sábado, 31 de outubro de 2015
2705 - TRANSCENDENCE, A REVOLUÇÃO
TRANSCENDENCE , A REVOLUÇÃO (TRANSCENDENCE, USA 2014) – Primeiro de tudo: filme com Morgan Freeman é obrigatório. Transcendence é a ficção científica que marca a estreia na direção de Wally Pfister. Na trama, cientistas trabalham para criar o primeiro computador com
consciência. Quando um grupo de terroristas anti tecnologia assassinam um dos
pesquisadores (vivido por Johnny Depp), a esposa (Rebecca Hall, linda, encantadora, mesmerizante) do cientista
faz um upload do cérebro do marido para o protótipo do computador. Inicialmente,
ela entende que o experimento fracassou, mas logo percebe que a mente dele está
viva dentro da máquina. Jack Paglen assina o roteiro. Kate Mara, Paul Bettany,
Cory Hardrict, Cole Hauser e Cillian Murphy também estão no
elenco. Christopher Nolan cuida da produção-executiva. Na trama, cientistas
trabalham para criar o primeiro computador com consciência.
2704 - MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO
MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO (STRANGER THAN FICTION, USA 2006) – Will Ferrell é Harold Crick, um homem metódico, de hábitos tão rígidos que, quando começa a ouvir dentro de sua cabeça uma voz de mulher, inglesa, que narra cada um dos seus gestos com mais estilo, e melhor escolha de palavras, do que ele próprio estaria apto a empregar, percebe que algo excepcional está prestes a acontecer. Com a ajuda de um professor de literatura (Dustin Hoffman), Harold descobre que passou a ser o personagem de um romance que está sendo escrito por Kay Eiffel (Emma Thompson). Quando descobre que Kay vai matar seu personagem central, que é ele próprio, Harold tenta convencê-la a mudar o desfecho. O mais interessante nesta história que tem laços fortes com o universo fantástico é mostrar que mesmo as pessoas das quais se costuma desdenhar podem conter gestos insuspeitáveis de grandeza. O diretor Marc Foster vira do avesso o batido mote do ‘loser que desabrocha’. O cinema indie de Hollywood tem forte tendência à fracassomania - quanto mais desgraçado o personagem principal, mais bonita será a sua volta por cima. Forster subverte a situação com ironia: até o próprio Crick sabe que é um perdedor, porque há uma voz, contando sua história, que não para de repetir isso. A autoconsciência hamletiana é a grande chave do filme. Somente ao entender a sua própria situação Crick tem a chance de domá-la. Nesse ponto, não há metalinguagem maior: onisciente, o personagem deixa de ser marionete do contador de história. Isto é, destronar o narrador da confortável posição de tirano, de dono total de sua biografia, é a grande sacada do autor deste roteiro. Maggie Gyllenhall está impressionantemente graciosa como objeto de paixão de Harold.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
2703 - A GAROTA DA VITRINE
A GAROTA DA VITRINE (SHOPGIRL, USA 2005) – Rara e importante incursão de Steve Martin na seara dramática, SHOPGIRL, escrito por ele próprio, é uma espécie de peça de câmara sobre os desesperadamente solitários. Este grupo é representado pela jovem Mirabelle (Claire Danes), que passa horas olhando para o nada, detrás do balcão da loja de departamento Saks; pelo desajeitado Jeremy (Jason Schwartzman); e por Ray Porter, um milionário que se encanta por Mirabelle. No filme, os romances não começam porque a paixão ou a afinidade aconteceram. Antes, começam por causa do vazio – daquilo que não aconteceu entre os personagens. O tailandês Anand Tucker dirige o filme com suavidade e delicadeza, como se não quisesse ele próprio ferir os sentimentos destas pessoas já tão tristes ou menosprezar a sinceridade de seus esforços românticos. A questão da necessidade de companhia também aparece discutida, sempre envolta na consideração que cada um dos envolvidos tem com o outro. Claire tem um pé lindo.
