OS MERCENÁRIOS (THE EXPENDABLES, USA 2010) - A reunião de valentões do cinema em um único filme pode até agradar aos fãs mais descerebrados, mas, no final, fica sendo mesmo mais uma tentativa de oxigenar um gênero que não encontra mais espaço hoje em dia, pelo menos nos moldes aqui apresentados. Sylvester Stallone foi mais feliz na direção de Rocky Balboa. Aqui, ele carrega na mão em relação aos tiros, lutas e explosões. As locações em Niterói e no Rio ficam completamente estranhas, quando o povo local só fala espanhol, como sói acontecer neste tipo de produção em que os americanos chegam a qualquer lugar abaixo do Equador. Gisele Itié está até muito bem no papel de revolucionária. Constrangedoras as presenças de Jason Statham, Jet Li e Eric Roberts, além do fantasma de Mickey Rourke.
domingo, 31 de julho de 2011
1136 - ROCKETEER
ROCKETEER (THE ROCKETEER USA, 1991) - EUA, 1938. Revolucionário jato propulsor que permite voar, é roubado e vai parar nas mãos de um jovem piloto que vive de fazer pulverizações em fazendas e shows aéreos. De uma hora para outra, ele se transforma no homem-foguete mascarado cuja identidade todos querem saber. No entanto, o invento representa para ele mais que ser um super-herói. É a chance que ele precisa para conseguir dinheiro e participar do campeonato nacional de aviões. Vale pela Jennifer Connely bem novinha. Os efeitos são pobres. Tem-se a impressão de que o filme poderia ter sido mais caprichado na produção e mesmo no roteiro que, às vezes, parece meio arrastado. De qualquer forma, é uma homenagem ao seriado King of the Rocket Men, de 1949.
1135 - OS INFILTRADOS
OS INFILTRADOS (THE DEPARTED, USA 2006) – de Martin Scorsese. De certa forma, o filme traça habilmente as tênues linhas que separam os bandidos dos mocinhos, e isso está esplendidamente retratado pelas excepcionais atuações de Leonardo DiCaprio e Matt Damon. De fato, gostei mais do filme agora do que na época do lançamento. E ainda tem Jack Nicholson no ápice de seu talento – chega-se a sentir que vamos ser baleados, quando ele olha para a câmera, reparem só. Scorsese mereceu o Oscar de melhor diretor e de Melhor filme. E, claro, ainda tem Vera Farmiga que, sem ter aquela beleza óbvia, é de um magnetismo impressionante. A violência está plenamente dentro do contexto, graças à batuta do mestre Scorsese.
sábado, 30 de julho de 2011
1134 - PRISIONEIRO DO PASSADO
PRISIONEIRO DO PASSADO (DARK PASSAGE, USA 1947) – o interessante neste filme é o enquadramento das cenas, na primeira parte do filme, através do ponto de vista do protagonista (Humphrey Bogart), um fugitivo da prisão que se submete a uma operação plástica para poder se vingar do crime de que foi acusado. Parece que 1947 foi mesmo o ano da “câmera subjetiva”, pois outras produções lançaram mão do mesmo recurso. Atenção para Agnes Moorehead, a futura Endora, mãe da Samantha, em A Feiticeira. Excelente filme!
1133 - O DIA DEPOIS DE AMANHÃ
O DIA DEPOIS DE AMANHÃ (THE DAY AFTER TOMORROW, USA 2004) – o filme começa muito bem e continua interessante até a primeira hora. Depois, perde a força e “esfria” um pouco, muito por causa da falta de ação que acontece depois que Nova York se congela. Os clichês deste tipo de filme estão todos lá: os políticos insensatos, cientistas obstinados, o sacrifício de gente inocente, resgates perigosos, etc. claro que os efeitos ainda são muito bons e contribuem para que a gente veja o filme até o fim, no entanto, a mensagem ecológica me parece um pouco forçada – basta ver no final o vice-presidente americano (a cara do Dick Cheney) fazendo uma mea-culpa bem difícil de
engolir.
1132 - MAD MAX 2
MAD MAX 2 – A CAÇADA CONTINUA (MAD MAX 2, AUSTRALIA 1981) – este provavelmente é o melhor da série. O clima pós-apocalíptico raramente foi retratado com tanta realidade, tanto no cenário árido das planícies australianas, como nas atuações também secas, mas profundamente marcantes do elenco, a começar por Mel Gibson. As cenas de ação são espetaculares, e cada sequência tem seu sentido para a trama.
1131 - FÉRIAS FRUSTRADAS
FÉRIAS FRUSTRADAS (VACATION, 1983) – de Harold Ramis. Este Road-movie é antológico, principalmente por causa da atuação amalucada de Chevy Chase, como Clark Griswold, levando sua família para passar as férias num parque da Califórnia, depois de cruzar o país num carro. Durante o trajeto, como era de se esperar, tudo dá errado, mas Clark vê tudo com otimismo, tendo apenas em mente chegar ao seu destino e ter as férias de sua vida. Um clássico dos anos 80.
1130 - RAPAZ SOLITÁRIO
RAPAZ SOLITÁRIO (THE LONELY GUY, USA 1984) – este é outro bom momento de Steve Martin, juntamente com o hilariante Charles Grodin, que também estava engraçadíssimo em A Dama de Vermelho. Com a tradicional narração em off do próprio Martin, a história fala do drama da solidão nas grandes cidades (Nova York, no caso). Há momentos antológicos, como a festa com figuras de papelão e os suicidas pulando da ponte de Manhattan.
1129 - SEIS DIAS, SETE NOITES
SEIS DIAS, SETE NOITES (SIX DAYS, SEVEN NIGHTS, USA 1998) - de Ivan Reitman. O problema com o filme continua sendo a falta de química entre Harrison Ford e a desenxabida Anne Heche. Ela, simplesmente, não funciona. É feia e over em várias cenas. Ford faz o papel com competência, embora a comédia escrachada não seja bem a sua praia. Ele faz melhor aquele humor meio cínico dos filmes de Indiana Jones. O curioso é ver David Schwimmer, o Ross de "Friends", fazendo... o Ross, de "Friends"! Romântico e ingênuo, ele repete o personagem, agora apaixonado pela Robin, de Hache, o que é um downgrade considerável, se lembrarmos da bela Rachel, de Jennifer Ashton. É uma pena que seu personagem, aqui, não tenha sido desenvolvido. No vídeo abaixo, uma cena engraçadíssima de Schwimmer com a estonteante Jaqueline Obradors. As paisagens da ilha onde Harrison e Hache ficam perdidos são deslumbrantes e compensam o enredo previsível e a péssima atuação da protagonista.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
1128 - O PAI DA NOIVA 2
O PAI DA NOIVA 2 (THE FATHER OF THE BRIDE, PART II, USA 1995) – agora, George Banks (Martin) tem que lidar com a maternidade da filha, o que provoca outras situações hilariantes, especialmente quando o roteiro apresenta um twist que amplia as preocupações do pai da noiva. Novamente, Martin Short está sensacional! Um pouco abaixo do primeiro filme, esta sequência, no entanto, também pode estar na lista dos melhores filmes da década.
1127 - O PAI DA NOIVA
O PAI DA NOIVA (THE FATHER OF THE BRIDE, USA 1991) – Steve Martin está esplêndido nesta refilmagem do clássico com Spence Tracy, de 1950, misturando, na dose certa, a docilidade e a indignação de um pai que percebe que sua filha única cresceu e que vai se casar. Ele se sente meio abandonado, meio enciumado, e vai diluindo estes sentimentos por todo o filme, equilibradamente. Mais contido do que em outras produções, Martin talvez, em minha opinião, tenha a melhor atuação da carreira. Diane Keaton também está perfeita como a mãe que entende a filha e tenta contemporizar a situação com o marido. Agora, impagável mesmo está Martin Short como o produtor do casamento! É engraçadíssimo!
sábado, 23 de julho de 2011
1126 - NADA ALÉM DE PROBLEMAS
NADA ALÉM DE PROBLEMAS (NOTHING BUT TROUBLE, USA 1991) – ainda na esteira das comédias malucas que proliferam na década de 80, muitas delas estreladas pelos mesmos Chevy Chase e Dan Aykroyd, ambos oriundos do ótimo SNL, este filme usa a própria loucura da história como seu argumento. Depois de multados por um guarda (John Candy, engraçado, como sempre), Chase e sua acompanhante, Diane (Demi Moore, menos bonita com um cabelo estranho), vão parar num lugar bizarro, onde são julgados por um juiz maluco (Aykroyd). Só para uma trip de nostalgia à época.
1125 - A JOIA DO NILO
A JOIA DO NILO (THE JEWEL OF THE NILE, USA 1985) – esta sequência de “Tudo por uma Esmeralda”, de 1984, é mesmo ruim, como se quisessem dar um sabor novo a uma história velha que já tinha dado o que podia. Ainda se sustenta um pouco por causa do carisma em cena de Michael Douglas e Kathleen Turner, mas se perde definitivamente num enredo confuso, no qual os atores parecem meio entediados. Douglas parece cansado, meio alheio a tudo. Turner, uma das locomotivas dos anos 80, aparece ainda bonita, porém, com o mesmo ar entediado, como se estivesse apenas cumprindo um dever profissional, sem grandes emoções.
1124 - ENCONTRO EXPLOSIVO
ENCONTRO EXPLOSIVO (KNIGHT AND DAY, USA 2010) – o filme não presta. Uma mulher (Cameron Diaz, com cara de velha) e um agente tentando limpar seu nome (Tom Cruise, sem timing de comédia) se encontram e passam a fugir de todo tipo de perseguição. Nada muito original, não? Cameron Diaz, além de ser má atriz, aparece com um rosto meio plastificado, com ar abobalhado, totalmente sem graça. Cruise está claramente perdido na tentativa de parecer engraçado nas cenas de ação (deviam ter contratado Pierce Brosnan, um craque nisso). A dupla não tem química, mas o encontro é mesmo explosivo, e no pior sentido.
1123 - ABBOTT E COSTELLO VÃO A MARTE
ABBOT E COSTELLO VÃO A MARTE (A & C GO TO MARS, USA 1953) – a melhor sacada deste filme é quando A & C vão parar num desfile de Mardi Gras em Nova Orleans, achando que estão em Marte, depois de ficarem acidentalmente presos num foguete. Depois, acabam chegando a Venus, onde encontram uma civilização composta apenas de mulheres. Quem faz uma ponta é a Miss Suécia 1950, Anita Ekberg, que depois se engraçaria com Tyrone Power. Como todos os filmes da dupla, este aqui também é um clássico, especialmente pelas adivinhações futurísticas em relação à tecnologia e às viagens espaciais.
1122 - OS COLETORES
OS COLETORES (REPO MEN, USA 2010) – ficção científica violenta e com mais sangue do que se poderia esperar, mesmo se tratando de uma história de coletores de órgãos humanos, responsáveis por recolher o material que não foi pago pelos usuários. É isso mesmo: o sujeito não pagou, e eles vão lá, cortam o cara e retiram, na hora, o que for preciso – rins, pâncreas, coração ou qualquer outra prótese. Apesar da truculência do roteiro, dá para assistir, especialmente se pensarmos que, num futuro nem tão distante assim, poderemos estar à mercê de negociantes de órgãos humanos, credenciados legalmente pelo governo. Jude Law, apático, é o protagonista, além do ótimo e intenso Forest Whitaker, sempre com jeitão de bom amigo. Alice Braga faz a mocinha e até que se sai bem, embora lembre um pouco seu papel em “Eu sou a Lenda”.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
1121 - DUPLA IMPLACÁVEL
DUPLA IMPLACÁVEL (FROM PARIS, WITH LOVE, FRANÇA 2010) – o filme transporta para Paris os tiroteios e as perseguições característicos dos filmes feitos em Hollywood. O roteiro não promete muita coisa: Reese (Jonathan Rhys Meyers, que estava muito bem em Match Point, mas está muito aquém agora) é um adido cultural em Paris, que tem que receber um agente americano, interpretado por um John Travolta careca e anabolizado, com jeitão de Bruce Willis, encarregado de encontrar terroristas na Cidade Luz. Repete-se, então, a velha fórmula da dupla composta por um malandro e outro apalermado que acaba dando certo no fim, como fica evidente no batido título em português. Vale pela presença do bombonzinho polonês Kasia Smutniak – confira aí do lado e diga se estou errado.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
1120 - PULP FICTION
PULP FICTION (PULP FICTION ,USA 1994) – de Quentin Tarantino. Três histórias são apresentadas de forma não cronológica ao público. Em uma, conhecemos Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), dois mafiosos que devem fazer uma cobrança, que termina em chacina e com uma violenta seqüência no carro. Em outra história, Vincent deve levar a mulher de seu chefe (Uma Thurman) para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso. Por último, conhecemos Butch Coolidge (Bruce Willis), um boxeador que deve lutar em um combate com vencedor pré-definido, mas que surpreende a todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar o seu valor, sendo perseguido logo após. Nesse filme, Tarantino faz uma homenagem à literatura pulp. É importante observar que a pulp fiction surgiu em 1896 nos EUA como uma opção de leitura e diversão para uma grande massa de trabalhadores que emigrava do campo para a cidade, formando o que seria chamado de sociedade de massas (o salário médio de um operário era de 7 dólares semanais e o preço dos pulps não pesavam no bolso). A partir da década de 1920 os pulps entraram em decadência devido à concorrência do rádio e do cinema. A mitologia criada pelos pulps é tão forte que impregnou o cinema, os quadrinhos e a imaginação de milhões de pessoas no mundo todo. De Indiana Jones ao Super-homem, a cultura pop deste século deve muito aos pulp fictions. O cinema de Tarantino pode ser considerado um pulp cinema, onde diversão e literatura (ou roteiro de alta qualidade) buscam atrair o público de massa. Por outro lado, a pulp fiction de Tarantino é pós-moderna. O universo de Tarantino é despedaçado. Incorpora a sintaxe simbólica do capitalismo global e seu caos sistêmico. A narrativa de Pulp Fiction possui uma temporalidade fragmentária e descontínua, que altera a causalidade natural dos acontecimentos. De fato, ao modificar a seqüência temporal do filme, Tarantino “flexibiliza” a causalidade. Por outro lado, as contingências produzem inflexões significativas na trama fílmica. Em Pulp Fiction os personagens são conduzidos pelo acaso e pelo desconhecido. Talvez a violência que permeia o filme seja expressão deste universo de casualidades quase transcendentes. Em cada detalhe contingente, um gesto de violência concentrada.
1119 - GODZILA VS KING KONG
GODZILA VS KING KONG (JAPÃO, 1962) – este é o tipo de filme que a gente vê por curiosidade, para descobrir como o roteirista conseguiu juntar duas histórias que tem lá seu cacife cinematográfico num mesmo e improvável filme. É tudo muito confuso, não bastasse o som dublado em italiano, com uma firma farmacêutica que traz King Kong para Tóquio, a fim de enfrentar Godzila que, naturalmente, está devastando a cidade. Bem, alguma coisa não está batendo bem nesta história, ou será que ninguém pensou que uma briga dos dois gigantes seria bem pior do que apenas um monstro apenas, nervosinho que seja? Vale por curiosidade.
1118 - RITMO LOUCO
RITMO LOUCO (SWING TIME, USA 1936) – o filme tem um roteiro pífio, mas que importa? Fred Astaire está em cena, dançado divinamente com Ginger Rogers, e isso é o que importa nesta produção de 1936 que, no final, mostra uma cena em que Astaire se caracteriza como Bojangles, ator americano e também excelente dançarino, que dançou com Shirley Temple numa série de filmes na década de 30. Coincidentemente, Bojangles nasceu em Richmond, na Virginia, cidade onde morei nos anos 90. Os números de dança de Astaire e Rogers são fantásticos. Um must-see. O título em português não tem nada a ver.
domingo, 17 de julho de 2011
1117 - MEU MALVADO FAVORITO
MEU MALVADO FAVORITO (DESPICABLE ME, USA 2010) – apesar de conter todos os lugares-comuns do gênero, como, por exemplo, o pai que fará de tudo para compensar sua ausência numa apresentação dos filhos no colégio, o filme é uma gracinha, do princípio ao fim: Gru, o protagonista, é um supervilão empenhado no projeto de roubar a Lua. Como tem um competido mais jovem chamado Vector, adota três órfãs, apenas para utilizá-las em um plano para roubar o raio encolhedor do inimigo, que o fará capturar o satélite. Aí, é o que se sabe: todo malvado tem um coração de manteiga.
1116 - 8 MM
8MM (8MM,USA 1999) – de Joel Schumacher. Aí está um ótimo filme de Nicolas Cage, que faz um detetive obcecado por descobrir a identidade de uma menina que foi morta num filme com características sados-masoquistas. A partir das primeiras pistas, ele parte para uma investigação que o levará a Nova York e de volta a Los Angeles, além de fazê-lo se afastar de sua família. Bem sombrio, o thriller se desenvolve numa sucessão de fatos magnéticos. Boa atuação de Joaquin Phoenix e de James Gandolfini, que depois brilharia com A Família Soprano.
