sábado, 31 de março de 2012
1313 - HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE
HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE (HP AND THE
HALF BLOOD PRINCE, USA, UK 2009) - Lorde Voldemort (Ralph
Fiennes) é uma ameaça real, tanto para o mundo dos bruxos quanto o dos trouxas.
Harry Potter (Daniel Radcliffe) suspeita que o perigo esteja dentro da Escola
de Artes e Bruxaria de Hogwarts, mas Alvo Dumbledore (Michael Gambon) está mais
preocupado em prepará-lo para o confronto final com o Lorde das Trevas.
Dumbledore convida seu colega Horácio Slughorn (Jim Broadbent) para ser o novo
professor de Poções, já que Severo Snape (Alan Rickman) enfim alcançou o sonho
de ministrar as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. Paralelamente Harry
começa a ter um interesse cada vez maior por Gina Weasley (Bonnie Wright), irmã
de seu melhor amigo Rony (Rupert Grint), que também é alvo de interesse de Dino
Thomas (Alfie Enoch). Os elementos infantis praticamente se perderam
neste sexto filme, e Harry e sua turma já estão com os dois pés na adultícia.
1312 - TROPAS ESTELARES
TROPAS ESTELARES (STARSHIP TROOPERS, USA 1997) – o diretor holandês, Paul Verhoeven (de Robocop
e Instinto Selvagem) errou a mão feio nesta ficção científica que, claramente,
tinha a intenção de não ser séria, mas acaba sendo constrangedora, nem tanto
pelos razoáveis efeitos especiais, mas pela fraqueza dramática do elenco. Só revi
por causa da Denise Richards (futura e ex-esposa de Charlie Sheen), no auge de
sua radiante beleza. Fora isso, tudo muito ruim, a começar pelo roteiro: no
futuro, jovens são recrutados para lutar num planeta infestado de insetos
gigantes.
1311 - HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX
HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX (HP AND THE
ORDER OF THE PHOENIX, USA UK, 2007) – neste filme, Harry Potter se encontra com a solidão. Desde as sequências
iniciais, ele se vê abandonado entre dois mundos. Este filme apresenta dilemas emocionais profundos, traduzidos
especialmente por uma estranha conexão entre as mentes do herói e a de
Voldemort. Harry é obrigado a se debater com um poderoso inimigo, sua própria
sombra. Ele se volta para seu interior e questiona seus próprios sentimentos.
Em alguns momentos chega a brigar radicalmente com os amigos e a duvidar de si
mesmo.
1310 - ANTES SÓ DO QUE MAL CASADO
ANTES SÓ DO QUE MAL CASADO (THE HEARTBREAK KID,
USA 2007) - Eddie (Ben Stiler) é um solteirão que acredita finalmente ter
encontrado a mulher ideal e, com pouco tempo de namoro, decide se casar. Ainda
na lua de mel, ele descobre que sua esposa é uma mulher insuportável. Para
complicar mais, ele conhece Miranda, uma bela e doce jovem por quem se apaixona. Apesar dos
lugares-comuns, Ben Stiller é capaz de me fazer rir nesta comédia que não tem
nada de original, mas que é ajudada pelos cenários magníficos de um resort no México.
A escatologia e o mal gosto estão presentes, como costuma acontecer neste tipo
de produção.
1309 - O SELVAGEM DA MOTOCICLETA
O SELVAGEM DA MOTOCICLETA (RUMBLE FISH, USA 1983)
– de Francis Ford Coppola. O filme fala da relação
psicológica de Rusty James (Matt Dillon) com seu irmão mais velho, o motociclista
do título em português, (Mickey Rourke, ainda com o rosto normal). O pai dos
dois, Dennis Hopper, é um alcóolatra, sem qualquer significação mais profunda
na vida dos filhos, o que explica a admiração de Rusty pelo irmão marginal,
criador de casos, sempre disposto a resolver as situações pela violência. Há sempre
um relógio, ou uma referência à passagem do tempo, nas cenas, o que, às vezes,
torna a abordagem meio simplista. Dos filmes menores de Coppola este é o
melhor. Atenção para Diane Lane, novinha e tão linda e suave que dá o
contraponto exato para a proposta dos personagens principais. O título em inglês
– rumble fish – tem tudo a ver com o roteiro: são tipos de peixe de briga,
capazes de atacar até mesmo seu próprio reflexo nas paredes dos aquários.
