domingo, 17 de novembro de 2019

3369 - MIL VEZES BOA NOITE

Resultado de imagem para 1 000 times good night (2013)
Juliette Binoche

  MIL VEZES BOA NOITE (1,000 TIMES GOOD NIGHT, Noruega, Irlanda, Suécia, 2013) – Rebecca (Juliette Binoche) é uma famosa fotógrafa de guerra, sempre em lugares perigosos, de onde a volta é sempre incerta. É exatamente isso que afeta seu marido e suas duas filhas. O filme trata de temas bem atuais, de modo bem reflexivo, coisa rara nas produções mais recentes: o foco na fotografia jornalística dá margem ao aspecto ético de se tirar fotos de pessoas nas mais precárias condições de sobrevida, na esperança/pretensão de que estas imagens provoquem uma reação global a respeito dos problemas retratados. Será isso o dilema de todos os fotógrafos? Ainda há o risco da banalização das imagens numa época em que, por excesso, elas se tornam quase invisíveis e, assim, incapazes de provocar emoções. O diretor Erik Poppe, ele mesmo um fotógrafo de zonas de conflito, expõe estas questões ao colocar Rebecca na encruzilhada existencial que talvez seja injusta com ela: seguir sua vocação/missão, ou acomodar-se numa vida doméstica que, em determinado momento do filme, ela mesma define: o trabalho mais difícil é o de casa. Rebecca (Juliette Binoche) is a famous war photographer in conflict zones, from where it is always difficult to come back. That what affects her husband and her daughters. The movie is reflexive about its themes: the focus is on journalistic photography and its ethical aspect of taking pictures of people suffering in the most precarious situations, hoping that these images can provoke a global reaction about these problems. Would this be the great dilemma of all photographers? Moreover, there is still the risk of banalization of the images during a time in which their excess makes them almost invisible and, thus, unable to raise emotions. The director Erik Poppe, a war-zone photographer himself, displays all these issues when he puts Rebecca in an existential and unfair quandary: follow the calling or settle down in a domestic life, which she defines as the hardest work of all.