NÃO OLHE PARA TRÁS (DANNY COLLINS, USA, 2015) – Al Pacino é obrigatório. Aqui, ele é um velho astro do rock cuja vida é mudada ao saber, 40 anos depois, que John Lennon havia escrito uma carta para ele. A partir daí, ele reavalia sua vida de rock star e tenta recuperar sua relação com o filho. Só Al Pacino poderia fazer um papel assim, ao mesmo tempo leve e profundo, levando o espectador a uma reflexão sobre valores mais importantes na vida, sem cair numa abordagem piegas já vistas em outras produções. Pacino pode fazer isso, por ter um peso dramático em cena capaz de transformar profundamente quem o vê atuando. Foi assim em O PODEROSO CHEFÃO, é assim neste filme. Tocando tanto na rica veia da comédia dramática, como na pausa interpretativa, Al Pacino é uma das razões pelas quais amamos o cinema. Al Pacino is mandatory. Here, he is an ageing rock star whose life is changed when he discovers a 40-year-old letter written to him by John Lennon. From this point on, he reevaluates his life as rock star and tries to rescue his relationship with his stranded son. Only Al Pacino could play a character like that, at the same time light and deep, taking the viewer to considerate the most important values of life, without being corny. Pacino can do that, for his dramatic weight is something that makes something change inside us. It happened in THE GODFATHER and it does it again here. Tapping a rich vein of dramatic comedy and the interpretative pause, Al Pacino is one of the reasons why we love cinema. Prime.