1308 - ADRENALINA
ADRENALINA (CRANK, UK, USA 2006) – neste thriller de ação dirigido pelos
estreantes Mark Neveldine e Brian Taylor, Jason Statham é Chev Chelios, um
matador que tem que manter seus níveis de adrenalina num pico constante, a fim
de retardar o efeito de um veneno injetado nele por seus inimigos. Ele sabe que
suas chances de sobreviver são poucas, mas busca vingança a qualquer preço, a
custa de todo o tipo de barbaridade pelas ruas de Los Angeles, incluindo uma
cena de sexo em público, com a namorada vivida pela simpática Amy Smart. O interessante
no personagem de Statham é que ele é o que é, sem disfarces ou tentativas de
fazer dele um sujeito de qualidades que possam redimi-lo. O filme é divertido.
domingo, 25 de março de 2012
1307 - HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO
HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO (HP AND THE GOBLET
OF FIRE, UK, USA 2005) – de Mike Newell. O quarto
filmed a série é, até aqui, o de clima mais pesado. Pode-se dizer que, muito
mais que uma história de bruxaria, é um thriller em que todos os
acontecimentos, mesmo os mais díspares, resultam da determinação de Lorde
Valdemort em obter três gotas do sangue do jovem bruxo para, assim, recuperar
sua forma humana. Guiado por essa obsessão maligna, o filme é amedrontador em
todos os seus níveis. Ao dar adeus à infância, Harry terá que enfrentar dilemas
que nem sonhava em seu ano anterior em Hogwarts. Nota-se que o trio agora
juvenil parece um pouco assustado com a responsabilidade que seus personagens
assumem, à medida em que crescem num mundo particularmente hostil. Os jovens
atores estão crescendo a um ritmo mais veloz do que se podem rodar os filmes,
mas não o suficiente para acompanhar suas exigências dramáticas.
1306 - 72 HORAS
72 HORAS (THE NEXT THREE DAYS, USA 2010) – este é um filme que vale a pena ser revisto,
por vários motivos: a trama, embora mirabolante, tem um apelo irresistível, a
cara de homem bom de Russell Crowe, a beleza de Elizabeth Banks e um elenco de
apoio no qual se destaca a atuação minimalista, mas impressionante de Brian
Dennehy. A implausibilidade do enredo é o que o torna mais envolvente.
1305 - INDEPENDÊNCIA OU MORTE
INDEPENDÊNCIA OU MORTE (BRASIL, 1972) – está aí um filme ruim de dar gosto. Tarcísio
Meira – mais canastrão do que nunca – é D. Pedro I e Glória Menezes, a Marquesa
de Santos. Parecia a continuação de Irmãos Coragem. A fotografia é pobre e o
som quase inaudível. A parte curiosa é a participação, como atores, de Rubens
Ewald Filho e de Clóvis Bornay. Dom Pedro é mostrado como um conquistador
amoroso sem limites. A atuação de Glória Menezes é abaixo da crítica.
1304 - FOI APENAS UM SONHO
FOI APENAS UM SONHO (REVOLUTIONARY ROAD, USA
2009) – de Sam Mendes. O casal
de Titanic volta 12 anos depois, para se afundar em brigas, frustrações e mágoas
mal resolvidas. De certa forma, e não coincidentemente, o tema é o mesmo que
consagrou Mendes em Beleza Americana (1999): a vida medíocre da família
suburbana americana e a dificuldade de superá-la. Não por acaso, o filme se passa
nos anos 50, no momento da explosão da publicidade que vendia esperanças impossíveis.
Leonardo DiCaprio é Frank e Kate Winslet é April, um casal em crise, que decide ir para Paris, com
os dois filhos pequenos, largando o emprego e os amigos. Há ainda muita
harmonia dramática entre Leonardo e Kate, num jogo cênico que se alterna entre
o choque explosivo e a mais completa calmaria. Vale a pena ver.
1303 - COWBOYS & ALIENS
COWBOYS & ALIENS (COWBOYS & ALIENS, USA
2011) – a premissa
(origina, convenhamos) de um filme juntando cowboys e seres alienígenas chega a
assustar no início, mas tem lá seu apelo, justamente por querer costurar dois
universos tão cinematograficamente marcados como o faroeste e a invasão de
seres de outro planeta. O diretor Jon Favreau parece ter ficado em dúvida de
que tom adotar: se de um filme sério ou aquele que está a um passo da galhofa. Pois
bem, a parte dos cowboys flui que é uma beleza, com Daniel Craig interpretando
um Django desmemoriado, que acorda, no meio do deserto, com um artefato alienígena
no pulso, sem entender o que aconteceu com ele. Fiquei com pena de ver Harrison
Ford num papel secundário. Por outro lado, sempre é bom ver Olivia Wilde, mesmo
que vestida dos pés a cabeça.
