sexta-feira, 31 de agosto de 2012

1839 - ESQUEÇA PARIS

O filme é engraçado e com momentos de lirismo sublinhados pelas formas de Paris. Debra Winger e Billy Crystal estão perfeitos. Além disso, há uma interessante técnica narrativa, que conta a história do amor dos dois através de uma conversa dos amigos no restaurante.

1838 - JORNADA DAS ESTRELAS IV - A VOLTA PARA CASA

Este é o famoso (e também odiado pelos fãs) episódio sobre as baleias que Kirk e Spock vêm resgatar no passado. O enredo é confuso e a tentativa de humor se perde nas cenas em que o choque tecnológico se apresenta.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

1837 - METHOD TO THE MADNESS OF JERRY LEWIS

Documentário muito bem produzido sobre a carreira de Lewis e sua influência sobre a comédia que é feita hoje em dia. Muito bom depoimento de seu xará Seinfeld e de outros grandes do showbiz americano. O título é uma referência clara ao "Método" de Stanislaviski e faz jus ao talento de Lewis, que, tal como no mesmo método defendido por Lee Strasberg, também não saía de seus personagens depois que as filmagens terminavam. Vale também pela cena do reencontro de Jerry com Dean Martin, com Fank Sinatra promovendo a reconciliação dos dois, depois de vinte anos de afastamento.

domingo, 26 de agosto de 2012

1836 - HELENO

O filme é muito bem feito, com uma restituição de época primorosa. Rodrigo Santoro é mesmo um grande ator e faz a diferença. Alinne de Moraes é fraca, mas não compromete. A fotografia em preto e branco é excelente. Além disso, tem a presença de Angie Cepeda, que tira qualquer um do sério. O começo do filme é é difícil, quase penoso; as coisas vão e vêm, todas aparentemente sem rumo. parece impossível sentir um mínimo de empatia por aquele personagem arrogante, de fala empolada (também era formado em Direito). Aos poucos, porém, o conjunto vai fazendo sentido, como fragmentos de memória que vão emergindo até formar um todo coerente, até se ver o craque internado no sanatório de Barbacena, já em estado terminal por causa de uma sífilis cerebral.

1385 - JAMES TAYLOR, ONE MAN BAND

Simples, poético, sensível - isto é James Taylor.

sábado, 25 de agosto de 2012

1384 - A PELE QUE HABITO

(LA PIEL QUE HABITO, ESPANHA 2011) - Pedro Almodóvar continua tão abusado quanto bizarro neste filme em que discute conteúdos e continentes do que se convencionou chamar de emoções humanas. Aqui, a mistura de gêneros beira nervosamente o surreal, com a inserção de elementos nóveis no universo almodovariano, como o clima permanente de suspense e toques de pesadelo macabro. Ao final, temos diante dos olhos um excelente exercício de voyeurismo que instiga desde as primeiras cenas. Há coisas que apenas os admiradores do cineasta espanhol vão curtir profundamente, mas que não adianta explicar. Só vendo. Coisa de pele. Atenção para os olhos mesmerizantes de Elena Anaya: eis um aspecto humano que somente o cinema (e um diretor genial) é capaz de captar.

1383 - TERREMOTO

(EARTHQUAKE, USA 1974) - típico filme-catástrofe dos anos 70, segue os mesmos passos do gênero, entrelaçando histórias sem aparente conexão, até o clímax anunciado no próprio título. Revendo, hoje, tenho mais algumas observações: Charlton Heston tem uma performance burocrática que, convenhamos, sempre o caracterizou como ator; Ava Gardner está patética e quase um clone de Elizabeth Taylor; Lorne Greene faz o pai de Ava, mesmo sendo apenas sete anos mais velho, Walter Matthau aparece numa ponta e seu nome aparece nos créditos como Walter Matuschanskyasky e a melhor atuação é de George Kennedy, especialmente nas suas primeiras cenas, fazendo um policial mau humorado. Há boas sequências de efeitos especiais intercaladas com algumas cenas grotescas.

1382 - QUEM VAI FICAR COM MARY?

