sábado, 20 de outubro de 2007

145 - PEARL HARBOR


pearl harbor (pearl harbor, eua 2001) – de fato, é sempre constrangedor assistir a um filme com Ben Affleck (15 de agosto de 1972) no elenco, e Pearl Harbor confirma a regra. Ele, magistralmente, consegue ser ruim o tempo todo, sem nenhum momento que se salve. Na ficha técnica, ficamos sabendo que esta foi a produção que mais bombas usou numa filmagem até então – isso explica Affleck no papel do protagonista Rafe que, junto com seu melhor amigo Danny (Josh Harnett), se torna um grande piloto de caça durante a segunda guerra. Acabam se apaixonando pela bela enfermeira Evelyn (Kate Beckinsale, 23 de julho de 1973, Londres), que se envolve com Rafe na véspera de ele partir para uma missão na Inglaterra. Aí, tudo vira um dramalhão mexicano, até a impressionante seqüência do bombardeio a Pearl Harbor – realmente, um primor de técnica quase sem defeitos. Eu não me lembrava do apuro realista e convincente do ataque japonês aos americanos. De resto, uma visão unilateral mostrando os americanos como os bonzinhos da história, enganados pelos japoneses para, então, serem “covardemente” atacados sem condições de revidar. Esse é o segundo grande defeito de Pearl Harbor (o primeiro, lógico, é Affleck): não fazer uma autocrítica histórica que permitiria uma melhor compreensão do complexo contexto daqueles anos de guerra. Jon Voight (29 de dezembro de 1938) está bem no papel do presidente Roosevelt, embora seja possível ver algumas imperfeições na maquiagem, especialmente nos close-ups. Kate está linda como sempre e é excelente atriz. Josh Harnett (21 de julho de 1978) faz o papel com correção, e Cuba Gooding, Jr. (02 de janeiro de 1968) não surpreende com um papel pequeno, mas marcante. Alec Baldwin está exagerado como o coronel Doolittle. A linda Jennifer Garner (17 de abril de 1972) é uma das enfermeiras que, além de ajudarem os feridos de guerra, estão lá para acharem um marido. Infelizmente, na vida real, acabou se casando com Affleck. Direção de Michael Bay, num filme longo demais que mereceria um roteiro à altura dos ótimos efeitos especiais.