quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
1287 - TWO AND A HALF MEN - SEGUNDA TEMPORADA
TWO AND A HALF MEN – SEGUNDA TEMPORADA – a gente sempre acha que não vai haver uma série
mais sensacional como a última pela qual nos apaixonamos. Aí, aparece esta e
desmonta tudo! Eu já tinha ouvido falar há muito tempo, mas não imaginava que
fosse tão engraçada, principalmente por causa da mitologia que se formou em
volta do seu astro principal, Charlie Sheen, que, no programa, interpreta
talvez uma versão light dele mesmo: mulherengo, beberrão, sem a mínima
consideração com princípios éticos e do que se convencionou chamar de “politicamente
correto”. Jon Cryer, o irmão Alan, e seu filho Jake completam o trio que, nesta
segunda temporada, está ainda mais afinado.
1286 - A HORA DO ESPANTO
A HORA DO ESPANTO (FRIGHT
NIGHT, USA 1985) – o que é mais
sensacional sobre este filme é que ele não envelheceu, assim como os vampiros. A
história continua magnética, com ótimas atuações – principalmente de Roddy McDowall
e Chris Sarandon -, além do excepcional trabalho de maquiagem, que proporciona
efeitos muito superiores aos do CGI dos dias de hoje.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
1285 - O APRENDIZ
O APRENDIZ (APT PUPIL, USA
1998) – baseado num conto de Stephen King, o filme mostra como um rapaz (Brad Renfro
1982 – 2008) chantageia um velho alemão, seu vizinho, quando descobre que ele
fora um oficial nazista. Ian McKellen, britânico até a medula, consegue ter um desempenho
esplêndido como o germânico encurralado pela petulância e violência do rapaz,
características que ele bem conhece, pois ainda as traz latentes no DNA. O roteiro
é bem concatenado pelo diretor Bryan Singer, de X-Men e Operação Valquíria.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
1284 - OS DESCENDENTES
OS DESCENDENTES (THE
DESCENDANTS, USA 2011) – este
é um filme afetuoso, minucioso, bem-humorado, sem excessos e com interpretações
muito bem ajustadas ao tema. Infelizmente, também é uma história previsível na
condução de alguns de seus entrechos – algumas soluções para os conflitos são
simplistas demais. George Clooney merece a indicação para melhor ator no Oscar
de 2012 (que não levou) com uma atuação contida e, ao mesmo tempo,
dolorosamente verdadeira, na pele de um quase viúvo tendo que acolher suas
desorientadas filhas, diante da iminência da morte da esposa, em coma, depois
de um acidente de barco.
1283 - HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA
HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA
(USA, UK, ALEMANHA 2002) – este
segundo filme da série começa a ficar sombrio, cortejando vários arquétipos das
histórias de terror. É quando Harry e Roni têm que enfrentar um campo repleto
de aranhas gigantes, que foi a cena que me ficou na memória, na primeira vez
que assisti ao filme. Fi-lo, na época, com certa má vontade, tenho que agora
confessar. Todas as premissas do primeiro filme ainda estão lá, agora mais
chegadas ao universo juvenil, pois, claro, Harry e seus amigos já estão
notadamente mais crescidinhos. Há uma luta, na parte final do filme com um
basilisco, descrito, em algumas obras, como uma serpente fantástica. Leonardo
da Vinci e Percy Shelley fizeram referências a ele. O segundo livro/filme da
série Harry Potter apresenta o monstro temente ao canto dos galos e é temido principalmente pelas aranhas. As chatas cenas de Quadribol quase não aparecem neste filme.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
1282 - SUPERMAN (1948)
SUPERMAN (1948 - 1950) – Kirk
Alyn (1910 – 1999) foi o primeiro ator a personificar o Homem de Aço nas telas,
nesta produção em quinze capítulos apresentada antes das atrações principais
dos cinemas. As histórias sempre terminam com o gancho do próximo capítulo,
como nos seriados da Republic. O único ponto fraco da série é o voo do
Super-Homem feito em animação, o que corta um pouco o clima. De qualquer forma,
é uma preciosidade para os mais fãs, como Jerry Seinfeld, e para quem se
interessa pelas produções desta época, como é o meu caso. Vale menção o fato de
a série ter tornado famosa Noel Neill, como Lois Lane, que depois também apareceria
em As Aventuras de Superman, com George Reeves.
