terça-feira, 26 de janeiro de 2010
891 - O DIA EM QUE A TERRA PAROU
O DIA EM QUE A TERRA PAROU (USA, 2009) - Uma nave espacial em forma de esfera aterrissa no Central Park de Nova York e um alienígena chamado Klaatu sai de seu interior com uma mensagem – que ele se recusa a revelar para este ou aquele chefe de estado apenas: quer falar com todos eles juntos. A exigência é obviamente impraticável, como o saberia qualquer extraterrestre que, como este aqui, diz representar um consórcio de civilizações que de há muito observa a Terra. Da mesma forma que no filme original, de 1951, o protagonista do novo O Dia em que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still, Estados Unidos, 2008), que estreia nesta sexta-feira no país, fugirá então da custódia do governo americano para uma série de contatos imediatos com a espécie inteligente local. Inteligente, mas não muito esperta, na avaliação de Klaatu, já que com sua ganância e brutalidade está prestes a inviabilizar a própria existência. E assim se dá a transformação de Klaatu, de emblema do cinema em pânico do pós-guerra (em 1951, ele vinha avisar sobre a iminência da destruição nuclear) a encarnação robótica – posto interpretado por Keanu Reeves – de Al Gore: sem nenhuma originalidade, o alienígena veio informar que a humanidade está matando a Terra. E, para compensar o atraso do recado, traz também uma ameaça. Conforme esclarece a Helen Benson (Jennifer Connelly), a bióloga que o auxilia em sua fuga, sua missão agora é destruir os destruidores, já que os planetas com capacidade para abrigar vida inteligente são poucos e é preciso protegê-los. Ainda que, numa pegadinha não muito bem resolvida, para tanto seja necessário exterminar precisamente aquilo que os torna tão valiosos.