quinta-feira, 22 de março de 2012
1302 - SONHOS ROUBADOS
SONHOS
ROUBADOS (BRASIL, 2009) – de Sandra Werneck. Este é um daqueles filmes que
angustiam, porque mostra uma realidade que todos conhecem: a desesperança
gerada pela pobreza, juntamente com o embrutecimento precoce de uma geração de
jovens sem chances reais de desenvolvimento. As três meninas do filme se
prostituem como isso fosse a única solução para a vida delas, destruindo assim
qualquer chance de mudança para o seus destinos. Desta forma, o filão favela-movie
toma um outro rumo dentro do cenário do cinema nacional. A diretora consegue
extrair novos alcances de seu mergulho ficcional pela realidade das comunidades
cariocas reféns da violência e da exclusão. Seu tour-de-force é a possibilidade
de dar uma nova dimensão ao horror do domínio do tráfico e da opressão da polícia,
ao focar nas aspirações mais comezinhas (e sinceras) de quem vive em arranjos
sociais mediados pela pobreza. As meninas têm uma atuação de igual brilho:
Nanda Costa, Amanda Diniz e Kika Farias estão mais que convincentes. Daniel Dantas
e Marieta Severo estão perfeitos em seus papéis.
1301 - MAD MAX ALÉM DA CÚPULA DO TROVÃO
MAD MAX ALÉM DA CÚPULA DO TROVÃO (MAD MAX BEYOND
THUNDERDOME, USA 1985) – de
George Miller. Este terceiro filme da série fica bem abaixo dos dois primeiros.
Mel Gibson continua a impressionar como o guerreiro da estrada, sem passado e
sem futuro, mas a história em si não se sustenta. A presença de Tina Turner não
se justifica. A história: A civilízação foi destruída e uma nova sociedade
surge no meio do deserto - um fênix do passado do homem e de restos da
tecnologia moderna. Os antigos rituais foram renovados e refinados com
engenhosidade mecânica. Dois homens entram. Um homem sai. Essa é a lei da arena
da Cúpula do Trovão, na cidade de Bartertown, onde tudo pode ser vendido, de um
gole dágua até uma vida humana. Sozinho contra os bárbaros de uma era
pós-nuclear, Mad Max (Mel Gibson, de Maverick) enfrenta a energética govenante
Tia Entity (Tina Turner, aqui em seu primeiro papel dramático), que está
determinada a usá-lo para consolidar, ainda mais, seu poder. Contrastando com
tudo isso está a Fenda da Terra, um vale habitado por uma tribo de crianças
selvagens, que aguardam um salvador. Mad Max - Além da Cúpula do Trovão,
apresenta inesquecíveis cenas de perseguição e a luta de um guerreiro em busca
de seu destino.
1300 - O MONSTRO DO MAR REVOLTO
O MONSTRO DO MAR REVOLTO (IT CAME FROM BENEATH
THE SEA, USA 1955) – um
gigantesco polvo ataca a população de São Francisco. Sim, nos anos 50, este era
um argumento perfeito para um filme de ficção científica, ainda mais se
contasse com o mago dos efeitos especiais Harry Harryhausen. Um aspecto
interessante do filme é uma até enfática abordagem feminista: Faith Domergue é
uma dos cientistas encarregados de descobrir por que um polvo gigantesco
apareceu, assim, sem mais nem menos. Ela tem um comportamento firme e não se
deixa subjulgar pelo oficial da Marinha que logo se encanta por ela.
1299 - TUDO PODE DAR CERTO
TUDO PODE DAR CERTO (WHATEVER WORKS, USA 2009) – de Woody Allen. Allen escolheu bem Larry David,
co-criador de Seinfeld, para ser seu alter-ego nesta comédia típica do diretor.
David é Boris Yellnikoff, um rabugento que não tem a mínima preocupação com o
politicamente correto e vive digressando sobre a vida com todos que passam por
seu caminho, inclusive se dirigindo ao espectador. Um dia, conhece Melody (Evan
Rachel Wood, sensualíssima), casa-se com ela e passa a ter uma nova perspectiva
da vida. O filme é divertido, mas soa meio repetitivo para quem conhece a obra
de Woody Allen.