1281 - UM HOMEM MISTERIOSO
UM HOMEM MISTERIOSO (THE
AMERICAN, USA 2010) –
George Clooney, aqui, surpreende todo mundo. O bom ator que é aparece numa
atuação minimalista, silenciosa, quase misturada à bela fotografia do interior
da Itália, onde se passa a ação. Mas ação no sentido europeu, claro. Tudo é
muito lento, como se o diretor holandês Anton Corbijin quisesse que degustássemos
cada cena como se fosse um vinho italiano raro. Clooney é Jack, um assassino de
aluguel e artesão de armas tão refinado, que trabalha sob o mais absoluto
sigilo. Para evitar mortes banais, Jack escapa de qualquer contato mais íntimo.
Até ser obrigado a se esconder na região de Abruzzo, com suas belas paisagens,
onde conhece duas pessoas que modificam
a sua vida: um típico padre bonachão que logo sente o cheiro do pecado, e
Clara, a prostituta que ele escolhe para passar as noites e que lhe mostrará a
possibilidade de viver algo além do transitório. Atenção para a suave beleza
sensual de Violante Placido, que faz o papel de Clara. Nem mesmo um homem
misterioso, armado e perigoso como Jack é capaz de resistir àquele olhar
devastador. Filme excelente.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
1280 - CONTRA O TEMPO
CONTRA O TEMPO (SOURCE CODE,
USA 2011) – o diretor Ducan Jones, filho de David Bowie,
faz um grande trabalho neste filme que conta a história de um piloto militar
(Jake Gyllenhaal) que desperta num trem rumo a Chicago sem saber direito por
que está lá. Aí, ele descobre que está numa missão para encontrar um terrorista
que planeja uma série de atentados, graças a um avançado aparato tecnológico
que o leva a experimentar os últimos oito minutos de uma das vítimas. Atrás de
pistas para a tragédia, ele refaz a mesma sequência de eventos várias vezes,
alterando um ou outro fator, até descobrir a identidade do criminoso. Uma edição
primorosa, que apresenta de forma convincente o mesmo espaço de tempo sob
diversos ângulos, faz este filme um dos melhores do ano. Ah, e tem Vera Farmiga,
dona dos mais belos olhos verdes do cinema contemporâneo.
1279 - NOVA YORK NOS FILMES
NEW YORK AT THE MOVIES (USA
2002) – este é um documentário excelente sobre Nova
York como personagem principal de alguns dos mais famosos filmes americanos. É interessante
o enfoque dado ao período dos anos 70, quando o filme tipicamente nova-iorquino
floresceu, graças ao incentivo que a prefeitura dava para que as locações
fossem feitas na cidade. Há uma sequência dedicada aos três cineastas que mais
se identificam com a Big Apple: Woody Allen, Spike Lee e Martin Scorsese, um
judeu, um descendente de italiano e um afro-americano, que simbolizam a variedade
étnico-cultural da cidade. A narração é de Meryl Streep.
1278 - CASO 39
CASO 39 (CASE 39, USA 2009) – apesar da atuação bem abaixo de qualquer
apreciação de Renée Zellweger, o thriller de suspense funciona, embora, como
sempre, apresente todos aqueles manjados cacoetes manjados que o genro inspira.
Renée é uma assistente social que resolve ficar com a guarda de uma menina
supostamente maltratada pelos pais. Para quem tem alguma experiência nestas
histórias, tudo o que vem depois é previsível, apesar de bem executado. No fundo, é mais uma história do gênero "criança do mal", como em "A Órfã". Só um toque: o final derruba o filme.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
1277 - TAMARA
TAMARA (TAMARA, USA 2005) – este filme não em nada de
original nas suas premissas vingativas: uma menina feia, desprezada por um
bando de universitários descebrados, é acidentalmente morta por eles, numa
festa preparada para ridicularizá-la. Só que ela tem algum pacto com o demônio
(o roteiro não explica bem) e volta da morte como uma mulher fatal (entenderam
a sutil ironia?) e passa a se vingar daqueles que a humilharam. Chato, previsível,
dispensável. Para quem gosta de horror hematológico é um prato cheio – de sangue,
claro.
1276 - BRONCO BILLY
BRONCO BILLY (BRONCO BILLY, USA
1980) - de
Clint Eastwood. Clint
faz aqui uma comédia leve, mas com aspectos profundamente sérios, sobre um
cowboy moderno que lidera sua trupe de artistas mambembes que vão de cidade a
cidade apresentar seu show numa tenda improvisada. Em cima deste argumento,
Clint Eastwood constrói uma história simpática, com mensagens positivas sobre a
amizade e a lealdade e, além de tudo, a persistência na busca de um sonho. A maluca
da Sondra Locke está no elenco, mas não atrapalha.
