quarta-feira, 31 de agosto de 2011
1152 - STAR TREK ENTERPRISE - 1.a TEMPORADA
ENTERPRISE (USA, 2001) - situada 100 anos antes da série original, Enterprise relata a formação da Federação e as primeiras viagens da Enterprise, sob o comando de Jonathan Archer (Scott Bakula). Há várias conexões com Star Trek, como não poderia deixar de ser, inclusive na formação da tripulação: Jolene Blalock interpreta T'pol, uma vulcana que, assim como Spock, representa o predomínio da lógica sobre as emoções do restante da equipe humana, e faz muito bem o papel, alem de preencher com a perfeição de curvas celestes o justo figurino que de que foi encarregada. "Enterprise" agrada por apostar nos bons roteiros e, principalmente, na empatia dos seus personagens, além de efeitos especiais bem razoáveis.
1151 - OS INOCENTES
OS INOCENTES (THE INNOCENTS, USA 1961) - sem as pirotecnias dos efeitos especiais de hoje em dia, o filme acerta no clima de suspense, na sonoplastia incidental, na fotografia em preto e branco e na ótima atuação de Deborah Kerr, como uma governanta que é mandada para uma mansão no interior, para cuidar de dois órfãos que se comportam de maneira estranha. A atmosfera ameaçadora vai crescendo e levando o espectador com ela, num envolvimento quase hipnótico.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
1150 - SEXTA-FEIRA 13
SEXTA-FEIRA 13 (BLACK FRIDAY, USA 1940) – o filme era para ser um encontro das duas maiores estrelas dos filmes de horror da Universal – Boris Karloff e Bela Lugosi – mas quem acaba roubando a cena é Stanley Ridges, um ator soberbo, como se vê durante o filme. Ele faz um papel de um professor de literatura que, gravemente ferido em um acidente, tem seu cérebro transplantado para o corpo de um gangster, cujo segredo – uma enorme quantia escondida – passa a ser a obsessão de seu amigo Dr. Ernest (Karloff), médico que o operou, alegando querer lhe salvar a vida. Ridges faz uma espantosa transformação, do pacato professor para o violento criminoso que procura vingança entre seus antigos companheiros, entre eles um Lugosi de sotaque carregadíssimo e pra lá de canastrão.
1149 - UP ALTAS AVENTURAS
UP, ALTAS AVENTURAS (UP, USA 2009) – esta animação da Pixar narra, em quatro minutos, um drama doméstico de partir o coração, sem um só diálogo. Isto, senhores, constitui-se em cinema em seu estado mais puro e genial. Em todas as sequências de UP, o diretor Peter Docter – que já assinara Monstros S. A. – demonstra, junto com sua equipe, a habilidade ímpar de dotar criaturas de computação gráfica de humanidade e, em essência, alma. Por exemplo, Carl (o senhor aí do lado) tem a melancolia e a misantropia explicados por uma vida de planos abortados, até bolar uma fuga amalucada, em direção ao seu sonho de criança. Up é uma belíssima metáfora do desejo de evasão que tantos oprimidos pela rotina compartilham. Talvez o voo mais alto da Pixar.
1148 - COMER, REZAR, AMAR
COMER, REZAR, AMAR (EAT, PRAY, LOVE, USA 2010) – CRA é um filme simpático, com uma protagonista também simpática, e tem tudo para cair no gosto do público, como, aliás, aconteceu. O problema é que, depois de uns dois dias, acabei ficando com aquele gosto residual de quem leu um manual de autoajuda. Liz (Julia Roberts), em crise consigo mesma, com o casamento, com os amigos, com o mundo enfim, parte para a Itália, Índia e Indonésia, à procura de “iluminação”. Ao chegar nestes lugares, descobre o óbvio: as respostas estão dentro dela mesma. Claro que a história tem a seu favor estimular o movimento, coisa essencial para quem se encontra em profundo estado de depressão, mas, no fim, fica essa impressão de um certo escapismo e fórmulas prontas.E que, talvez, o acréscimo de um quarto verbo ao título - dormir - não seja assim tão despropositado, especialmente durante a patética empreitada zen a que Liz se propõe na Índia.
1147 - 007 - PERMISSÃO PARA MATAR
007 – PERMISSÃO PARA MATAR (007 LICENCE TO KILL, USA 1989) – Timothy Dalton sempre fez um James Bond sério, sem grandes excessos, mas bastante competente. Aqui, ele está atrás de um traficante que quase matou seu amigo, Feliz Leiter (David Hedison, o capitão Lee, de Viagem ao Fundo Mar). O filme tem algumas características pouco comuns à franquia, mas vale uma olhada.
1146 - TOP SECRET
TOP SECRET, SUPERCONFIDENCIAL (TOP SECRET, USA 1984) – esta sensacional comédia de Jim Abrahams e David Zucker ainda não perdeu a força, mesmo depois de tantos anos. É uma paródia dos filmes de espionagem sobre a Segunda Guerra Mundial, misturando soldados nazistas e o rock and roll americanos dos anos 60, com direito a todo o universo de Elvis. Val Kilmer, na sua estreia, está muito bem. Atenção para participações de atores famosos, como Peter Cushing e Omar Shariff.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
1145 - DIRIGINDO NO ESCURO (2002)
(HOLLYWOOD ENDING, USA 2002) - Este não um bom Woody Allen, por vários motivos. Neste filme, Allen é um diretor decadente que recebe a proposta inesperada para dirigir uma grande produção de Hollywood. Antes das filmagens, ele é acometido de cegueira nervosa, mas finge que está tudo bem para não perder a oportunidade. A história se desenvolve meio cambaleante em cima deste argumento, com a verborragia costumeira do universo woodyalleniano um pouco forçada em situações repetitivas: a ideia de um diretor de cinema cego até que possui uma reverberação filosófica, mas fica parecendo sem muito sentido aqui. No mais, fica a impressão que Allen escalou a belíssima Téa Leoni só para tirar uma casquinha.
