(PLANET OF THE APES, USA 1968) - A produção, dirigida por Franklin J. Schaffner (Papillon), foi escrita por Michael Wilson (Lawrence da Arábia, A ponte do rio Kwai) e Rod Serling (do seriado de TV Além da Imaginação) e é baseada no romance de Pierre Boulle, La Planète des singes. A importância do filme para a ficção científica e para a história do cinema é inegável. O filme foi indicado a três Oscar da academia em 1969: Figurino (Morton Haack), maquiagem (vencedor - John Chambers) e trilha sonora (Jerry Goldsmith). Além dos efeitos especiais inovadores para a época, PLANET OF THE APES trazia uma crítica social provocadora e surpreendente. Enquanto os humanos se parecem com seres da idade da pedra, os macacos se tornaram a espécie dominante. Divididos por castas, raças e ideologias, os símios têm em comum apenas um inimigo: o homem, que é utilizado para trabalhos braçais, experimentos científicos e como caça, pura e simples. Essa distorção da teoria da evolução, simplista a princípio, é uma mera camada entre os diversos níveis a se descobrir na produção. Discussões como o racismo, escravagismo, estruturas sociais, guerra nuclear e o confronto entre a ciência e religião podem ser descobertos no filme. Além de todas as discussões, o filme tem um final surpreendente. Um dos melhores do cinema de ficção. Claro, para enfeitar, Linda Harrison, namorada de um dos produtores da época, acabou fazendo a humana que Charlton Heston arrasta pela praia afora, no fim do filme.