2702 - VAMPIROS DE ALMA
VAMPIROS DE ALMAS (THE INVASION OF THE BODY SNATCHERS, USA 1956) – A invasão a que se refere o título original tem a ver com alienígenas que ocupam os corpos de pessoas de uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos. Ficção científica? Sim, em princípio. Mas o que estava por trás das intenções do diretor Don Siegel era mostrar uma metáfora do medo de uma suposta invasão comunista, fantasma que assombrou a América por mais de duas décadas no pós-guerra. O tema era a paranoia da época, o medo que os comunistas tomassem conta do país mais capitalista do mundo. Era o tempo do Macartismo. Após a Segunda Guerra Mundial, a divisão do mundo entre comunistas e capitalistas ficou exacerbada. Esse duelo ideológico alcançou lugares inimagináveis com a Guerra Fria. Como os Estados Unidos eram o maior representante do capitalismo, todos os comunistas que ali residiam passaram a ser amplamente perseguidos. Tudo isso foi muito bem orquestrado pelo senador republicano Joseph Raymond McCarthy. Os seus discursos conjuntamente com os diversos projetos de lei foram referência para caçar e perseguir todos aqueles que tinham atitudes suspeitas. Isso quer dizer que qualquer cidadão americano poderia ser investigado para ver se ele possuía uma conduta comunista. O filme foi selecionado para estar na Biblioteca do Congresso, por sua significância histórica, cultural e estética.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
2701 - AGENTE DO FUTURO
AGENTE DO FUTURO (AUTOMATA, Bulgária, Espanha, USA e Canadá,
2014) – Tão surpreendente quanto excelente
thriller de ficção científica, como também um improvável Antonio Banderas como
protagonista. Ele é Jacq Vaucam, uma espécie de agente de seguros de uma fábrica
de robôs que, num futuro distópico (a Terra está praticamente destruída), investiga
o fato de algumas destas unidades terem se tornado autônomas e com conduta
independente das ordens humanas. O roteiro mistura um pouco de BLADE RUNNER com
DISTRITO 9, mas funciona, apesar de algumas pontos obscuros e mal explicados. Como
eu gosto de robôs e me interesso por filmes que discutam a relação deles com os
humanos, especialmente quando estão, ambos, num cenário pós-apocalíptico, considero o filme bem interessante.
domingo, 25 de outubro de 2015
2700 - A ENTREVISTA
A ENTREVISTA (THE INTERVIEW, USA 2014) – O filme, em si, não justifica o alvoroço que provocou quando supostamente
provocou a ira do já não muito certo da cabeça Kim Jon-um, ditador da Coréia do
Norte. Foi justamente por causa desta reação estúpida – hackeando e-mails da Sony
e ameaçando explodir cinemas – que o pequeno ditador acabou jogando os holofotes
sobre este esquete absurdista, bem ao estilo daqueles que o diretor John Landis
fazia nas décadas de 70 e 80, em filmes como o ótimo AS AMAZONAS NA LUA. O roteiro
e a direção de Seth Rogen trazem o que ele costuma fazer: muita escatologia, egotismo
desenfreado, piadas de sexo totalmente sem noção. O filme funciona, se não
tivermos qualquer expectativa, além do humor fácil, sem compromisso com a
inteligência. No entanto, possui uma atração imperdível: a bela Lizzie Kaplan,
como uma agente da CIA. Tão linda, que a gente até esquece que está assistindo
a um filme feito à base de brincadeira. Chequem aí embaixo.
sábado, 24 de outubro de 2015
2699 - VIRANDO A PÁGINA
VIRANDO A PÁGINA (THE REWRITE, USA 2014) – Keith
Michaels (Hugh Grant), é um roteirista premiado no passado, que agora amargando o
desemprego. Por sugestão de sua agente, ele aceita dar aulas de roteiro na Universidade
de Binghamton, no estado de Nova Iorque. Assim como nos outros filmes, Hugh faz
o personagem meio perdido e atrapalhado, numa sequência de situações em que demonstra
sua inabilidade para lidar com os fatos e as pessoas – e isso ela faz com
natural maestria, sempre nos inspirando certa empatia com sua aura de desajustado.
Claro que ele encontra uma mulher bonita (Marisa Tomei, ainda encantadora), que tem tudo a ver com ele, e,
assim, vai encontrando seu lugar no mundo prático e dos sentimentos. O roteiro,
sempre a serviço de Grant, que retribui com generosidade, se destaca pelo humor
ácido e irônico de um inglês em solo americano. Há várias citações de filmes e artistas,
o que faz quem for ligado em cinema tirar melhor proveito da história. Apesar de ser praticamente uma refilmagem do roteiro de LETRA E MÚSICA, com os mesmos Grant e o diretor Marc Lawrence, THE REWRITE surpreende pela revelação do amadurecimento dos dois, depois dos sete anos que separam as duas produções. No elenco, J.K. Simmons, excelente, mesmo num papel muito abaixo de seu imenso talento.
