(THE ADVENTURES OF TINTIM: THE SECRET OF THE UNCORN, USA 2011) - Steven Speilberg, depois de tudo que já fez, pode se aventurar em quaquer negócio, mesmo que seja a abordagem, revigorante sob o ponto de vista técnico, das peripécias de um menino-repórter que desbarata quadrilhas, encontra objetos valiosos e soluciona mistérios viajando pelo mundo em companhia de seu amigo Capitão Haddock - ou seja, todas aquelas coisas que pululavam no imaginário dos meninos das décadas de 30 a 60, fase de maior popularidade do personagem entre o público europeu. Acontece que o filme é, em igual medida, impressionante e insatisfatório, já que o aspecto tecnológico realmente impressiona, mas é fato que os quadrinhos de Hergé são pouco lidos hoje em dia e, assim, a mitologia do personagem pouco conhecida. Isto esvazia um pouco do encantamento do filme, pelo menos para o grande público. Em última análise, o filme é frenético mas sem ritmo, grandiloquente mas sem alma, moderno mas retrô, e parece trazer em seu DNA artístico nada mais do que o interesse pessoal do diretor.
(TROUBLE WITH THE CURVE, USA 2012) - neste filme, Clint Eastwood faz seu velho tipo do sujeito que não joga a toalha - e, de fato, não há como enjoar dele. Apesar de com seu Gus Lobel, um olheiro de basebal que enfrenta com dignidade a sua finitude humana, Clint complete um trilogia de personagens parecidos - o treinador de boxe ranzinza Frankie Dunn, de Menina de Ouro, e o antissocial aposentado Walt Kowalski de Gran Torino - o filme prima pela delicadeza sutil, embora previsível, de como trata as relações humanas e profissionais, até que elas mesmas se entrelacem num torvelinho que mais fascina do que confunde. O olheiro Gus está diante de dois fatos que estremecem seu exterior inflexível e assertivo e seu interior eivado de dúvidas e arrependimentos: está perdendo a visão e também o seu lugar no mundo, pois o beisebal moderno prefere os números frios dos computadores a sujeitos como ele, capazes de perceber qualidades, ou a falta delas, em novos jogadores a serem recrutados para a liga principal. Nas metáforas esportivas do jogo em questão, as bolas curvas do título significam também imprevistos ou coisas que enganam. Em um filme com Clint Eastwood, mesmo que apenas atuando, nada disso acontece. Atenção para o bombonzinho Amy Adams, no papel da indomável filha de Gus, com quem vive às turras, como acontece em outros filmes de Eastwood (Poder Absoluto, i.e.). Claro, há a sempre estupenda presença de John Goodman que, na minha opinião, poderia ter um personagem mais desenvolvido e à altura de seu talento.
(THE DOUBLE, USA 2011) - embora tenha saído diretamente para DVD, não é um thriller policial ruim, apesar de pouco original: um veterano agente (Richard Gere) é obrigado pela Agência a formar um time com outro mais jovem e impetuoso, para encontrar um agente russo que teria assassinado um senador americano. Tudo é muito óbvio, mas dá para assistir, se você não está esperando muito, até porque quem deveria ser preso é quem deu o título em inglês, pois entrega toda trama do filme. Martin Sheen também no elenco.
(GHOST RIDER: SPIRIT OF
VENGEANCE, USA 2011) - é o que dá andar de moto com a cabeça quente, mas, vá
lá, é um filme com Nicolas Cage, a quem sempre reverencio, mesmo quando faz
filmes ruins (como REFÉNS) e o primeiro Motoqueiro Fantasma. Nem digo que este aqui
seja melhor do que o anterior - digamos que colocaram mais carne aos ossos,
principalmente com a presença de Violante Placido (Meu Deus! Que olhos são
aqueles?). Ela já havia feito um ótimo filme com George Clooney, "Um Homem Misterioso", no qual chama minha atenção, pela primeira vez, pela beleza. Boa substituta para a também bela Eva Mendes, do primeiro filme. Rodado na Europa, com excelente fotografia, este Ghost Rider
pretende ser mais sério (dentro do possível), agora tangenciando uma explicação
mais existencial e religiosa para a maldição de Johnny Blaze (Cage), além de aduzir elementos da graphic novel.
(KILLERS, USA 2010) - não é um filme para se levar a sério, e toda a equipe técnica, incluindo os atores, parecem concordar com esta premissa. No elenco, há dois bons atores que funcionam bem em comédia: Katherine Heigl e o grandíssimo Tom Selleck, e outro que que é ruim em qualquer gênero: Ashton Kutcher. No entanto, a fotografia é belíssima, especialmente nas paisagens francesas. O roteiro é fraco e só dá para aceitar o filme como uma grande paródia de comédia de ação.
(QUANTUM OF SOLACE, USA, UK 2008) - até James Bond sofre de amor - é o que vemos neste filme, com Daniel Craig arrebentando como 007, como havia feito no seu filme de estreia, Cassino Royale. Craig confirma sua vocação para o papel. Atenção para Olga Kurylenko, a bond girl ucraniana que deverá curar as chagas cardíacas do agente secreto paradoxalmente mais conhecido do mundo.
