segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
1032 - JEANNIE É UM GÊNIO, 5a. TEMPORADA
JEANNIE É UM GÊNIO, QUINTA TEMPORADA, EPISÓDIOS 1 A 26 (I DREAM OF JEANNIE, USA 1969 – 1970) – a última temporada de Jeannie teve episódios inesquecíveis, a começar pelo engraçadíssimo “Dó Maior”, em que Tony é forçado a apresentar-se no Carnegie Hall, depois de Jeannie enfeitiçar um pequeno piano da sala de recreação da NASA. É nesta temporada que Tony e Jeannie se casam. Isso acontece no episódio “Os Esponsais”, em que o problema é que Jeannie não aparece nas fotos. A partir daí, a dinâmica da série se modifica um pouco, pois Jeannie passa a ser conhecida por todos, embora ainda mantenha seus poderes em segredo. Ficou muito parecido com as situações de A Feiticeira. Uma jovem Farrah Fawcett aparece em dois episódios como a namorada de Roger Healey. Agora, com a vida civil da protagonista, somos brindados com espetaculares vestidos curtos que Barbara Eden usa em quase todos os episódios - é só olhar aí do lado. Ela está linda como nunca. Em uma as histórias, contracena com seu marido na vida real, Michael Ansara, um sujeito de sorte, devo dizer. Sente-se, claramente, que no finalzinho os redatores pareciam já ter esgotado. todas as boas histórias.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
1031 - QUANDO OS ABUTRES TÊM FOME
QUANDO OS ABUTRES TÊM FOME (TWO MULES FOR SISTER SARA, USA 1970) – no empoeirado interior do México, uma freira que se diz perseguida por soldados franceses é resgatada por três cowboys. Porém, a religiosa tem um grande segredo para esconder dos homens que a salvaram. Elementos de faroeste, humor e filme de guerra são misturados com competência pelo diretor Don Siegel, um dos maiores especialistas em westerns do cinema.os três primeiros terços do filme são muito bons, com diálogos espirituosos, sequências em planos bem abertos que captam a aridez do deserto e esplêndidas atuações de Clint Eastwood e Shirley McLaine. No entanto, o diretor Don Siegel, que tantos filmes fez com Clint, perde a mão na parte final, com tomadas muito confusas da invasão do forte francês.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
1030 - O FIM DOS TEMPOS
O FIM DOS TEMPOS (THE HAPPENING, USA) – o filme é bem o estilo de M. Night Shyamalam, com todos os códigos invertidos, o suspense como pauta de ação, os personagens sendo levados pela impotência diante dos fatos e uma miríade de interpretações finais para o que seria a intenção do diretor, depois de tudo. O fato é que depois de passar tanto tempo sem entender o que se passa na tela, a gente tem vontade de que tudo aquilo acabe logo. Os atores parecem sentir o mesmo. Gostei mais de “A Vila”. O melhor de Shyamalam continua sendo “O Sexto-Sentido”.