terça-feira, 20 de outubro de 2015
2698 - PRA QUEM FICA TCHAU
PRA QUEM FICA TCHAU! (BRASIL, 1970) – Um dos melhores filmes dirigidos por Reginaldo Faria, neste período pré-pornochanchada, em que pululavam produções que enfocavam, principalmente, a vida dos playboys de Copacabana, então o lugar mais badalado da zona sul carioca. Reginaldo volta a viver seu personagem Didi, um bon-vivant que vive paquerando as mulheres que conhece na praia ou nos bares. Recebe, então, em seu apartamento, seu primo Lui (Stepan Necerssian), que acaba se apaixonando por uma mulher um pouco mais velha (Rosana Tapajós). O filme é um escapismo delicioso, mostrando como devia mesmo ser a juventude naquela época romântica e, até certo ponto, pudica nas suas intenções – as histórias só se apimentariam a partir das reais pornochanchadas, que começariam a ser produzidas logo depois. Filmes com rapazes e moças hypados, festinhas em apartamentos minúsculos, trilhas-sonoras pra frentex, e Copacabana ao fundo, acabaram sendo produzidos ad nauseam, o que levou, nos anos seguintes, muitos diretores e produtores da época a se dedicarem à mesma estética sexualmente urbana, mais só com o vetor contrário, apontando suas lentes para subúrbios e periferias.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
2697 - ANTES DA MEIA-NOITE
ANTES DA MEIA NOITE (BEFORE MIDNIGHT, USA 2013) – Dos três filmes dirigidos por Richard Linklater,
com Ethan Hawke e Julie Delpy, esta talvez seja o menos atraente, sob o ponto
de vista estritamente romântico. Sim, aqui, Jesse e Céline, casados e com filhos,
estão em férias na Grécia e, para variar, resolvem discutir a relação. De fato,
a iniciativa é de Céline que, desta vez que revi o filme, me pareceu ir um
pouco além do razoável nos questionamentos com Jesse. Ele, por sua vez, está
menos manipulado pela engenharia verborrágica da mulher, contrapondo bons argumentos
sempre que ela está a ponto de extrapolar. A cena final, em que ele lê uma
hipotética carta que uma Céline do futuro manda para a atual, é delicada e vale
o filme. Julie Delpy continua sendo linda, sensível e completamente mesmerizante.
2696 - QUANTO MAIS IDIOTA MELHOR
QUANTO MAIS IDIOTA MELHOR (WAYNE’S WORLD, USA 1992) – A dupla Mike Myers e Dana Carvey já fazia um baita
sucesso no SNL, quando foi convidada para estrelar este filme com a manjada fórmula
de enfileirar esquetes similares àqueles da TV, para não ter que correr muito risco.
Neste caso, funcionou muito bem, e o filme não envelheceu de todo, apresentando
algumas boas tiradas em cenas bem engraçadas. Uma delas é com Carvey, numa
lavanderia, contracenando com Kim Basinger, a grande estrela sensual da época;
a outra é a que Myers reclama que puseram um ator ruim para uma cena, e é logo
atendido pela produção, que traz imediatamente Charlton Heston, para dizer as
falas. Tudo num clima de nonsense, mas que, visto com a devida lente, passa a
ser bem aceitável. Ah, em outra sequência, Carvey está na casa do personagem de
Kim Basinger, sendo seduzido por ela ao som de Garota de Ipanema, com João Gilberto.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
2695 - A ENTREGA
A ENTREGA (THE DROP, USA 2013)
– Último filme de James Gandolfini, o que já seria motivo suficiente para assistir a este excelente drama perpassado por laivos mafiosos. E Jim não decepciona: entrega uma atuação estupenda, misturando o clima de OS SOPRANOS com níveis de sutileza, dando um toque final mágico ao seu talento. Mas, além dele, Tom Hardy também brilha com um personagem denso, que quase não fala, mas que parece ter uma consciência hamletiana de tudo que ocorre no bar em que trabalha junto com o primo (Gandolfini). O ritmo lento ajuda na construção da atmosfera sombria de um filme que vem se tornando meio raro em Hollywood, por não apelar para diálogos rasos, perseguições de carros e subsequentes explosões, cardápio perfeito para quem não tem nada na cabeça. THE DROP é, pois, um filme obrigatório por causa de Jim Gandolfini e Tim Hardy, e também porque faz jus ao verdadeiro cinema de qualidade. O diretor belga Michaël R. Roskam, do formidável BULLHEAD, é um mestre da tensão, da textura e das maneiras intangíveis com que vidas separadas podem se conectar.
– Último filme de James Gandolfini, o que já seria motivo suficiente para assistir a este excelente drama perpassado por laivos mafiosos. E Jim não decepciona: entrega uma atuação estupenda, misturando o clima de OS SOPRANOS com níveis de sutileza, dando um toque final mágico ao seu talento. Mas, além dele, Tom Hardy também brilha com um personagem denso, que quase não fala, mas que parece ter uma consciência hamletiana de tudo que ocorre no bar em que trabalha junto com o primo (Gandolfini). O ritmo lento ajuda na construção da atmosfera sombria de um filme que vem se tornando meio raro em Hollywood, por não apelar para diálogos rasos, perseguições de carros e subsequentes explosões, cardápio perfeito para quem não tem nada na cabeça. THE DROP é, pois, um filme obrigatório por causa de Jim Gandolfini e Tim Hardy, e também porque faz jus ao verdadeiro cinema de qualidade. O diretor belga Michaël R. Roskam, do formidável BULLHEAD, é um mestre da tensão, da textura e das maneiras intangíveis com que vidas separadas podem se conectar.