(USA, 1955) - this is a sequel to the "Creature of the Black Lagoon", with too many cons and flaws. The only remarkable thing about the film is an uncredited part of a young Clint Eastwood in what is considered to be his first big screen appearance - you can see a snapshot of the scene on the right. Apart from this, the movie is dull and uninteresting. This time the so-called fish man is captured by scientists and transported to an aquarium in south Florida. Naturally, he's attracted to the lovely female, in a clear reference to the King Kong movie (well, instinct is a powerful drive, one would say...). Anyway, it is funny if seen as a classic of the sci-fy/horror movies of the 50's. I particularly like it because of Clint's bit. Bt the way, the creature is found in the Amazon, which reinforces the idea of Brazil being an exotic place in which monsters could be found easily. The film is chock full of dry, now-hilarious moments of drama and bizarre plot details that make little or no sense. Even amongst all the goofiness, a modicum of suspense makes its way into the movie. Again, the monster gets some surprising mobility and speed underwater and is pretty threatening. This film draws from past classics ("King Kong"), yet inspired future movies as well ("Jaws 3-D", "Orca".) Far from a true classic, it entertains in spite of itself. I remember Monteiro saying that he liked the first movie a lot.
(THE LOVE GURU, USA 2008) - mais uma divertida brincadeira de Mike Myers, agora como um guru indiano, politicamente incorreto, como sempre. Como nos outros filmes de Myers, há uma primeira camada de humor facilmente digerível. No entanto, pode-se notar, nas entrelinhas uma ácida crítica ao mundo contemporâneo, principalmente ao culto às personalidades e o domínio econômico. Para enfeitar, ele colocou Jessica Alba na história e fez um grande ator (Ben Kinglsey) se sujeitar a um papel constrangedor. Myers é um daqueles atores dos quais você gosta ou odeia, sem meio termo.
(THE FLIGHT, USA 2012) - de Robert Zemeckis. "Se beber. não pilote um avião". Denzel Wasshington é um piloto alcoólatra e viciado em cocaína, que consegue salvar a vida de mais de cem pessoas, ao fazer uma aterrisagem forçada num campo, mesmo tendo tomado todas antes da decolagem. O fato é que, mesmo com um alto teor de octanagem no sangue, ele consegue fazer uma manobra arriscada e virar heroi. O problema é que a imprensa e as autoridades começam a fazer uma rigorosa investigação sobre sua vida e os problemas começam a aparecer. O perfil dramático, com cores politicamente corretas ao final, não me pareceu combinar com o estilo que Zemeckis já havia mostrado em outros grandes filmes, como forrest Gump e Náufrago. Atenção para John Goodman, no papel do fornecedor de drogas, cometendo crime duplo: ainda rouba todas as cenas em que aparece.
(TRESPASS, USA 2011) - mais um filme ruim com Nicolas Cage, infelizmente. No entanto, o que, logo de início, causa maior espanto é a boca com botox de Nicole Kidman. Ela está totalmente sem expressão, embora nunca tenha sido uma grande atriz. O filme é fraco: um bando de ladrões invade a casa de Kyle (Cage) e Sarah (Kidman), para roubar diamantes, e o filme fica nisso até o fim patético. Lamento por Cage, de quem gosto, mas o filme ninguém merece.
(FINDING NEMO, USA) - o filme ainda continua uma delícia de se ver. O passado reserva tristes memórias para Marlin nos recifes de coral, onde perdeu sua esposa e toda a ninhada. Agora, ele cria seu único filho Nemo com todo o cuidado do mundo, mas o pequeno e simpático peixe-palhaço acaba exagerando durante uma simples discussão e acaba sendo capturado por um mergulhador. Agora, o pai super protetor precisa entrar em ação e parte numa busca incansável pelo mar aberto, na esperança de encontrar seu amado filhote. No meio do caminho, ele acaba conhecendo Dory e, juntos, a dupla vai viver uma incrível aventura. Enquanto isso, Nemo também vive uma intensa experiência ao lado de seus novos amigos habitantes de um aquário, pois eles precisam ajudá-lo a escapar do destino que lhe foi reservado: ir parar nas mãos da terrível Darla, sobrinha do dentista que o capturou
(THE REAVEN, USA 2012) - em meados de 1800, Edgard Allan Poe (John Cusack) se vê diante de uma situação curiosa: uma série de crimes, com a mesma configuração de suas histórias, espalha pânico na cidade e o leva a ter como parceiro um detetive fã do escritor. A falta de ritmo torna o filme meio enfadonho em determinados instantes, e o personagem de Cusack me parece perdido entre o herói circunstancial e o de perfil mais cômico. O roteiro traz um enredo cuja conclusão se mostra plausível: a obra de Poe o teria levado à insanidade. Poe morreu em 1849, aos 40 anos. Quatro dias antes, foi encontrado vagando feito louco pelas ruas de Baltimore. As drogas e o álcool o levaram a tal ponto de decadência.
THE ROAD TO DRACULA (2001), written, produced and directed by David J. Skal, appears on DRACULA: THE LEGACY COLLECTION from Universal Studios Home Video. Hosted and narrated by Carla Laemmle, the niece of studio founder Carl Laemmle who spoke the first words of dialogue in the 1931 horror classic,THE ROAD TO DRACULA tracks the vampire king from novel to stage to screen with film clips from the 1931 Bela Lugosi film, Universal's 1979 remake with Frank Langella, and interviews with Bela Lugosi, Jr., Dracula scholars Nina Auerbach, Michael Barsanti, Bob Madison, Lokke Heiss, actress Lupita Tovar, and horror writer/filmmaker Clive Barker. DVD includes not only the original Lugosi film, but also the simultaneously-produced Spanish-language film, the newly-commissioned musical score by Philip Glass, and the full Universal features DRACULA'S DAUGHTER (1936), SON OF DRACULA (1943),and HOUSE of DRACULA (1945). Other bonuses include trailer and still gallery. David Skal provides a full-length audio commentary for the 1931 original