(THERE'S SOMETHING ABOUT MARY, USA 1998) - o filme tem quatro cenas antológicas, em termos de humor pastelão, que ainda são irresistíveis (veja uma delas, abaixo). Além disso, não se tira muito do filme, em termos de roteiro. Seria uma comédia a ser esquecida, não fossem estas cenas e as atuações de Ben Stiller e Matt Dillon. Cameron Diaz não conta, porque, além de feia, é má atriz. Stiller faz sempre o mesmo tipo de personagem - é uma quase não-atuação - mas ele faz isso tão bem que, confesso, o coloca entre os meus favoritos. Claro, há também o fato de ele ser filho de Jerry Stiller, que faz o pai de George, em Seinfeld. Inclusive, há um diálogo entre Stiller e Diaz, sobre cones e espetinhos de carne, que não foi aproveitado em Seinfeld. O filme vai da escatologia ao humor politicamente incorreto, sem muita preocupação em fazer sentido.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

1381 - A ÁRVORE DA VIDA

A Árvore da Vida se baseia mais no mito do diretor Terrence Malick do que na história propriamente dita. O filme é um redemoinho de imagens fazendo o contraponto com o drama vivido pela família de Jack (Sean Pean), a partir da morte do irmão e do endurecimento do pai (Brad Pitt).

1380 - IT LIVES!

O filme é um típico exemplo do terror da década de 70: um bebê monstruoso nasce e mata geral.

1379 - A CASA DO LAGO

Revisto agora, achei o filme fraco. O melhor é a canção de Paul McCartney. Raj vai me odiar por isso.

1378 - KILL BILL, VOL 2

Nunca subestime a vontade de vingança de uma mulher.

1377 - KILL BILL, VOL. 1

Tarantino no melhor da forma.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

1376 - STING: LIVE IN BERLIN

STING: LIVE IN BERLIN (2010) - foi numa tarde fria, no meio da semana, que assisti a este show do Sting. A informação contida no período anterior não teria muito sentido, se uma performance assim não fosse capaz de modificar um monte de coisas por duas horas. Era como se cada música passasse a ter uma conotação mais profunda, mesmo aquelas com as quais eu já me acostumara e que sempre refletiram o que acontecia comigo. Não sei bem ainda por que Berlim anda presente no meu cotidiano ultimamente, desde de Asas do Desejo. E, agora, revejo este show em HD, e algumas letras penetram no meu peito como picadas (entendeu, entendeu?), por motivos mais que explorados nestas linhas e outros que, meu deus, nem sei, mas que me dilaceram por dentro. Redescubro, então, uma letra que sempre me apertou o coração e eu, tolo, nem sabia por quê. A música é “Whenever I say Your Name” e me remete, entre tantas coisas, à minha pouca compreensão de como um nome não morre. A letra é assim, e o violino da introdução é um risco para miocárdios mais frágeis: Whenever I say your name, whenever I call to mind your face, Whatever bread's in my mouth, whatever the sweetest wine that I taste, Whenever your memory feeds my soul, whatever got broken becomes whole, Whenever I'm filled with doubts that we will be together, Wherever I lay me down, wherever I put my head to sleep, Whenever I hurt and cry, whenever I got to lie awake and weep, Whenever I kneel to pray, whenever I need to find a way, I'm calling out your name, Whenever those dark clouds hide the moon, Whenever this world has gotten so strange, I know that something's gonna change, Something's gonna change, Whenever I say your name, Whenever I say your name, I'm already praying, I'm already praying, I'm already filled with a joy that I can't explain, Wherever I lay me down, wherever I rest my weary head to sleep, Whenever I hurt and cry, whenever I got to lie awake and weep, Whenever I'm on the floor, Whatever it was that I believed before, Whenever I say your name, whenever I say it loud, I'm already praying, Whenever this world has got me down, whenever I shed a tear, Whenever the TV makes me mad, whenever I'm paralyzed with fear, Whenever those dark clouds fill the sky, whenever I lose the reason why Whenever I'm filled with doubts that we will be together, Whenever the sun refuse to shine, whenever the skies are pouring rain, Whatever I lost I thought was mine whenever I close my eyes in pain, Whenever I kneel to pray, whenever I need to find a way, I'm calling out your name, Whenever this dark begins to fall, Whenever I'm vulnerable and small, Whenever I feel like I could die, Whenever I'm holding back the tears that I cry, Whenever I say your name, whenever I call to mind your face, I'm already praying, Whatever bread's in my mouth, whatever the sweetest wine that I taste, Wherever I lay me down, wherever I rest my weary head to sleep, Whenever I hurt and cry, whenever I'm forced to lie awake and have to weep, Whenever I'm on the floor, Whatever it was that I believed before, Whenever I say your name, whenever I say it loud, I'm already praying, Whenever I say your name, No matter how long it takes, One day we'll be together, Whenever I say your name, let there be no mistake, that day will last forever...

Isso é o que se chama poesia, altamente, profundamente... Olha aí, e veja se estou mentindo: