sexta-feira, 31 de maio de 2013

2079 - CLIENTE MORTO NÃO PAGA

(DEAD MEN DON'T WEAR PLAID, USA 1992) - Rob Reiner faz, aqui, uma homenagem aos astros dos filmes noir dos anos 40, que tiveram em Humphrey Bogart seu representante mais proeminente. A história, protagonizada por um hilário Steve Martin, é uma colagem de cenas dos principais atores e atrizes do gênero, contracenando com o próprio Martin e a bela Rachel Ward. É muito legal ficar tentando identificar os atores e os filmes que vão aparecendo e, assim, guiando o roteiro. Tecnicamente, a produção é excelente, combinando os trechos dos filmes antigos com praticamente a mesma tessitura de imagem das cenas com Martin e Rachel.

domingo, 26 de maio de 2013

2078 - O DIA QUE DUROU 21 ANOS

(BRASIL, 2012) - Este documentário mostra a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. A ação militar que deu início a ditadura contou com a ativa participação de agências como CIA e a própria Casa Branca. Com documentos secretos e gravações originais da época, o filme mostra como os presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson se organizaram para tirar o presidente João Goulart do poder e apoiar o governo do marechal Humberto Castelo Branco.

terça-feira, 21 de maio de 2013

2077 - O MUNDO PERDIDO (1960)

(THE LOST WORLD, 1960) - dirigido pelo homem que formatou minha concepção de ficção científica, Irwin Allen, esta produção com evidentes restrições orçamentárias cumpre o seu papel de iniciar a mágica década de 60 mostrando, na tela de cinema, o universo fantástico de Arthur Conan Doyle. Para quem tem alguma familiaridade com o universo irwinalleniano, podemos, logo de cara, reconhecer no elenco o futuro capitão Crane de Viagem ao Fundo do Mar,  David Hedison. Também podemos ver Michael Rennie, qwue também voltaria às produções de Allen, anos depois, como o Colecionador, no único episódio duplo de Perdidos no Espaço, e como o capitão do Titanic, no piloto de O Túnel do Tempo. Consta que Allen queria a técnica de Stop-motion para dar vida aos dinossauros do filme, mas, por causa da grana curta, preferiu colocar em cena alguns lagartos com adereços colados ao corpo, à guisa de barbatanas jurássicas, filmados em close. E, claro, também vemos Claude Rains, bem punk, com cabelo cor de laranja, e Vitina Marcus (foto) como uma bem produzida mulher pré-histórica.

domingo, 19 de maio de 2013

2076 - PSICOSE

(PSYCHO, USA 1960) - obrigatório, de tempos em tempos, este clássico de Hitchcock é uma aula de cinema, do começo ao fim. Tudo funciona como a harmonia do score de Bernard Hermann e seu naipe afiado de violinos que, logo nos créditos iniciais, dá o tom arrepiante da trama. É curioso como Janeth Leigh parece ficar mais bonita cada vez que revejo o filme. O mestre Hitch mostra mesmo que é um gênio, ao pilotar toda a produção com um orçamento baixíssimo - ele levou sua equipe do programa de TV para o set. Anthony Perkins, como Norman Bates, aproveitou o papel de sua vida e transformou seu personagem num dos ícones do cinema de todos os tempos. Atenção para Ted Knight, o futuro Ted Baxter de Mary Tyler Moore, num papel não creditado, já no finzinho do filme, como o guarda que abre a porta da cela de Perkins. Veja, também, a participação de John Anderson, o Charlie da concessionária onde Marion troca de carro - Anderson fez o papel de avô de Macgyver no seriado.


2074 - DÉJÀ VU

(DÉJÀ VU, USA 2006) - a premissa do filme, que envolve thriller policial com ficção científica, bem que poderia resultar num seriado bem bacana, pois a ideia de recuar no tempo para evitar que um atentado aconteça se prestaria, hoje em dia, a vários roteiros interessantes. Claro que a presença magnética de Denzel Washington põe boa dose de tempero e talento na história que muitos críticos acharam inverossímil demais, mas que, em minha opinião, funciona maravilhosamente. Até porque, do outro lado do eixo temporal, está a bela cotia Paula Patton, por quem Denzel e o resto da humanidade não hesitariam em voltar no tempo.

2073 - O VINGADOR DO FUTURO (2012)

(TOTAL RECALL, USA 2012) - este remake do filme do Arnoldão, de 1990, é um dos melhores filmes de ficção científica dos últimos tempos. Um exemplo perfeito de como usar CGI, sem aquela sensação de cenário fake de tantos outros filmes. Guardadas as devidas defasagens tecnológicas, que hoje em dia fazem mais evidentes os fracos efeitos especiais do primeiro filme, este "Total Recall" é deslumbrante, desde a realização à performance de seu elenco. Se antes, o Arnoldão era a figura de destaque, agora, pelo menos, temos um ator que sabe atuar - Colin Farrel; se Sharon Stone tinha uma rápida participação naquela época, agora seu papel ficou anabolizado em talento e curvas na belissima Kate Beckinsale. De quebra, a mesmerizante Jessica Biel ajuda a deixar o filme ainda mais impactante. Poucas vezes, vi um conjunto de efeitos especiais tão perfeito.

terça-feira, 14 de maio de 2013

2072 - CALL GIRL

(CALL GIRL - PORTUGAL, BRASIL 2007) - a ironia do título em inglês, numa produção portuguesa e brasileira, talvez seja proposital, no sentido de apontar que o que ela significa - a prostituição - é mesmo uma profissão internacional, que desconhece as fronteiras geográficas e, em alguns casos, éticas e emocionais, embora preserve sua característica linguística. Disto isto, vale sublinhar que o filme é bem feito e alcança seu objetivo através de uma simplicidade quase franciscana (afinal, é dando que se recebe), ao enfocar a vida atribulada de uma linda prostituta (Soraia Chaves, enebriante) dentro do universo da prostituição, tendo como referência a tradição do policial noir americano. O que me pareceu estranho no filme são as legendas em português brasileiro, o que leva o espectador daqui a se sentir um estranho no idioma pátrio. Atenção para Soraia Chaves, transbordando sensualidade e com a libido à la Instinto Selvagem. Esta Sharon Stone da Península Ibérica é considerada, com toda razão, a atriz mais bela daquela região da europa. Uma coisa. Olha aí.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

2071 - CREPÚSCULO DOS DEUSES

(SUNSET BOULEVARD, USA 1950) - clássico do cinema americano que, ironicamente, critica a forma como o showbiz usa e descarta seus astros, num mecanismo de trituração e aposentadoria compulsória dos atores que o sistema já considera superados. É a história de Norma Desmond (Gloria Swanson, visceral), uma estrela dos filmes mudos do início do século que vive numa mansão com seu canino mordomo. William Holden é um roterista desempregado que, por obra do destino, acaba entrando na vida delirante da estrela. Ela, por sua vez, estabelece uma relação romântica unilateral com ele que, mesmo relutante, acaba usufruindo das benesses que o dinheiro da diva oferece. Há uma cena em que aparece a piscina vazia da mansão, na qual se veem alguns ratos - Cazuza deve ter se inspirado nela para compor "O tempo não para".


quinta-feira, 2 de maio de 2013

2070 - EU SOU A LENDA

(I AM THE LEGEND, USA 2007) - esta versão do ótimo "Omega Man", com Charlton Heston, de 1973, não chega a ser inspiradora, apesar da presença vibrante de Will Smith, que faz um cientista sobrevivendo numa Nova Iorque abandonada, depois que um vírus dizimou quase toda a população do mundo, deixando apenas um feroz grupo de mutantes. Os efeitos especiais são irregulares  - embora mostrem uma convincente Nova Iorque completamente vazia, pisam feio na bola no momento em que apresentam os mutantes, que parecem ter sido feitos às pressas. A destacar, a competente atuação de Alice Braga, falando um inglês irretocável. Vem aí uma sequência. A ver.