(PRETTY WOMAN, USA 1990) - Julia Roberts realmente estava linda neste filme que, mesmo depois de tanto tempo, não perdeu o frescor e a mágica que o transformaram num grande sucesso. Era o papel da sua vida. Assim como também aconteceu com Richard Gere, perfeito como o executivo meio "aloof", meio culpado por fazer fortuna com a falência de grandes empresas. E é a mesma relação conflituosa com dinheiro que aproxima os dois personagens, Edward e Vivian, numa noite movimentada em Los Angeles. Embora o filme tenha sido vendido como uma versão moderna de Branca de Neve, ou seja, da moça pobre e humilhada que acaba casando com o improvável príncipe, acho que o roteiro acerta em muito mais coisas importantes. Uma delas é a então crescente necessidade de os indivíduos ostentarem objetos e até mesmo pessoas, como status social, configurando uma época marcada pela vaidade a qualquer preço. Gosto, especialmente, do personagem de Hector Heliozondo, que faz o gerente do hotel onde Edward está hospedado e que acaba sendo o protetor de Vivian. É dele a melhor atuação do filme.