GRACE
DE MÔNACO (GRACE OF MONACO, USA, FRANCE, 2014) – Biopics sempre têm seu
quinhão de controvérsia, por vários motivos, principalmente por apresentarem, em
muitos casos, uma versão mais fantasiosa do que real da vida dos personagens enfocados
neste tipo de produção. Nicole Kidman tem uma atuação honesta, como sói
acontecer com seus papéis, mas, na realidade, o roteiro não ajuda muito, mostrando,
principalmente a sua dificuldade de adaptação às obrigações da realeza e a
vontade, reprimida por Ranier, de voltar a atuar em Hollywood. O excelente Frank
Langela aparece num papel pequeno, mas, quando está em cena, ele mostra como é
bom ator. De todo modo, o filme traz de volta um aspecto histórico sobre o qual
poucos falam: o Atlantismo, doutrina política que advoga uma intensa cooperação
entre os EUA e os países europeus. Com a globalização contemporânea, acabou
ficando mal vista.