1115 - 007 – UM NOVO DIA PARA MORRER
007 – UM NOVO DIA PARA MORRER (007 – DIE ANOTHER DAY, USA 2002) - 007 volta a salvar o mundo, o que não deve ter sido uma tarefa tão desagradável assim, quando se tem a companhia de Halle Berry. Apesar de irregular nas cenas de ação, o filme ainda continua despertando algum interesse, principalmente por causa da atuação de Pierce Brosnan, o melhor James Bond, em minha opinião. Alguns efeitos ficaram um pouco forçados.Madonna, que canta a canção-título, faz uma ponta irrelevante.
1114 - O NÚCLEO – MISSÃO AO CENTRO DA TERRA
O NÚCLEO – MISSÃO AO CENTRO DA TERRA (THE CORE, USA 2003) – bem, o problema é que o centro da terra está causando uma instabilidade mortal ao planeta, e um grupo de cientistas e astronautas tem que chegar lá, para salvar a humanidade. Péssimo argumento, não? Pois é, piores são os efeitos especiais, paupérrimos. O elenco é bom, a começar com Hilary Swank, Stanley Tucci, Richard Jenkins e Aaron Eckhart, no entanto, tudo acaba numa ficção científica sem pé nem cabeça.
domingo, 10 de julho de 2011
1113 - O CASTELO NEGRO
O CASTELO NEGRO (THE BLACK CASTLE, USA, 1952) – Richard Greene (que mais tarde seria o Robin Hood na série de TV) é Sir Ronald Burton, que vai à África para saber o paradeiro de dois amigos que, acredita-se, foram vítimas de um conde bem malvado, em cujo castelo acontecem as maiores atrocidades. O roteiro mistura um pouco de Shakespeare – num determinado momento, o mocinho e a donzela tomam uma droga para parecer que tinham morrido – e carrega nos diálogos excessivamente dramáticos. O curioso é a presença de Boris Karlof, numa atuação bem razoável, e de Lon Chaney Jr., que faz o papel de um criado abobalhado, sem qualquer importância na história.
1112 - SALT
SALT (SALT, USA 2010) - antes de se tornar agente da CIA, Evelyn Salt (Angelina Jolie) prestou juramento de servir e honrar o seu país. Ela colocará o seu juramento em prática, quando um desertor russo a acusa de ser uma espiã russa. Salt foge, usando todas as sua habilidades e anos de experiência como agente infiltrada para conseguir escapar dos seus inimigos, proteger o seu marido e fugir dos seus colegas da CIA. O filme é um thriller de ação que acaba prendendo a atenção, muito por causa da presença magnética de Angelina nas telas. O roteiro flerta com o impossível, mas proporciona algumas cenas de ação muito bem feitas. Vale, porém não muito.
1111 - O MÉDICO ERÓTICO
O MÉDICO ERÓTICO (THE MAN WITH TWO BRAINS, USA 1983) – de Carl Reiner. Um cientista americano especializado em cirurgia cerebral (Steve Martin), que nunca se recuperou da morte da esposa, se apaixona por uma mulher sedutora, mas também interesseira e traiçoeira (Kathleen Turner). Ao participar de uma convenção na Europa, descobre que sua alma-gêmea é mesmo um cérebro, que ele encontra no laboratório de um amigo e com quem se comunica por uma espécie de telepatia.O filme envelheceu, mas ainda contém algumas boas piadas, especialmente quando Steve Martin está em cena. A bombshell dos anos 80, Turner, faz de tudo para valorizar seus atributos físicos, mas só consegue prender a atenção em algumas cenas em que usou uma dublê. O título em português é lamentável.
1110 - O AMOR ACONTECE
O AMOR ACONTECE (LOVE HAPPENS, USA 1009) - Burke Ryan escreveu um livro de autoajuda que faz grande sucesso. Diferente do que escreve, ele ainda não conseguiu aceitar a morte da esposa. Durante uma de suas viagens de divulgação da sua obra, Burke conhece Eloise Chandler (Jennifer Aniston), a mulher certa que o ajudará a esquecer as perdas do passado. Esta comédia romântica se baseia no comatoso argumento acima e, creia, nada acontece mesmo que valha a pena. É um pouco triste ver a atuação apagada e sem brilho de Jennifer Aniston. Tudo perfeitamente dispensável.
