Peter Finch e Liv Ullmann |
. HORIZONTE
PERDIDO (LOST HORIZON, USA, 1973) – É curioso que o filme não tenha
tido sucesso de público e de crítica na época do lançamento – apesar de algumas
sequências, de fato, estética e artisticamente duvidosas, o filme funciona como
escapismo e mensagem de esperança, além de suscitar algumas questões
importantes sobre o então mundo desumanizado. O fato de ser um musical (score
assinado por Burt Bacharach), numa época em que os musicais já haviam saído da
moda, põe o filme numa região de risco: qualquer ousadia poderia parecer um excesso
deletério na concepção fílmica. Isso se comprova nas cenas deletadas, que agora
podem ser vistas em DVD. De fato, são ruins. Ne entanto, após a edição providencial,
o resultado é harmonioso e, diria, emocionante. Richard Conway (Peter Finch) é
um personagem que descobre o sentido de sua vida em Shangri-lá e o amor de
Catherine (Liv Ullmann), o que não é pouca coisa. It is curious that the movie was a box-office
and critical failure at the time – despite some questionable sequences, the
movie works as escapism and message of hope, besides raising some important issues
about a dehumanized world. Being a musical (Burt Bacharach is responsible for
the score) in a time the musicals were not popular anymore, puts the movie in
jeopardy: any bold movement could have seem a harmful to the filmic conception.
This can be observed in the deleted scenes that can now be seen on DVD. They are
indeed cheesy. Nevertheless, after the providential editing, the result is
harmonious and, I should say, touching. Richard Conway (Peter Finch) finds sense
in his life in Shangri-la and the love of Catherine (Liv Ullmann), which is not
less.