hollywoodland, bastidores do poder (hollywoodland, usa 2006) – de Allen Coulter, diretor de Sex and the City e Os Sopranos. Retrato sórdido, no melhor estilo noir, do amor, do poder e da fama na Hollywood dos anos 50, tendo como pano de fundo um crime típico das encenações exibidas nas grandes salas da Sunset Boulevard. Em 1959, George Reeves (Ben Affleck, 15 de agosto de 1972, Califórnia), já decadente astro da série As Aventuras do Super-Homem, produzida entre 51 e 58, é encontrado morto com um tiro na sua mansão – caso considerado suicídio pela polícia. O detetive Louis Simo (Adrien Brody, 14 de abril de 1973, Nova York), no entanto, não está convencido da história oficial e descobre o caso de amor entre Reeves e Toni Mannix (Diane Lane, 22 de janeiro de 1965, Nova York), esposa do poderoso produtor de cinema Eddie Mannix (o ótimo Bob Hoskins, 26 de outubro de 1942, Inglaterra). É a velha história: pode-se ficar famoso por viver em Hollywood e se tornar uma lenda quando se morre lá. O roteiro alfineta o lado mafioso de Hollywood, numa época em que os estúdios praticamente controlavam a vida de seus astros, e seus diretores eram capazes de qualquer perfídia para garantir lucros nas bilheterias. Paralelo a isso, vemos a superexposição de atores de seriados, que os condena a repetir o mesmo personagem e não ter outras oportunidades profissionais (o caso de Reeves). O título se refere ao famoso letreiro no qual, inicialmente, lia-se “Hollywoodland”, para promover o loteamento do local em 1920 – as últimas quatro letras foram removidas em 1949. Brody, Lane e Hoskins estão excelentes e, devo admitir, até Affleck se sai bem no papel de um ator com estampa e sem talento, até porque, para isso, ele não precisa interpretar mesmo.