quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

3695 - M, O VAMPIRO DE DUSSELDORF (1931)

M, O Vampiro de Dusseldorf - 1931 (Resenha) | Canto dos Clássicos
Peter Lorre

M, O VAMPIRO DE DUSSELDORF (M, Alemanha, 1931) – Esse primeiro filme falado de Fritz Lang é realmente uma obra-prima. Numa Alemanha em plena depressão no pós WWI, M é a história de uma cidade aterrorizada por um psicopata sequestrador e matador de crianças, Hans Beckett (Peter Lorre, assustador mesmo). O nazismo se estabelecia como força persecutória violenta, e isso se refletia na reação dos habitantes da cidade diante da sensação de insegurança cumulativa. Desta forma, pode-se considerar que a cidade, e não o assassino, seja o personagem principal de Lang. Isso fica evidente na cena em que, em um porão, um grupo de pessoas forma um júri popular para o julgamento sumário de Beckett. Polícia e o submundo do crime se juntam para encontrar o criminoso, mostrando uma semelhança, na época, entre esses dois grupos. As sementes do nazismo estão todas lá: autoritarismo, perseguição, violência, mentiras. Além disso, muito material sobre psicologia das massas (Escola de Frankfurt, rápido!), efeito Kuleshov e planos-sequências. Tudo muito atual. This first Fritz Lang’s talking movie is a definitive masterpiece. In a post WWI depressed Germany, M is the story of a city terrified by a child-murderer, Hans Beckett (Peter Lorre, too scary). At the time, Nazism was being established as a violent persecutory force, and this is reflected on the inhabitants’ behaviour in this insecure situation. Thus, the city is the main character, not the assassin. This is clear when a group of people in a basement is gathered to judge Beckett. Police and the criminals join forces to arrest him, and this mirrors the similarity between the two groups. The seeds of Nazism are all there: authoritarianism, persecution, violence, lies. Besides, plenty of material about mass psychology (School of Frankfurt, quick!), Kuleshov effect and sequence-plans. More uptodated impossible.