segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

1014 - 2012


2012 (2012, USA 2009) – de Roland Emmerich. Uma das coisas que mais chamam a atenção neste filme, logo no início, são os olhos azuis de Amanda Peet, além dos incríveis efeitos especiais que levaram a expressão “arrasa-quarteirão” a dimensões planetárias, sem exagero. Claro que há alguma overdose nos CGIs, mas, em geral, todo o conjunto é bem feito e se presta bem ao roteiro, mesmo que com algumas imprecisões científicas. É curioso pensar como é grande o fascínio que o público tem pelos filmes que mostram destruições titânicas, especialmente com detalhes, como é o caso de 2012. É como se houvesse um perverso prazer em ver o mundo acabar, inversamente proporcional ao deleite de ver a beleza de Amanda Peet, eu diria. A propósito, a solução para os personagens dela e de John Cusak foi ruim, meio forçada. Ou seja, falha nas linhas paralelas do roteiro, especialmente esta que tratava do drama familiar, sempre presente nas produções de Hollywood. Acrescente-se a nada original sequência maniqueísta entre ciência e política, representada pelos personagens de Oliver Platt, esplêndido, como representante do governo que coordenou a evacuação dos ricos, e do excelente Chiwetel Ejiofor, como o cientista que tenta dar um pouco de humanidade aos procedimentos de fuga. Os 200 milhões de dólares que (des) controem um cataclisma global no ano de 2012 ganham verossimilhança graças à atuação do grandíssimo Woody Harrelson como um radialista catastrofista.