1275 - HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL
HARRY POTTER E A PEDRA
FILOSOFAL (HARRY POTTER AND THE SORCERER’S STONE, USA 2001) – este é o primeiro filme da
saga de HP, contando como Harry saiu da casa de seus tios malvados e foi para Hogwarts School for
Witchcraft and Wizardry, como o auxílio de Rubeus Hagrid, até conhecer
seus amigos Rony e Hermione. Desde o início, o clima de mágica e encantamento
prevalece em todos os momentos. Em Hogwarts, Harry descobre sua
verdadeira história e seu destino: ser um aprendiz de feiticeiro até o dia em
que terá que enfrentar a pior força do mal, o homem que assassinou seus pais. O
menino de olhos verde, magricela e desengonçado, tão habituado à rejeição,
descobre, também, que é um herói no universo dos magos. Potter fica sabendo que
é a única pessoa a ter sobrevivido a um ataque do tal bruxo do mal e essa é a
causa da marca em forma de raio que ele carrega na testa. Ele não é um garoto
qualquer, ele sequer é um feiticeiro qualquer; ele é Harry Potter, símbolo de
poder, resistência e um líder natural entre os sobrenaturais. A fábula,
recheada de fantasmas, paredes que falam, caldeirões, sapos, unicórnios,
dragões e gigantes, não é, entretanto, apenas um passatempo. Harry Potter
conduz a discussões metafísicas, aborda o eterno confronto entre o bem e o mal,
evidencia algumas mazelas da sociedade, como o preconceito, a divisão de
classes através do dinheiro e do berço, a inveja, o egoísmo, a competitividade
exacerbada, a busca pelo ideal - a necessidade de aprender, nem que seja à
força, que a vida é feita de derrotas e vitórias e que isso é importante para a
formação básica de um adulto. É um belo começo.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
1274 - PROVA FINAL
PROVA FINAL (FACULTY, USA 1998) – estava na cara que este era um filme do Robert
Rodriguez! Como não vi logo de início? O roteiro, absurdo e irrealizável nas mãos
de qualquer outro diretor, acaba ficando até interessante na sua proposta de
assustar e derramar boas litragens de sangue. Numa high school tipicamente
americana, um grupo de alunos suspeita que seus professores são alienígenas e
partem para o confronto. Pobre, não? Não para Rodriguez, que consegue dar
alguma seriedade a um festival de situações que vão além do absurdo. E que
cabelo é aquele de Josh Harnett? O futuro Frodo Elijah Wood é um dos heróis
adolescentes.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
1273 - RIO
RIO (RIO, USA 2011) – Carlos Saldanha fez um trabalho muito competente
em termos técnicos com Rio, mas, ao final, tive a sensação de que faltou alguma
coisa para o filme se tornar aquele esplendor que seu diretor pensou para ele. Não
sei, mas achei um pouco exagerada a tipificação tradicional do carioca, meio
malandrão, meio carnavalesco demais, com exagero em tudo. Claro que a mensagem
politicamente correta sobre o crime de contrabando de animais é um gancho
interessante, mas insuficiente para manter meu interesse até o fim.
1272 - ESPOSA DE MENTIRINHA
ESPOSA DE MENTIRINHA (JUST GO WITH IT, USA 2011)
– o roteiro não promete: um cirurgião plástico
(Adam Sandler) convence sua assistente (Jennifer Aniston) a se fingir de
esposa, para conquistar uma garota bem mais jovem (que nem de longe chega aos pés de Aniston). Basta, não? A história é
fraca, a atuação de Sandler idem, e só mesmo Aniston para animar a plateia com
sua já consabida simpatia e uma e outra cena de biquíni. Além disso, a trilha
com músicas do Sting se encaixa bem em algumas situações engraçadas, mas não
consegue fazer do filme algo que valha a pena. Mesmo como passatempo descompromissado não funciona. Um horror o título em português, convenhamos.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
1271 - BIRD
BIRD (BIRD, USA 1988) - Clint Eastwood nutre um amor antigo pelo jazz e sua dedicação rendeu-lhe
um Globo de Ouro de melhor diretor por
esta emocionante história de
pioneirismo baseada na vida do jazzista Chalie
\"Yardbird\" Parker, um gênio que floresceu nas condições mais
adversas. Como a melodia que
só o jazz tem, passado e futuro revezam-se
à medida que
o filme explora a habilidade construtiva de Bird e, ao mesmo tempo seus
excessos destrutivos. Vencedor do prêmio de melhor ator no Festivalde Cinema de Cannes por
sua performance, Forest Whitaker,
magnético no papel-título confere à sua interpretação toda a paixão que Bird exprimia através da
música. Diane Venora também é destaque no filme
como sua incansável mulher, Chan Parker, que esteve do
seu lado até o fim. A fotografia, muito
escura, como era de se esperar cansa um pouco, depois de 161 minutos de filme. Nas mãos de Eastwood, Bird esplendidamente vive.
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