frankenstein de mary shelley (mary shelley’s frankenstein, usa 1994) – de Kenneth Branagh. Visualmente caprichado, mas com um tom meio teatral demais. Até hoje não sei se a escolha de Robert de Niro foi adequada para viver a criatura que deu fama a Boris Karloff na década de 30. Acabou sendo uma criatura dotada de inteligência e chagada a arroubos filosóficos, como mostrou em várias cenas em que divaga sobre a sua condição. Helena Bonhan Carter, com sua carinha de boneca, faz Elizabeth, noiva de Victor Frankenstein (Branagh) e mulher na vida real de Branagh na época. O desaparecido Tom Hulce, que brilhou em
Amadeus fazendo o próprio Mozart, volta aqui como ajudante de Victor na sua obsessão de criar vida com as próprias mãos. John Cleese, do Monthy Python, faz o cientista que vê em Victor o talento e obstinação suficientes para levar a cabo suas experiências. Não um grande filme, mas tem o mérito de não se basear totalmente no clássico de Karloff.