sexta-feira, 1 de agosto de 2008

606 - POLLOCK

pollock (pollock, usa 2000) – de Ed Harris. A história de Jackson Pollock é pesada e tensa, pois assim foi a vida atormentada do pintor. Foi o primeiro filme de Harris (28 de novembro de 1950) como diretor e, neste caso, também como protagonista. Márcia Gay Harden (14 de agosto de 1959), desta vez, é a mulher com quem ele casa e de cuida dele com ares maternais e por este papel ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Harris sempre quis fazer este filme porque, quando criança, seu pai lhe deu um livro sobro Pollock porque achou que ele parecia muito com o pintor. Harris, inclusive, aprendeu a pintar com a técnica usada por Pollock, usando pincéis como varetas, sem que eles tocassem a tela. O filme é pesado e dramático, como realmente foi a vida do personagem. Pollock era um artista angustiado, dividido entre sua produção e a necessidade de servir ao mercado nem sempre sensível às sutilezas da arte. Harris está notavelmente imerso no personagem e faz um belíssimo trabalho. Destaque para Jeffrey Tambor, um ator excelente que brilhou também em O Encontro Marcado. O que Pollock criou foi um sistema de signos que ele recusava imbuir de mensagem ou de sentido. O estilo novo tornou-se conhecido como o expressionismo abstrato. Os artistas da geração de Pollock, assim como os da geração que se seguiu, começaram suas carreiras em meio ao caos social e moral durante os anos da Depressão americana e tendo ao fundo o pesadelo da Segunda Guerra Mundial na Europa