1029 - ALÔ, ALÔ TEREZINHA
ALÔ, ALÔ TEREZINHA (BRASIL, 2008) – este documentário de Nelson Hoineff tinha tudo para não levar uma buzinada logo de saída, mas acaba derrapando em cenas que em nada contribuem para a memória do Chacrinha e de sua importância para a televisão, desde os anos 60. E são exatamente estes anos que estão fora do filme, o que é de se estranhar. Pois bem, ali estão as chacretes falando dos dias de glória e da penúria material e emocional em que se encontram hoje em dia, ex-calouros que parecem egressos de manicômios e outras esquisitices. Nos momentos sérios, Roberto Carlos, Fábio Jr., Agnaldo Timóteo e outros cantores aparecem com depoimentos pertinentes. O lado mais trash (sim, sempre dá para piorar) vem quando Nelson Ned distribui patadas no diretor, Baby Consuelo dá um sermão evangélico pelo celular, um fã beija a derriére de Rita Cadillac e a Índia Potira se despe das roupas e qualquer noção dançando pelada na fonte de sua cidade. Fica difícil superar isso.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
1028 - O RETORNO DOS JEDI
O RETORNO DOS JEDI (THE RETURN OF THE JEDI, USA 1983) – depois de assistir aos três filmes de uma vez, constatei que este último é, de fato, o mais fraco. O Império Contra-Ataca é o melhor da primeira trilogia. Agora, o conflito entre Darth Vader e Luke se agudiza, e coincidentemente, temos um Mark Hamill cada vez mais envelhecido. A única nota de destaque, mesmo assim sujeita a revisões mais isentas, é a sequência em que Carrie Fisher aparece de biquíni, durante a batalha no deserto. Mesmo Harrison Ford não escapa do fiasco da história, que arremata mal a saga dos Jedi. Os ursinhos carinhosos dos Ewoks são totalmente desnecessários à trama e infantilizam a saga. Nitidamente, a série preferiu seguir pelo caminho mais lucrativo, adotando uma narrativa mais leve na tentativa de atrair o público jovem (responsável pelas grandes bilheterias da época). A trilha de John Williams mantém a marcante música tema da série e suas empolgantes variações, enquanto o som se destaca nas cenas no espaço, com as naves cortando a galáxia, e no duelo entre Luke e Vader, onde podemos distinguir perfeitamente o ruído dos sabres de luz e a voz dos personagens.
1027 - O IMPÉRIO CONTRA-ATACA
O IMPÉRIO CONTRA-ATACA (THE EMPIRE STRIKES BACK, USA 1980) – de Irving Keshner. Depois de destruírem a Estrela da Morte, Luke, Hans e Leia são perseguidos por Lord Vader, neste que é considerado o melhor da primeira trilogia. De fato, é um grande filme, apesar dos persistentes e estranhos penteados da princesa Leia. A sequência da batalha no gelo, logo no início do filme, é antológica. Os diálogos são excelentes. E, claro, tem o Yoda e sua deliciosa sintaxe invertida. Sente-se uma unidade no roteiro e na interação com os personagens, coisa que inexiste no episódio seguinte.
1026 - GUERRA NAS ESTRELAS, UMA NOVA ESPERANÇA
STAR WARS, UMA NOVA ESPERANÇA (STAR WARS, A NEW HOPE, USA 1977) – de George Lucas. Ainda hoje, o filme empolga e mexe com o imaginário dos fãs de science-fiction, embora, no cotejo com os outros dois da trilogia, seja o mais fraco. Foi ruim a escolha de Carrie Fisher para o papel da Princesa Leia – não tem carisma, e fica ainda mais feia com aqueles penteados horrorosos. Mark Hamill também não convence muito como o herói Luke Skywalker, embora acabe dando certo quando se analisa o filme como um todo. Quem rouba as cenas é Harrison Ford, o mercenário Hans Solo, o melhor personagem da saga, juntamente com os adoráveis andróides C3PO e R2D2. O visual é cativante, com uma mistura inédita de futuro com Idade Média e charmosos efeitos especiais mecânicos.
1025 - A PROPOSTA
A PROPOSTA (THE PROPOSAL, USA 2009) – o filme é o que tem pior no cinema americano contemporâneo: uma comédia sem graça, sem originalidade, procurando, de todas as formas emular as produções pioneiras do gênero, principalmente as dos anos 40, com Cary Grant e as da década de 50, com Doris Day. Pois bem, o que vemos é uma Sandra Bullock atuando (!) sem a mínima inspiração, para tentar alavancar uma história implausível e constrangedoramente insossa. Quem, hoje em dia, engoliria uma história sobre uma editora-chefe que tentar forjar um casamento com seu secretário, para não ser deportada para o Canadá? Ryan Reynolds deveria pedir para sair, principalmente depois de estragar o casamento, na vida real, com Scarlett Johansson, o que é imperdoável. O único destaque vai para BettyWhite, da saudosa série Mary Tyler Moore.
