiando na capacidade do espectador de expandir os limites razoáveis da “suspension of disbelief” e de mergulhar de cabeça (eu falei cabeça???) numa das mais divertidas produções da década de 70 e, possivelmente, de todos os tempos. Sim, porque, aparentemente, tudo foi feito muito a sério. O roteiro é um primor de doidice: um médico, branco e racista (o grande Ray Milland, inacreditavelmente escalado para o papel), com uma doença terminal, inventa uma técnica cirúrgica para transplantar a própria cabeça para um corpo são. No entanto, complicações inesperadas fazem sua equipe buscar um “doador” de qualquer maneira. Acabam colocando a cabeça do médico no corpo de um presidiário negro (Roosevelt Grier), com todo o “ physique du rôle” dos representantes do “blaxpoitation” movimento que caracterizou as produções que só escalavam atores negros para seus filmes, na década de 70. A partir daí, prepare-se: a história se transforma numa saudável montanha-russa de absurdos e de diálogos deliciosos, principalmente entre Milland e Grier. Ou seja, um filme ruim realizado de maneira magnífica! Ainda no elenco, Don Marshall, o co-piloto do Spindrift, em TERRA DE GIGANTES. Trashes of the trashes, the movie is everything you could expect from a devastating flick on any normality parameter (whatever it might be). With a foot in the comedy (maybe two) and one head (or two!) in a science fiction schizophrenic parody, the movie elects the nonsense as a general rule, trusting the spectator’s capacity to expand the reasonable boundaries suspension of disbelief and take the plunge into one of the most amusing productions of the 70’s and, possibly, of all time. Yes, because, apparently, everything was seriously made. The plot is the paramount of insanity: The head of a dying white bigot (Ray Milland) is transplanted onto the body of a black convict on death row (Rosey Grier). From this point on, the story becomes a healthy roller-coaster of absurd and funny dialogues between Milland and Grier. A bad movie made magnificently! Still in the cast, Don Marshall, the Spindrift’s copilot, in LAND OF GIANTS. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

3124 - HOMENS DE CORAGEM

     
Brolin e Jennifer Connely
 
HOMENS DE CORAGEM (ONLY THE BRAVE, USA, 2017) – Um grupo de bombeiros arrisca suas vidas para combater um incêndio numa região montanhosa. Outra excelente atuação do grandíssimo Josh Brolin, um mestre dos silêncios que revelam as mais profundas emoções. Jeff Bridges aparece bem, e Jennifer Connaly volta a ter uma boa oportunidade para mostrar que é uma boa atriz. Mas por que tão magra? Certamente, não era exigência do papel. O filme é emocionante, e o roteiro é bem equilibrado. A group of firemen risks their lives to fight a big fire in a mountainous region. Another outstanding performance of Josh Brolin, a master of silences that bring up the deepest emotions. Jeff Bridges is great as always and Jennifer Connelly has another chance to show that she is a good actress. But why so thin? Certainly, it not a demand of the role. The movie is touching and the plot is ok.   
   

