LUCY (LUCY, USA 2014) – Ver Scarlett Johansson em cena é sempre um prazer,
mesmo que o roteiro deste filme de Luc Besson a vá transformando gradativamente
num computador, ideia que se aproxima de ELA, de Spike Jonze, em que ela faz a
voz do sistema operacional que seduz um indefeso Joaquin Phoenix e, claro,
todos nós. Em LUCY, que acabo de rever, ela é uma periguete perdida em Honk
Kong, que acaba virando mula de traficantes que querem mandar uma droga poderosíssima
para a Europa. A história é mais que conhecida: o pacote, inserido cirurgicamente
no seu abdômen, se rompe, e ela começa a fazer uso total da sua capacidade
cerebral. Ela está linda, de início com a cara de assustada mais encantadora do
planeta e, depois, tirando partido do seu olhar enviesado (veja aí do lado...), especialmente quando
diz que consegue sentir a rotação da Terra e o fluxo de sangue nas suas veias –
imagino que também poderia sentir o meu, pulsando, quando a vejo.