1024 - AMELIA
AMELIA (AMELIA, USA 2009) – o roteiro foca-se em quase uma década na vida de Amélia Earhart e sublinha alguns aspectos interessantes da época, como a coragem de uma mulher que desafia os dogmas de uma sociedade conservadora e os então rudimentares instrumentos de navegação aérea para se tornar um ícone nacional. Hillary Swank, duas vezes ganhadora do Oscar, faz uma Amelia que devia ser mesmo uma mulher de verdade: corajosa, firme, obstinada e, ao mesmo tempo, romântica e incapaz de ser submissa aos homens. Talvez isso tenha sido o fator predominante para que George Putnam (Richard Gere, perfeito) tenha se apaixonado por ela. A fotografia é caprichada, com direito a longas tomadas aéreas a bordo do legendário Electra de Amelia. O figurino de época é primoroso.
1023 - CORAÇÃO LOUCO
CORAÇÃO LOUCO (CRAZY HEART, USA 2010) – Jeff Bridges tem uma atuação estupenda, que confirma o Oscar de Melhor Ator em 2010. Ele é Bad Blake, um cantor country que está em decadência artística e física, potencializada pelo alcoolismo e a solidão. Ao se apaixonar por Jean (Maggie Gyllenhaal, excelente), percebe que pode mudar a sua vida. Claro que a história está cheia de clichês, mas a presença magnética de Bridges se encarrega de consertar tudo. Inclusive, são ótimas as cenas em que ele canta. Graças a ele, o filme soa extremamente verdadeiro, e essa legitimidade que emana de Bridges reforça seu talento para construir seus personagens de dentro para fora. Blake não é uma figura patética, mas sim um homem que abraçou a própria decadência e fez dela uma marca de honra e de insubmissão. O tagline é claro: quanto mais dura a vida, mas doces são as canções. No elenco, Colin Farrell e Robert Duvall. E não se esqueça: nunca é tarde demais.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
1022 - UM HOMEM DE FAMÍLIA
UM HOMEM DE FAMÍLIA (FAMILY MAN, USA) – Jack Campbell (Nicolas Cage) um investidor entediado com sua longa vida de solteiro. Um belo dia, ele acorda e começa a imaginar como teria sido sua vida se tivesse se casado com Kate (Téa Leoni), sua namorada nos tempos de colégio. Até que, repentinamente, Jack acorda e se vê um feliz marido, casado com Kate, pai de duas crianças e levando uma tranquila vida no subúrbio. Há sempre razões para se assistir a este filme, por todos os motivos. Uma delas é a canção interpretada por Seal, This Could Be Heaven. As outras são Nicolas Cage e a bela Tea Leoni, numa história que, de tão simples, emociona e se torna inesquecível, principalmente para aqueles que se perguntam como seria suas vidas se tivessem tomado decisões diferentes. Vejo este filme todos os anos e sempre descubro alguma coisa nova nele.
1021 - À DERIVA
À DERIVA (BRASIL, 2009) – de Heitor Dhalia, que pretendeu reinventar o estilo filme-praia brasileiro, que já fez muito sucesso na década de 80, mas que já pode ser considerado uma estética superada. Búzios, Rio de Janeiro, início dos anos 80. Filipa, uma adolescente de 14 anos, passa as férias de verão com a família de classe média
1020 - PANDORUM
PANDORUM (PANDORUM, USA ALEMANHA 2009) - Em 500 anos a humanidade estará migrando do Planeta Terra pois ele estará morrendo. É quando dois homens acordam em uma nave espacial. Sem saber onde estão, o que estão fazendo lá e quanto tempo se passou uma sensação imediata de vazio é substituída pelo medo que logo se tornará em algo inimaginável. Com as poucas lembranças de fatos passados nas suas vidas eles terão que lutar pela sobrevivência de toda a raça humana. Pouca luz e pouco talento dos atores fazem deste filme uma perda de tempo.