1298 - THE OLD DARK HOUSE
THE OLD DARK HOUSE (USA, 1932) – de James Whale. Mais que uma história de
terror, este filme pode ser considerado uma comédia de costumes, meio macabra,é
verdade, mas com um toque de humor talvez não intencional do diretor James
Whale, que acabara de fazer um grande sucesso com Frankenstein, de 1931, com
Karloff no papel principal. O que acontece aqui é que um grupo de viajantes,
que inclui Melvyn Douglas e Gloria Stuart (que viria a ser a Rose, de Titanic),
por causa de uma tempestade, acaba por ter que passar a noite numa casa estranhíssima,
habitada por gente ainda mais bizarra. Numa análise mais aprofundada,
poder-se-ia dizer que a casa é uma metáfora para o inconsciente e seus
habitantes representantes do ego, id e superego, numa visão freudiana. No elenco,
Charles Laughton e Boris Karloff, outra vez num papel secundário.
1297 - FESTIM DIABÓLICO
FESTIM DIABÓLICO (ROPE, USA
1948) – de
Alfred Hitchcock. Este é um filme diferente de todos – o mestre Hitch filma uma
sequência supostamente sem cortes (há-os, mas muito bem editados: é só prestar
atenção nas tomadas em que a câmera fecha nas costas dos personagens – é aí que
ele muda o rolo de filme), em que o crime acontece logo na primeira cena, com a
revelação do seu autor. Hitchcock também ousa ao mostrar um casal de
homossexuais, em cuja casa acontece o crime. O argumento faz referência ao
Super-Homem, de Nietzsche: Dois jovens brilhantes, Brandon (John Dall) e Phillip (Farley Granger), matam David (Dick Hogan), um colega de
escola, apenas para provar a si mesmos que podem cometer o crime perfeito. Para
desafiar os amigos e a família, resolvem convidá-los para uma reunião no
apartamento deles, e servem a comida em cima de um baú onde está escondido o
corpo da vítima. A crença no “intelecto superior” é a justificativa para
o que consideravam o “crime perfeito”. A
característica dominante do super homem de Nietzsche seria o amor à luta
e ao perigo, deixando a felicidade para a maioria, os meros humanos normais,
pois ao super homem caberia o dever de elevar-se além dos limites estabelecidos
pela normalidade, pois nada mais terrível do que a supremacia das massas,
segundo Nietzsche.
1296 - EDU, CORAÇÃO DE OURO
EDU, CORAÇÃO DE OURO (BRASIL, 1968)
– mais uma crônica carioca de Domingos de
Oliveira, com Paulo José no papel de Edu, como sempre um sujeito boa-praça,
simpático, que se apaixona pela musa e, então, ex-esposa, do diretor, Leila
Diniz, também repetindo o papel de outros filmes: a moça aparentemente bobinha,
mas que traz um vulcão de sensualidade dentro de si. É muito interessante ver o
Rio daquele tempo e a juventude linda de atrizes como Joanna Fomm e Dina Sfat. Não
fez o mesmo sucesso do filme anterior – Todas as Mulheres do Mundo – e foi
acusado de alienado, uma ousadia em tempos tão politizados como o final da década
de 60.
1295 - A ILHA DOS PAQUERAS
A ILHA DOS PAQUERAS (BRASIL, 1970)
– Renato Aragão e Dedé Santana repetem neste
filme o que fizeram em quase todos da dupla: humor pastelão, piadas visuais e
as gags repetitivas mesmo para a época. A fotografia é péssima, assim como o
som, mas tem lá seu apelo para os fãs dos futuros Trapalhões. O filme
envelheceu, assim como o humor sem compromisso, que refletia muito a censura
daquele tempo.
1294 - CASSI JONES - O MAGNÍFICO SEDUTOR
CASSI JONES 0 O MAGNÍFICO
SEDUTOR (BRASIL, 1972) – de Luiz Sérgio Person. Os filmes desta época são
muito deslumbrados com uma sexualidade aparentemente recém-descoberta, com
quase todas as histórias girando em torno de conquistas amorosas e, não raro,
mostando a mulher em condição submissa, apenas como presa dos “espertos”
conquistadores. É o caso do personagem-título, que Paulo José faz da mesma
forma como em outros filmes: meio histriônico, meio ingênuo, o tipo boa praça
que acaba sendo anistiado por todos. Depois de se cansar de tantas conquistas,
Cassi se apaixona pela quase virgem Clara, vivida por Sandra Bréa bem novinha.
domingo, 18 de março de 2012
1293 - ÁGUA PARA ELEFANTES
ÁGUA PARA ELEFANTES (WATER FOR
ELEPHANTS, USA 2011) – depois da morte de seus pais, Jacob (Robert Pattinson, correto, mas
longe de ser um grande ator) está sem dinheiro e sem casa. Acaba se juntando a
um circo, onde tem que enfrentar a maldade do dono (Christoph Waltz, emulando o
papel sensacional que teve em Bastardos Inglórios) e resistir à paixão pela
esposa deste (Reese Witherspoon, feia e desenxabida, parece inadequada ao papel).