1109 - ÀS MARGENS DE UM CRIME
ÀS MARGENS DE UM CRIME (IN THE ELECTRIC MIST, USA 2009) – o filme vale pela presença de Tommy Lee Jones, apenas. Mistura de drama com suspense e ação, a história acontece na cidade de New Ibéria na Lousiana: o detetive Dave Robicheaux (Jones) procura um serial killer, que faz suas vitimas entre mulheres bonitas e jovens, em crimes bárbaros. Após ser chamado à cena de um desses crimes, Dave volta para casa e, no caminho, encontra um famoso astro de cinema de Hollywood chamado Elrod Sykes, que está na cidade de New Ibéria gravando as cenas de seu próximo filme, que é patrocinado por um grande chefão do crime organizado daquela região, Baby Feet Balboni (o ótimo John Goodman), coincidentemente um grande amigo de infância do detetive.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
1108 - AS CORES DA VIOLÊNCIA
AS CORES DA VIOLÊNCIA (COLORS, USA 1988) - A polícia e o gabinete do xerife do município de Los Angeles possuem uma divisão para enfrentar os crimes de gangues. Esta divisão da polícia é chamada C.R.A.S.H. (Community Resources Against Street Hoodlums - Esforços Comunitários Contra os Arruaceiros das Ruas) e a divisão do xerife é chamada de O.S.S. (Operation Safe Streets - Operação Ruas Seguras) Os dois departamentos combinados têm um total de 250 integrantes e este é um número bem pequeno, pois na grande Los Angeles existem 600 gangues de rua, que têm quase 70 mil membros, o que provoca centenas de crimes por ano. Neste contexto um novato, Danny McGavin (Sean Penn), e um policial veterano, Bob Hodges (Robert Duvall), viram parceiros na C.R.A.S.H. Eles têm um estilo bem diferente de policiar as ruas, mas independente disto algo precisa ser feito, pois os Crips, que usam azul, e os Bloods, que usam vermelho, as duas principais gangues locais, intensificaram a rivalidade e isto está provocando várias mortes.
1107- MEU NOME É TRINITY
Na onda das sátira que o cinema italiano fez aos faroestes americanos, na década de 60, este filme talvez seja o mais emblemático, até por ter sido despretensioso e apostado mais na comédia do que nas conexões a serem exploradas. Acontece que ninguém esperava a química na tela dos dois protagonistas - Terence Hill e Bud Spencer - e o sucesso foi imediato. Os dois vivem à margem da lei, mas possuem um código de honra que os leva a sempre ajudar os indefesos e a salvar as belas donzelas que encontram pelo caminho. Surgido em pleno auge da contra-cultura, Trinity se apresenta como um típico hippie vagabundo, vestindo roupas rasgadas e coberto de poeira do deserto dos pé à cabeça. Para as longas travessias pelo Oeste, ele usa uma "cama índia" (espécie de esteira), puxada pelo seu obediente cavalo. Devido ao sucesso do filme de 1970, foi feita uma sequência, Trinity ainda é meu nome de 1971. No Brasil o personagem virou mania, sendo que quase todos os filmes da dupla Bud Spencer & Terence Hill foram lançados nos cinemas do país com Trinity incluído no título em português.
1106 - EQUILIBRIUM
Nos primeiros anos do século XXI aconteceu a 3ª Guerra Mundial. Aqueles que sobreviveram sabiam que a humanidade jamais poderia sobreviver a uma 4ª guerra e que a natureza volátil dos humanos não podia mais ser exposta. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passado. Desta forma existe um estado tolitário, a Libria, que é comandado pelo "Pai" (Sean Pertwee), que só aparece através de telões. Foi decretado que os cidadãos devem tomar diariamente Prozium, uma droga que nivela o nível emocional. As formas de expressão criativa estão contra a lei, sendo que ao violar qualquer regulamento a não-obediência é punida com a pena de morte. John Preston (Christian Bale) é um Grammaton, um oficial da elite da lei, que caça e pune os "ofensores", além de ter poder para mandar destruir qualquer obra de arte. Um dia, acidentalmente, Preston não toma o Prozia. Pela primeira vez ele sente emoções e começa a fazer questionamentos sobre a ordem dominante. Eu não me lembrava mais da citação de Yeats, na cena com Bale e Sean Bean, o que coloca o filme na categoria dos "especiais!, claro. É ótima a ideia de que, no futuro, ter-se-ia que eliminar as emoções e qualquer êxtase proveniente das obras de arte, para se encontrar uma suposta paz na humanidade. Vale cada fotograma.
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