1019 - BASTARDOS INGLÓRIOS
BASTARDOS INGLÓRIOS (INGLORIOUS BASTARDS, USA/ALEMANHA 2009) – de Quentin Tarantino. Trata-se de um exercício explícito, minucioso, persistente, de um dos sentimentos mais primitivos da humanidade: a vingança, que, para Tarantino, passou a ser um gênero cinematográfico. Uma espécie de parque de diversões da violência, sua marca desde Cães de Aluguel. As cenas repugnantes são tão magistralmente exageradas, que se tornam irreais, como nos mangás ou nos westerns spaghetti, gêneros que o diretor parodia com genialidade. O roteiro é tão brilhante que, em determinado momento da trama, os personagens-chave se encontram exatamente num cinema, o templo onde Tarantino se propõe a fazer História, com H maiúsculo. É simplesmente espetacular a atuação de Christoph Waltz, que faz o tenente-coronel Landa, um ator de precisão absoluta e que galvaniza a plateia com sua performance, pela qual ganhou, merecidamente, o Oscar. É um prazer vê-lo em cena destilando uma ironia mistura a ataques de cordialidade efusão e malemolência. Bastardos não é um filme sobre a II Guerra, no sentido documental da abordagem comum: como diz Isabela, é um filme que pertence só a história do cinema, não à outra, mais ampla.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
1018 - O TERROR DAS MULHERES
O TERROR DA MULHERES (THE LADIE’S MAN, USA 1961) - de Jerry Lewis. Feito especialmente para as caras e bocas de Jerry Lewis, o filme até começa com uma premissa razoável, mas se perde numa verdadeira viagem, sem pé nem cabeça, até chegar a um clima nonsense total. Desiludido com o amor, Herbert (Lewis) vai acabar, paradoxalmente, num pensionato de mulheres e lá se transforma num handy man. É impressionante o gigantesco set construído para ser a tal casa das garotas. Nenhum momento especial, apenas algumas gags e as birutices habituais do protagonista.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
1017 - FORA DE CONTROLE
FORA DE CONTROLE (CHANGING LANES, USA 2002) – um dos equívocos do filme é a tradução esdrúxula do título, mas isso passa. O que não tem perdão é a já tradicional paupérrima atuação de Ben Affleck, como um advogado de Wall Street que, depois de uma batida no carro de Samuel L. Jackson, acaba trocando, inadvertidamente os importantes documentos que ambos carregavam. A partir daí, o diretor Roger Michell, parte para uma discussão de valores éticos, tanto nas grandes corporações, como nas relações interpessoais. O roteiro leva a um razoável desenvolvimento dos personagens principais (em alguns momentos, você até chega a acreditar que Affleck consegue atuar), mas deságua numa solução simplista, embora esperançosa. Alguns pesos-pesados no elenco: Sydney Pollack, Toni Collete, Richard Jenkins e a mais que bela Amanda Peet, cujos filmes, para mim, são obrigatórios.
1016 - ALL ABOUT THE BIRDS
ALL ABOUT THE BIRDS (USA, 2000) – excelente documentário sobre a concepção e produção de Os Pássaros, com entrevistas com os atores principais (lamentavelmente, a bela e mesmerizante Suzanne Pleshette ficou de fora do documentário, mas não daqui: espia só aí do lado). É impressionante como Tippi Hedren continuou bonita, depois de tantos anos. Inclusive, ela dá um ótimo depoimento. Os técnicos e roteiristas que trabalharam com Hitch falam da experiência de trabalhar com o mestre e de sua genial forma de trabalhar. Todo o documentário é um prazer, principalmente por se ter a chance de ver Hitch no total domínio de sua arte. No vídeo abaixo, Hitch dá uma aula de comunicação e cinema:
1015 - OS PÁSSAROS
OS PÁSSAROS (THE BIRDS, USA 1963) – de Alfred Hitchcock. Uma das coisas que mais chamam a atenção em Os Pássaros, é a quase total falta de talento interpretativo da protagonista, Tippi Hedren (19 de janeiro de 1930), embora, no todo, o filme funcione esplendidamente, apesar das limitações dramáticas da atriz. Claro que Hitch deve ter se fascinado pela beleza da então jovem modelo e se arriscou a colocá-la no filme. Como era um gênio, tudo foi jeito para que ela não prejudicasse o resultado final: rodeou-a de grandes atores, Rod Taylor e Jessica Tandy, esmerou-se na técnica disponível na época para que o ataque dos pássaros tivesse o maior realismo possível, fez uma edição primorosa e criou um clima magnético e seduz o espectador do início ao fim. Claro que ele e Alma devem ter suado sangue para fazê-la ter um mínimo de expressão nas muitas cenas em que aparece. E ainda tem Suzanne Pleshette, um dos rostos mais bonitos já vistos nas telas. Filme obrigatório para ser visto todos os anos.