sábado, 8 de setembro de 2018

3123 - BILL DAILY

   BILL DAILY (1927-2018) -  quando eu era pequeno, eu tinha um amigo chamado Major Roger Healey, que era astronauta e, nas horas vagas (que pareciam ser muitas), dava em cima de qualquer moça bonita que lhe atravessasse o radar afiado. O Major Healey era o contraponto mais engraçado das já hilárias situações em que o outro major, o Nelson (Larry Hagman), se metia – principalmente para manter longe o Dr. Bellows (Hayden Rorke) das suspeitas sobre o fato de ele ter uma gênia em casa. Afinal, ninguém poderia suspeitar de que um oficial da Força Aérea Americana e da Nasa vivia com mais bela e atraente gênia de todos os tempos. Mas havia alguém em quem o Major Nelson confiava e que era o único a saber sobre Jeannie. Era o amigo que todos queriam ter, depositário dos maiores segredos, de tudo aquilo que nem às paredes confessamos, aquele a quem se recorria quando se estava em grandes apuros, um parceiro para a vida. Assim era o Major Healey para o Major Nelson. Assim era o Major Healey para mim: meu amigo astronauta (na minha infância, todos queriam ser astronautas), de quem nunca me afastei, mesmo quando não tinha mais tempo para assistir às infindáveis reprises de um dos seriados que me definiram como ser humano, num mundo nem tanto assim. No início dos anos 70, o Major Healey se transformou em Howard Borden, no BOB NEWHART SHOW (com o sensacional Bob Newhart, que ainda hoje brilha como o Professor Proton, ídolo de Sheldon). Então, o Major Healey, o melhor amigo de Tony Nelson, passou a ser Howard, o melhor amigo de Dick Loudon (Bob Newhart), corroborando a certeza (que eu sempre tive) de que o Major Healey era o maior amigo que qualquer pessoa poderia ter. Por isso, hoje, sinto, mais que nunca, a sua falta, pois ele sempre esteve presente em meus pensamentos e nas lembranças que tenho do que é felicidade, nunca me deixando em dúvida de que eu, desde pequeno, tinha um amigo astronauta, agora mais perto das estrelas do que nunca. When I was a kid, I had a friend called Major Roger Healey, who was an astronaut and, in his spare time (which seemed endless), came on any beautiful girl who would mean a blip on his sharp radar. Major Healey was the funniest counterpart of the already hilarious situations in which the other major – Anthony Nelson – had to face in order to prevent Dr. Bellows from being suspicious about his having a genius at home. After all, nobody could suspect that an Air Force officer and astronaut had the most gorgeous and the most attractive genius of all times living with him. But there was someone whom Nelson could trust and who was the only person aware of Jeannie’s existence. He was the friend everybody wanted to have, the one who would keep secrets, all we never confessed, the person whom you would seek when things got rough, a lifetime partner. That’s how Major Healey was to Major Nelson. That’s how Major Healey was to me: my astronaut friend (in my childhood, everybody wanted to be an astronaut), of whom I have never been away, even when I did not have time to watch the reruns of one of the shows that defined me as a human being, in a world not so much. In the beginning of the 70’s, Major Healey became Howard Borden, in BOB NEWHART SHOW. So, Major Healey, Nelson’s best friend, turned out to be Dick Loudon’s best friend, reassuring the certainty that Major Healy was the best pal one could ever wish for, that’s why, today, I especially miss him, for he has always been in my thoughts and memories of what I undestand as happiness, and never letting me in doubt that, since I was a kid, I had had an astronaut friend who is now closer to the stars. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

3122 - ROBIN WILLIAMS: ENTRE NA MINHA MENTE

   
ROBIN WILLIAMS: ENTRE NA MINHA MENTE (ROBIN WILLIAMS: COME INSIDE MY MIND, USA, 2018) – O documentário de Marina Zenovich dá um panorama da vida de Robin Williams, com fotos, vídeos e, principalmente, com depoimentos emocionantes de seus amigos, como David Letterman e Billy Crystal. O fato é que, de fato, devemos mesmo prestar atenção aos mais quietos, os tímidos na vida real, aqueles que se transformam quando estão no palco: este era o caso de Williams. Por vezes, a gente não se dá conta do quanto estas pessoas famosas sofrem, até que um dia, elas desaparecem e todo o drama que viviam nos atingem como um soco. Apesar de o envolvimento de Williams com a bebida e as drogas tivessem sido amplamente conhecidos, ainda impressiona este relato que, mais do que jogar luzes sobre o lado sombrio de sua vida, celebra suas conquistas no cinema e na TV, seja no drama como na comédia. Mesmo optando por uma abordagem mais tradicional, a diretora permite que estabeleçamos uma relação entre os problemas e os êxitos das duas esferas de sua vida, com a narração de Williams ajudando a sublinhar a atmosfera intimista que revela um homem complexo que somente no palco encontrava a plenitude a paz. Marina Zenovich’s documentary gives a bird’s eye view of Robin Williams’ life, with pictures, footages and, mainly, touching testimonies of his friends, David Letterman and Billy Crystal. The fact is we, indeed, should be attentive to the quieter ones, the real-life shy, those who become another person when on stage: this is Williams’ case. We often don’t realize how much these famous people suffer until they disappear and all their drama in which they lived in hits us as a punch. Despite Williams’ involvement with alcohol and drugs had been widely known, this narrative is still impressive – more than shedding light on his darker side, it celebrates his conquests on TV and on the big screen, be it drama or comedy. Even choosing a more traditional approach, the director allows us to establish a relationship between the victories and problems of Robin’s two-faced life. The facts revealed in voice-over by Williams himself helps to underline the complexity of a man who only found plenitude and peace on the stage.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