terça-feira, 13 de outubro de 2015
2694 - BOYHOOD, DA INFÂNCIA À JUVENTUDE
BOYHOOD, DA INFÂNCIA À JUVENTUDE, USA 2014) – Richard Linklater é um diretor especial, que
consegue algo raro: mistura, com talento incomum, o discurso verbal com uma enxurrada
de imagens, atingindo com isso a alma de quem assiste aos seus filmes. Foi assim
com ANTES DO PÔR DO SOL e suas duas sequências. Agora, com BOYHOOD, ele
atinge domínio total da linguagem (poética) cinematográfica. Tão sereno,
curioso e gentil é o filme que, enquanto ele vai transcorrendo, mal se percebe quão
sublime e definitiva é a experiência de vê-lo. Só o fato de manter a coesão dramática
de um elenco durante doze anos já seria, por si, um feito memorável. Colocar-nos
dentro de uma história emocionante, que em tudo nos inspira uma identificação
imediata e profunda, é coisa para escrever seu nome entre os grandes que
souberam manejar a lente de uma câmera. Desde a primeira cena, em que nos
reencontramos com aquela sensação de deslumbramento mesmerizante, através dos
olhos de Mason (Ellar Coltrane, fantástico), até a última, em que seu olhar
encontra um horizonte aberto à sua frente, convidando-o para ingressar no mundo
adulto, caminhando pelos próprios pés, BOYHOOD é uma experiência cinematográfica
revolucionária para quem entende que o cinema, no mínimo, é a arte que mais se
assemelha, metaforicamente, à vida.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
2693 - OPERAÇÃO BIG HERO
OPERAÇÃO BIG HERO (BIG HERO 6, USA 2014) – Como eu gosto muito de robôs, não podia perder
esta animação da Pixar que segue um filão prolífico da cultura pop recente: a
exaltação da cultura geek. Há quase uma mensagem pedagógica nas entrelinhas,
que pode ser entendida como um estímulo aos estudos, embora quase não se veja
nenhum personagem realmente devorando livros. Com a ajuda do fofo (literalmente)
robô Baymax, inventado pelo irmão, Hiro Hamada, após uma virada trágica, vai
caçar o bandido da história. Neste momento, o roteiro aponta para uma receita
infalível: Baymax foi criado para ser um prestativo e inofensivo médico doméstico,
não para lutar contra gênios do mal. Boa parte do encantamento da história vem
do contraste entre a natureza pacífica do robô, com suas formas rechonchudas, e
as situações de destruição em escala industrial nas quais ele se envolve. OPERAÇÃO
BIG HERO reinventa, assim, a clássica história de amizade entre um menino e seu
animal de estimação, no caso, um robô.
domingo, 11 de outubro de 2015
2692 - O MENSAGEIRO
O MENSAGEIRO (KILL THE MESSENGER, USA 2014) – O diretor Michael Cuesta, veterano das séries como
A SETE PALMOS e DEXTER, conta a história de Gary Webb, um repórter de um
pequeno jornal californiano, que, em 1995, topou com uma história que lhe pareceu
absurda, mas apetitosa demais para ser ignorada: a CIA acobertava as atividades
de certos figurões do narcotráfico, para que eles ajudassem a financiar os
contras – as milícias antissandinistas na Nicarágua. Jeremy Renner interpreta o
jornalista com a intensidade de sempre, até descobrir que também está mexendo
com gente graúda e perigosa que não vão parar até desacreditá-lo. Este é um dos
filmes que mostram como o cinema americano é corajoso, ao expor as mazelas do
governo e de suas agências.
sábado, 3 de outubro de 2015
2691 - TEIA DE MENTIRAS
TEIAS DE MENTIRAS (THE TRIALS OF CATE MC CALL, USA 2013) – Ver Kate Beckinsale
é sempre uma experiência estética, por isso, considero qualquer filme com ela uma doce
obrigação. Neste, ela tem a oportunidade de mostrar, também, que é uma boa
atriz e que deveria ter tido mais bons papéis na sua carreira. Ela é a Cate do
título, uma advogada que luta para ter a guarda da filha, mas que enfrenta
problemas de alcoolismo. Ao ser designada a defender uma jovem de assassinato,
ela começa a ver que a verdade pode estar diluída nas volutas deste caso
criminal. Nick Nolte aparece como seu conselheiro, mas com um rabo de cavalo
que poderia ter sido evitado. Para quem gosta de filmes de tribunal, é uma boa
sugestão. O eterno James Cromwell faz um juiz meio safadinho.
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