1014 - 2012
2012 (2012, USA 2009) – de Roland Emmerich. Uma das coisas que mais chamam a atenção neste filme, logo no início, são os olhos azuis de Amanda Peet, além dos incríveis efeitos especiais que levaram a expressão “arrasa-quarteirão” a dimensões planetárias, sem exagero. Claro que há alguma overdose nos CGIs, mas, em geral, todo o conjunto é bem feito e se presta bem ao roteiro, mesmo que com algumas imprecisões científicas. É curioso pensar como é grande o fascínio que o público tem pelos filmes que mostram destruições titânicas, especialmente com detalhes, como é o caso de 2012. É como se houvesse um perverso prazer em ver o mundo acabar, inversamente proporcional ao deleite de ver a beleza de Amanda Peet, eu diria. A propósito, a solução para os personagens dela e de John Cusak foi ruim, meio forçada. Ou seja, falha nas linhas paralelas do roteiro, especialmente esta que tratava do drama familiar, sempre presente nas produções de Hollywood. Acrescente-se a nada original sequência maniqueísta entre ciência e política, representada pelos personagens de Oliver Platt, esplêndido, como representante do governo que coordenou a evacuação dos ricos, e do excelente Chiwetel Ejiofor, como o cientista que tenta dar um pouco de humanidade aos procedimentos de fuga. Os 200 milhões de dólares que (des) controem um cataclisma global no ano de 2012 ganham verossimilhança graças à atuação do grandíssimo Woody Harrelson como um radialista catastrofista.
1013 - MORRENDO DE MEDO
MORRENDO DE MEDO (SCARED STIFF, USA 1953) - a melhor parte deste filme é Jerry Lewis (16 de março de 1926) imitando Carmen Miranda, cantando “Mamãe, eu quero”, em cima de sandálias altíssimas. Aliás, Carmen Miranda tem um destaque inesperado – para mim, pelo menos – em várias cenas, dançando e cantando com o próprio Jerry e com Dean Martin (07 de junho de 1917 – 25 de dezembro de 1995). Como a história tem a ver com uma ilha no Caribe, acharam de misturar tudo que eles acham que está relacionado com a América Latina: bongô, palavras em espanhol, dançarinos exóticos, vudu, etc. A dupla Lewis e Martin está no seu apogeu de histrionices e rotinas que os consagraram em outros filmes. Destaque para a beleza de Dorothy Malone (30 de janeiro de 1925), fazendo uma dançarina de night-club, mas que aparece só no início. No finalzinho, tem um cameo de Bob Hope e Bing Crosby.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
1012 - DIA DE TREINAMENTO
DIA DE TREINAMENTO (TRAINING DAY, USA 2001) - O sonho de Jake Hoyt (Ethan Hawke), um jovem policial de Los Angeles, era entrar na equipe de narcóticos da polícia local. Mas quando ele finalmente consegue este posto recebe como oficial de treinamento e parceiro Alonzo Harris (Denzel Washington), um policial veterano e corrupto. Com o passar do dia, o jovem policial é exposto a todo tipo de corrupção existente, é obrigado a usar crack e é ainda acusado de assassinato. Todos estes acontecimentos são orquestrados por Alonzo a fim de encobrir um engano cometido por ele junto à máfia russa, que pode fazer com que ele seja morto, se não conseguir uma grande quantia de dinheiro até a meia-noite. Muito bom thriller policial, ainda mais com a rápida, porém encantadora, presença de Eva Mendes, ao natural, num rápido take.. Hawke continua com aquele ar abobalhado de outros filmes. Denzel Washington é vulcânico.
