segunda-feira, 25 de março de 2013

2050 - A CIDADE DOS CONDENADOS

(VILLAGE OF THE DAMNED, USA 1995) - esta refilmagem do original de 1960, por John Carpenter, traz algumas surpresas, como a última atuação de Christopher Reeve, antes do acidente que o deixou paraplégico. É curiosa a atuação de Kirstie Allen, supostamente séria, mas com alguns trejeitos da Rebecca de "Cheers" - apesar de boa atriz, fica claro que sua praia é mesmo a comédia. Mark Hammil - o eterno Luke Skywalker - faz um  padre, e Michael Paré (de Ruas de Fogo) só aparece no início, num papel pequeno, o que confirma sua equivocada carreira de ator de primeiro time. Linda Kozlowski (de "Crocodilo Dundee") completa o elenco dos mais conhecidos, numa atuação com muito menos viço do que nos filmes com Paul Hogan. Este remake traz violência mais explícita, o que não faz do filme um novo clássico. A história é uma adaptação do livro "The Midwich Cuckoos", de John Wyndham. De fato, o que mais interessa neste filme é a presença de Reeve, injustamente estereotipado como Super-Homen, o que nos leva à reflexão sobre como alguns atores nunca se livraram de alguns personagens. Ator de formação erudita, Christopher Reeve estudou em Cornell, encenou Shakespeare na Grã-Bretanha e aprofundou seus estudos de arte dramática em Juilliard. Mas só ficou famoso mesmo quando vestiu um collant azul e uma sunguinha vermelha para encarnar o Super-Homem nos cinemas. Antes de fazer o papel, Reeve mal conseguia participar de testes para bons papéis. Depois de quatro filmes do “homem de aço”, até disputava alguns deles, mas raramente era escolhido: a identificação com o personagem era estreita demais. Era a imagem da força e da resistência, mas ficou tetraplégico ao cair de um cavalo em 1995. Transformado em herói da vida real – pela coragem ao enfrentar suas limitações -, morreu em 2004.