3121 - REFÉM DA PAIXÃO

   
Josh Brolin e Kate Winslet
REFÉM DA PAIXÃO (LABOR DAY, USA, 2013) – Um fugitivo da polícia obriga uma mãe divorciada, Adele (Kate Winslet, comovente), e seu filho adolescente, Henry (Gattlin Griffith, impactante) a abrigá-lo em sua casa, enquanto aguarda o melhor momento de escapar. A princípio, ela e o filho se encolhem de medo, esperando sempre o pior. O homem, Frank (Josh Brolin, estupendo), calado, meio ameaçador, meio desamparado, se põe a fazer pequenos consertos na casa antiga: conserta um degrau quebrado, lubrifica velhas dobradiças, conserta o carro caindo aos pedaços, enquanto vai se transformando na figura parental que Henry tanto precisa, mas que, até então, não tinha se dado conta. Para completar, Frank cozinha magistralmente, e logo a casa se transforma no lar de uma família improvável, cujos membros vão se descobrindo e reencontrando a felicidadade que cada um julgava perdida para si. Eu já gostava de Brolin, porém é neste filme que ele mostra como é um grandíssimo ator, perfeito em seus silêncios intensos. Kate Winslet faz de sua Adele um monumento ao sofrimento resignado de uma mulher que havia perdido a esperança de amar novamente. E Gattlin Griffith surpreende com um total entendimento diante de uma situação inesperada que afeta profundamente a sua vida, bem como a da sua mãe. Um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. A runaway from the police obliges a divorced mother, Adele (Kate Winslet, poignant), and her teenage son, Henry (Gattlin Griffith, amazing) to shelter him, while he waits for the best moment to flee. At first, she and her son get scared and expect the worse. The man, Frank (Josh Brolin, stupendous), quite, threatening and unprotected, starts doing little tasks in the old house: fixes a broken step, oils old hinges, repair the family car, while becomes the father figure that Henry yearns, without realizing it. And more: Frank cooks masterfully, and soon the unexpected group thrives on a family, whose members start recovering bits of their lost happiness. I have always admired Brolin, but it was in this movie that he shows how great he is as an actor, perfect in his intense silence. Kate Winslet makes Adele a monument to the submissive suffering of a woman who had lost her hope to love again. And Gattlin Griffith is a nice surprise with his total understanding of an unforeseen situation that deeply affects his and his mother’s lives. LABOR DAY is one of my favorites of all time!  

domingo, 2 de setembro de 2018

3120 - CRIMES EM PRIMEIRO GRAU


       CRIMES EM PRIMEIRO GRAU (HIGH CRIMES, USA, 2002) – Para começar: Morgan Freeman é obrigatório. Uma famosa advogada, Claire Kibik (Ashley Judd) tem seu mundo virado de cabeça para baixo quando seu marido (Jim Caviezel) é preso e tem sua verdadeira identidade revelada. Ele vai a julgamento por ter matado inocentes numa vila da América Latina, enquanto servia a Marinha. Claire logo percebe que, para enfrentar o  Sistema de justiça militar, ela vai precisar da ajuda nada convencional do advogado Charlie Grimes (Morgan Freeman, soberbo, mais uma vez). Infelizmente, há sempre o lado negativo. O desfecho é incrivelmente pobre, com um twist ridículo e que compromete o roteiro que, até ali, havia alinhavado tudo direitinho. Um péssimo fim para um ótimo filme. To start with: Morgan Freeman is obligatory! High powered lawyer Claire Kubik finds her world turned upside down when her husband, who she thought was Tom Kubik, is arrested and is revealed to be Ron Chapman. Chapman is on trial for a murder of Latin American villagers while he was in the Marines. Claire soon learns that to navigate the military justice system, she'll need help from the somewhat unconventional Charlie Grimes (Morgan Freeman, superb, once more!). Unfortunately, as with some good things...there is always a downside. The ending is a cheap, ridiculous thrill that is more of a let down than anything. After collecting all these facts that add up perfectly in everyone's mind including the audience, every single one of those facts are forgotten and tossed aside in order for a ridiculous supposed "surprise ending" which is not a shock or surprise or even a "oh my" ending.