sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

3045 - BRIGHT

       BRIGHT (USA, 2017) – A Netflix investiu pesado nesta produção que chega ao serviço de “streaming” sem precisar do aval dos estúdios de Hollywood. Isto, certamente, serviu para que se visse com bons olhos um roteiro com bases pouco originais, mas que agrega elementos fantásticos a uma história que, em princípio, todo mundo já conhece. Então, BRIGHT pode ser definido como uma mistura de MÁQUINA MORTÍFERA com O SENHOR DOS ANÉIS, que o diretor David Ayer (do indesculpável ESQUADRÃO SUICIDA) leva adiante sem medo de errar e com uma saudável ousadia. É numa Los Angeles barra-pesada que o policial Dary Ward (Will Smith) se vê obrigado a trabalhar com Nick Jakoby (Joel Edgerton) o primeiro policial orc do país, uma novidade que encontra resistência em todos os setores. A partir daí, o que se vê é todo mundo em pé de guerra, numa cidade em que latinos, asiáticos, negros, brancos e, evidentemente, seres estranhos que pipocam em várias formas e cores, vão formando um painel de confronto de facções. BRIGHT tem jeito de piloto de série, o que creio ser o desejo dos seus protagonistas e dos produtores, apesar dos clichês dos filmes sobre duplas desajustadas, correria, explosões e diálogos pouco inspirados. Apesar dos pecadilhos, BRIGHT pode agradar  alguns exatamente pela aparente despretensão e pela coragem de revestir um modelo consagrado com uma boa camada de hibridismo exótico.