quarta-feira, 17 de julho de 2013

2095 - O HOMEM DE AÇO

(MEN OF STEEL, USA 2013) - esta versão de Zack Snyder é tudo menos um filme do Superman, apesar de recorrer a alguns elementos dos filmes de Donner. Temos, então, uma mistura de invasão alienígena com as manjadas histórias de ETs perdidos na Terra. Não é à toa que este reboot se chama "Man of Steel" e ignora olimpicamente a versão anterior de Bryan Singer (que fazia mais a linha da vida de Cristo). Uma das novidades é a ousadia de explicar o significado do S no peito do heroi: "esperança" no idioma kriptoniano. Aliás, nada de kriptonita neste filme. Por vezes, me lembrei de Starman, de John Carpenter, sucesso dos anos 80, com Jeff Bridges. Snyder é o Tim Burton da nova geração, mais para o pop do que para o sombrio universo de Burton. Talvez por causa desta característica, ele aborda a história sob uma ótica bem pessoal: Kal-El é um alienígena que não sabe porque está aqui e, quando descobre, tem que dar conta do inimigo, o General Zod, fazendo uma coisa que jamais pensaríamos que ele ousaria (não vou "spolear", claro), justamente por não ser o Superman que conhecemos, mas o tal Homem de Aço forjado pela pós-modernidade. O elenco roda ajustadinho, com grandes nomes como Russel Crowe, no papel que já foi de Marlon Brando, de Jor-El, Kevin Costner e Diane Lane estão perfeitos como os pais adotivos de Clark, mas Amy Adams destoa do resto da turma com uma Lois Lane sem noção. Diane Lane deveria ter feito o papel duplo de mãe de Kal-El e de sua namorada - apesar de toda a implicação edipiana, Diane é muito mais bonita e talentosa do que Amy (e ainda é "Lane" de nascença!). Se você é fã radical, não vai engolir a ruptura feita por Snyder; se o Super-Homem não está entre seus herois favoritos, vai achar graça como sci-fy.