Amparada por ótimos figurinos e cenários de época, a direção de Frances
Lawrence (de Eu sou a lenda) é bem-sucedida ao resgatar o charme circense do
passado, no qual as simples acrobacias de um elefante já seriam algo
espetacular. É um filme saudavelmente sem profundidade, desses que a gente
precisa de vez em quando, para passar duas horas entretidos e esquecer depois.
sábado, 17 de março de 2012
1292 - THE STRANGE DOOR
THE STRANGE DOOR (USA 1951) – Charles
Laughton é um nobre que atrai um estranho à sua casa, para que, ao fim de um
plano mirabolante, ele se case com sua sobrinha e a faça infeliz – sim, naquela
época, os casamentos eram para sempre. O motivo é que seu irmão havia casado
com a mulher que ele amava e que morreu no nascimento da filha. Boris Karloff
também está no elenco, num papel secundário, mostrando uma dignidade e
humildade incomuns para um ator da sua craveira. Alan Napier, que na década de
60 seria o mordomo do Batman de Adam West, também está no elenco.
1291 - O SUPER LOBISTA
O SUPERLOBISTA (CASINO JACK,
USA 2010) – um inspirado Kevin Spacey interpreta Jack Abramoff, um lobista de Washington
que construiu um império financeiro particular de maneira ilegal, a partir de
um jogo de influências no Senado. Além de desviar dezenas de milhões de dólares
de tribos indígenas, ainda se envolveu com uma série de investimentos relacionados
à abertura ou à manutenção de cassinos. Boa oportunidade de rever Kelly Preston,
no papel da esposa de Abramoff. O ritmo prende a atenção.
1290 - SERGIO
SÉRGIO (SERGIO, USA 2009) –
documentário sobre a vida e morte de Sérgio Vieira de Mello, enfocando seu
trabalho na ONU e sua última missão em Bagdá. Emocionantes depoimentos de
amigos, familiares e, especialmente, de Carolina Larriera, com quem tinha
encontrado, finalmente, o amor, e que, infelizmente, aparece com um cabelo inqualificável. O diretor
Greg Baker enfoca o caráter humanitário do diplomata e sua preocupação com a
paz e o entendimento entre os povos. Numa das cenas, Sérgio, em uma coletiva de
imprensa, deixa bem claro que as Nações Unidas não tinham nada a ver com o
desastroso governo Bush.
1289 - OBRIGADO, SR PRESIDENTE
OBRIGADO, SR PRESIDENTE (THANK
YOU MR PRESIDENT: HELEN
THOMAS AT THE WHITE HOUSE, USA 2009) – documentário sobre Helen Thomas, 80 anos, veterana repórter que cobriu
a Casa Branca, de Kennedy a Bush Jr. A parte mais interessante – e engraçada – é
quando ela diz que nunca teve que usar seu charme de mulher sedutora para
conseguir qualquer matéria com os governantes. Há boas cenas de coletivas de
imprensa, mostrando como Helen sempre foi querida pelos presidentes, sem nunca
perder a autonomia como repórter.
quarta-feira, 14 de março de 2012
1288 - HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN
HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE
AZKABAN (HP AND THE PRISIONER OF AZKABAN, USA, UK, 2004) – o terceiro filmed a série, agora dirigido pelo
mexicano Alfonso Cuarón, reflete a maturidade dos personagens, numa narrativa
que também evolui num clima de heavy metal. A adolescência atinge Harry em
cheio, fazendo-o perder o controle de seus poderes e impulsos, e ele parte
feroz para o confronto com Sirius Black (Gary Oldman), que agora está no
encalço do próprio Harry. As sequências de magia e ação do filme são
impressionantes, nem tanto pela evolução do CGI, desde o primeiro filme, mas
principalmente pela maneira como a fantasia de Rowling dá sentido e graça aos
efeitos especiais, cujas possibilidades já andavam, mesmo na época, meio banalizadas.
Dos três primeiros, é, sem dúvida, o melhor.
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