domingo, 9 de janeiro de 2011
1011 - POR AMOR
POR AMOR (PERSONAL EFFECTS, USA 2009) - Buscando vingança pelo assassinato de sua irmã, o jovem Walter (Ashton Kutcher) chega à cidade e acaba se interessando por uma bela mulher mais velha, Linda (Michelle Pfeiffer), que tem feridas emocionais muito parecidas com as suas. Enquanto Linda e Walter tentam lidar com a dor e a frustração da perda, um elo surge entre os dois -- e as tragédias comuns a ambos dão origem a um belo e improvável romance. Para Linda, Walter logo se torna mais do que uma companhia. Ele se torna o mentor de seu filho problemático, um menino que não consegue lidar com a morte do pai. Ele encontra consolo em Walter, o único a lhe oferecer uma maneira melhor de canalizar sua fúria reprimida. Michele continua muito bonita e talentosa.
1010 - O VOO DA FÊNIX
O VOO DA FÊNIX (THE FLIGHT OF THE PHOENIX, USA 1965) - grupo de sobreviventes de um acidente de avião é lançado no meio do deserto de Gobi sem chance de escapar. Tendo de enfrentar um ambiente inóspito, com suprimentos acabando rapidamente, além de um ataque de ladrões do deserto, eles percebem que a única esperança é realizarem o "impossível": construírem um novo avião a partir dos destroços do primeiro e fugirem do deserto. É impressionante como conseguiram fazer um fiapo de roteiro – além da locação e figurinos que não mudam – render 142 minutos de um excelente filme de aventuras. Claro que temos atuações primorosas de James Stewart e Richard Attenborough, e a presenças magnéticas de Ernest Borgnine, Peter Finch e George Kennedy, embora em papéis secundários.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
1009 - VIOLÊNCIA GRATUITA
VIOLÊNCIA GRATUITA (FUNNY GAMES U.S., USA 2007) – de Michael Haneke. Parece-me que a intenção de Haneke é mesmo chocar o espectador com a maior voltagem possível de violência por fotograma, num festival de cenas chocantes e aparentemente sem sentido, como, de fato, é a violência em si. É como se ele quisesse criticar as pessoas que consomem o cinema-sangue. Se é isso que elas querem é isso que elas terão, parece querer dizer. A lógica do roteiro é o encadeamento de cenas cada vez mais dramáticas, do ponto de vista da crueldade. Um casal (Naomi Watts e Tim Roth, inadequado ao papel) vai, com o filho pequeno, passar férias na casa de campo, numa região afastada dos grandes centros. Aparecem dois rapazes (Michael Pitt e Brady Cobert), que passam a infernizar a família com os mais sádicos jogos.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
1008 - TERROR NA ANTÁRTIDA
TERROR NA ANTÁRTIDA (WHITEOUT, USA 2009) - a única coisa boa neste filme é a presença de Kate Beckinsale, mesmo assim, com uma atuação pífia, sem graça e inconvincente. Ela é a única agente na Estação de Pesquisa Amundsenscot e sua estada no local tem sido não apenas árdua como sem ocorrências. Dentro de três dias, quando a energia na Estação será desligada e o Sol se porá para um longo inverno, ela irá embora, com planos de deixar a antártida para sempre e entregar o distintivo, partindo para uma nova vida.