1144 - O RETORNO DO VAMPIRO (1944)
(THE RETURN OF THE VAMPIRE, USA 1944) - Este filme traz Bela Lugosi vampirizando o personagem que lhe deu fama, mas que acaba sendo apenas um arremedo muito sem graça dos primeiros grandes filmes de terror da Universal, na década de 30. Tanto é que, aqui, o vampiro de Lugosi é ajudado por um lobisomen (!), na primeira vez em que as duas criaturas aparecem juntas num filme (o que seria recorrente depois, como em A Casa de Frankenstein e A Casa de Drácula e, mais recentemente, em Underworld e na saga de Crepúsculo). Há uma fotografia gótica bem razoável, com ênfase no clima expressionista.
domingo, 7 de agosto de 2011
1143 - OS DEDOS DA MORTE (1947)
OS DEDOS DA MORTE (THE BEAST WITH FIVE FINGERS, USA 1947) – Um milionário morre após sofrer um estranho acidente, deixando toda a sua fortuna para sua enfermeira. Na manhã seguinte, os moradores da mansão decidem investigar o túmulo, descobrindo que o morto está sem uma das mãos. O interessante, aqui, é a presença de Peter Lorre, fazendo a sua especialidade: um tipo estranho, marginalizado, que mais parece uma ameaça ambulante.
1142 - REGRESSO DO ALÉM
REGRESSO DO ALÉM (NOT FORGOTTEN, USA 2009) – thriller de suspense muito abaixo do razoável, tendo a espanhola Paz Vega como a única atração possível. Enredo complicado, misturando magia negra e outros ritos vodus, numa história sobre o sequestro da filha de um casal aparentemente feliz. Nada muito importante. To be forgotten.
1141 - O BESOURO VERDE
O BESOURO VERDE (THE GREEN HORNET, USA 2011) – decepção total! Esta versão não tem nada a ver com a série da década de 60, com Van Williams e Bruce Lee. Pelo contrário, aposta na comédia pastelão, sem graça e também sem objetivo. Seth Rogen, que produziu e estrelou, deve ser, agora, alvo da ira dos admiradores da série, entre os quais me incluo. Um verdadeiro desperdício de dinheiro – será que não havia ninguém que impedisse este desastre?
1140 - POR UM SENTIDO NA VIDA
POR UM SENTIDO NA VIDA (THE GOOD GIRL, USA 2002) – de certa forma, o filme é sobre tudo aquilo que nossa vida é realmente e aquilo que gostaríamos que ela fosse. Jennifer Aniston é Justine, uma mulher de 30 anos, funcionária num supermercado chinfrim, desiludida no casamento, pois o marido (o ótimo John C. Reilly) só quer saber de fumar maconha com o colega de trabalho, depois que chega a casa. Justine, então, se apaixona por um rapaz da loja (Jake Gyllenhaal), que tem uma personalidade perturbada, resultado de uma família indiferente. Aniston se esforça para mergulhar no papel dramático e se ai muito bem, conseguindo manter, no fundo de seus olhos azuis, a esperança de um futuro melhor para a personagem.
1139 - COINCIDÊNCIAS DO AMOR
COINCIDÊNCIAS DO AMOR (THE SWITCH, USA 2010) – este é um daqueles filmes que podem ser colocados na categoria “Bonitinhos”, sem maiores surpresas. A gente já sabe o que vai acontecer quando Kassie (Jeniffer Aniston) decide que quer ter um filho por inseminação artificial e conta seu plano para seu melhor amigo, Wally (Jason Bateman) que, claro, curte uma paixão platônica por ela. Desnecessário dizer mais, não? Vale como passatempo.
1138 - O FANTASMA DE FRANKENSTEIN (1942)
O FANTASMA DE FRANKENSTEIN (THE GHOST OF FRANKENSTEIN, USA 1942) – esta quarta edição dos filmes sobre a criatura de Frankenstein já mostra o desgaste do tema. Evidentemente, a ausência de sua estrela maior, Boris Karloff, faz deste filme apenas uma tênue tentativa de emular o clima aterrorizante do primeiro Frankenstein, de 1931, o tom macabro de A Noiva de Frankenstein e o surpreendentemente vigoroso O Filho de Frankenstein. Tanto é que, aqui, temos Lon Chaney Jr, aka O Lobisomen, na pele costurada da criatura. Chaney se esforça, e até tem bons momentos, mas sua atuação acaba sendo devorada pelas lembranças que a profunda performance de Karloff evoca no espectador mais atento. Bela Lugosi repete seu personagem de O Filho de Frankenstein, o sombrio Ygor. Atenção para Cedric Hardwicke, que já havia me chamado atenção como o professor Fergunson, de Cinco Semanas em um Balão, de 1962, com Barbara Eden. Na década de 40, a Universal já estava em plena decadência financeira, o que se refletiu nas produções de então. De qualquer forma, este filme representa o melhor que as limitações da época permitiam.
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