o pecado mora ao lado (the seven year itch, usa 1955) – de Billy Wilder. Comédia adaptada de uma peça da Broadway de George Axelrod, que tinha o mesmo Tom Ewell no papel de Richard Sherman que, depois que sua família saiu de férias, ficou sozinho em seu apartamento em Nova York, disposto a não mais beber, não mais fumar e não mais procurar qualquer mulher. Acontece que a vizinha do andar de cima é Marilyn Monroe e, aí, fica difícil manter qualquer promessa. É um filme simbólico para a construção do mito Marilyn, principalmente por causa da cena em que a saia do seu vestido levanta quando o metrô passa sob a calçada. Na época, Marilyn estava casada com Joe DiMaggio há exatamente 9 meses e, ironicamente, o casamento acabou durante as filmagens. Explico: o título, em inglês, se refere a uma suposta coceira que acomete os casais depois de sete anos juntos, fazendo com que eles rompam a relação. Marilyn causou problemas durante as filmagens: chagava tarde e mal decorava suas cenas. Em algumas, repetia até 40 vezes o mesmo take até ficar bom. Wilder queria Walter Matthau, um novato na época, para o papel principal, mas a 20th Century Fox não queria correr o risco e indicou Ewell.