Mas é aí que aparece um cadáver sobre o gelo, no meio do nada, e Stetko é lançada em um mistério que deixa todos chocados. Abatido de maneira bizarra e a quilômetros do acampamento, o homem morto é a primeira vítima de homicídio da Antártida, e o primeiro desafio de verdade de Stetko em muito tempo. Seu trabalho de investigação acaba envolvendo o agente especial Robert Pryce (Gabriel Macht), enviado para monitorar o progresso de Stetko no território desgovernado. O problema é que o filme é mal feito, o roteiro é cheio de furos e a gente descobre o assassino logo nos primeiros cinco minutos. CGI simplesmente horríveis! O Rotten Tomatoes o incluiu na lista dos 100 piores filmes de todos os tempos, com toda a justiça.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
1007 - O PÃO QUE O DIABO AMASSOU
O PÃO QUE O DIABO AMASSOU (BRASIL, 1957) – drama sobre um agiota, Álvaro (Jaime Costa, 1897 – 1967), que explora seus clientes e ainda é um carrasco em casa com os filhos e o genro (Carlos Zara, 1930 - 2002), que não consegue arranjar emprego. Quem se destaca na história é o personagem Borboleta, feito com energia magnética por um jovem Ítalo Rossi (19 de janeiro de 1931), que é o braço direito de Álvaro. São dele os melhores momentos do filme, seja nas situações mais dramáticas, seja no quase tom de comédia de algumas cenas. Raul Cortez, na sua primeira aparição no cinema, e ainda com cabelo, faz uma ponta, como um dos explorados por Álvaro. Inesperadamente, um bom filme.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
1006 - A MALETA
A MALETA (BRASIL) – de Rodrigo Brandão, com roteiro de Gabriel Almeida. O que pode haver numa maleta? Esta pergunta, simples e aparentemente ingênua, é o ponto de partida deste instigante curta que mexe com os nervos e a curiosidade do espectador. Há muito que o cinema lida com acontecimentos inexplicáveis, a partir do surgimento/resgate/obtenção de algum objeto valioso, seja material ou espiritualmente. Um bom exemplo disso é a busca do santo Graal, já explorada em tantas produções. Esta fixação em determinado objeto é a representação do sonho humano de realizar-se, de ter poder, mesmo que isso lhe custe um preço demasiadamente alto. Para tal, mata-se e, não raro, morre. Há, neste processo de conseguimento, a evidenciação de qualidades e defeitos humanos que se superpõem aos preceitos de honra e moral estabelecidos pelo senso comum. O fato é que todos buscamos alguma coisa e nem sempre temos a real noção do que de fato queremos. É possível que a própria busca seja o objetivo. Dentro desta perspectiva, “A Maleta” nos confronta com a possibilidade de encontrar, ainda em plano terreno, a razão que nos move, durante toda a vida, na direção irrefutável da morte. No caso do curta, vida e morte parecem estar contidos na maleta, personagem principal da história. É exatamente esta maleta, cujo interior jamais é visto, que assume uma importância capital para quem a possui. Não nos esqueçamos de que o olhar deseja sempre mais do que lhe é dado ver. Daí, a maleta do filme passar a ser, a meu ver, um símbolo híbrido que comporta duas abordagens: o visível e o invisível. Se não, vejamos – o objeto em questão, a maleta, nos instila uma atitude paradoxal, já que nos fascina e nos repugna, em função dos atos realizados pelas pessoas que a cercam. É por isso que eu digo que o sensível – aquilo que está ao alcance dos sentidos – não é feito somente de coisas, mas também de tudo que nelas se desenha, mesmo no oco dos intervalos. Tudo o que nelas deixa vestígio, tudo o que nelas figura, mesmo a título de distância e como certa ausência. No caso do curta em questão, assumimos que a visão que temos dos fatos da história é o paradigma de um saber imediato, cuja certeza é tão forte que ele se garante por si próprio: o objeto (a maleta) causa mortes, desconsidera a lei dos homens, faz um personagem percorrer um trajeto místico (como nas lendas gregas) e se descobre (ou se cobre) através do elemento mítico do fogo. Entende-se que “A Maleta” é um espetáculo basicamente visual. Os tímidos diálogos parecem fazer reverência à supremacia da visão que temos (e não temos) do que acontece durante os 15 angustiantes minutos do filme. Neste sentido, os responsáveis pela produção foram notáveis: as primeiras cenas em preto e branco traduzem a perplexidade do olhar; o vermelho sanguíneo da camisa do personagem que conduz a maleta é como se um coração estivesse prestes a explodir diante de nossos olhos (novamente o modus operandi do olhar); o verde intenso do veículo contrapõe a tensão do roteiro com a sonhada/desejada paz que a chegada ao destino significaria; o amarelo crepitante da fogueira consumindo o último personagem, representando tanto o inferno como a redenção. Além do mais, a sonoplastia é impecável, entretecendo as cenas numa manta de mistério e pulsão. No mais, “A Maleta” tem esta qualidade extra: não é apenas um curta de 15 minutos, e sim um filme complexo que se renova a cada exibição, a cada percepção diferente que temos dos seus jorros simbólicos, que deve fazer tudo o que a boa arte faz: interferir, desmontar, reconstruir.
1005 - PARCEIROS DA NOITE
PARCEIROS DA NOITE (CRUISING, USA 1973) - após diversas mortes de homossexuais ocorrerem em Nova York, o policial Steve (Al Pacino) é mandado para investigar os motivos. Mas para tentar encontrar o culpado, Steve deve entrar no mundo gay e freqüentar os redutos da cidade. Mas a investigação mexe com seu relacionamento com sua namorada e o leva a uma crise existencial que o diretor deixa meio em aberto no final do filme. Acima de tudo, sobressai o cuidado meticuloso que o diretor dedica à reconstituição do ambiente sórdido, sombrio e cheio de excitação da cena gay de Nova York. Friedkin não poupou esforços para ser fiel à realidade: filmou em boates homo de verdade e contratou freqüentadores para fazer figuração. Tomou o cuidado de orientá-los a não fazer nada explícito diante das câmeras, mas mesmo assim a carga homoerótica de “Parceiros da Noite” é explícita. Friedkin abusa dos longos travellings laterais para apresentar o espectador a um universo exótico, repleto de couro negro, correntes e códigos visuais esquisitos. Numa das melhores cenas, o vendedor de uma loja de roupas explica ao personagem de Pacino que a cor de um lenço, e a posição em que ele é colocado na roupa, podem denunciar as preferências sexuais de quem usa a peça - veja a cena abaixo. O filme foi injustamente boicotado na época, e Pacino teve um baque na sua carreira.
sábado, 1 de janeiro de 2011
1004 - BRUNO
BRUNO (USA 2009) – quem viu Borat, com o mesmo Sasha Baron Cohen, já pode esperar qualquer coisa neste filme. Pois há um pouco de tudo: baixaria aos montes, constrangimento das pessoas que contracenam com o protagonista, palavrões, alguma coisa de pornografia e tudo que pode ser considerado politicamente incorreto, para chocar mesmo. Aí que está a coisa: se a intenção era chocar o espectador, o filme passa um pouco deste limite, e nos deixa com a sensação cansativa de querer ver até onde ele vai com suas incongruências e ousadias. Por outro lado, não deixa de ser uma experiência cinematográfica, claramente sem a preocupação com o bom gosto, mas curiosa na sua proposta de passar da conta.
1003 - SUBSTITUTOS
SUBSTITUTOS (SURROGATES, USA 2009) – com Bruce Willis. Num futuro no qual os homens vivem isolados e se comunicam por meio de robôs, dois agentes do FBI, Greer (Bruce Willis) e Peters (Radha Mitchell), investigam o assassinato misterioso de um estudante. O crime está ligado ao homem que ajudou a criar os Surrogates, cópias robóticas de seres humanos. Para quem gosta de ficção científica, como é o meu caso, o filme é bom, embora o roteiro pareça um pouco complicado – e é. Tive a sensação de ser um spin off de Blade Runner, pois lida com a mesma angústia dos robôs, em relação aos seus criadores. Os CGs são um pouco forçados e, em muitas cenas, não foram bem realizados.
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