O HOMEM DUPLICADO (ENEMY, Canadá e Espanha, 2013) – Adaptação do romance homônimo de José Saramago. Jake Gyllenhaal é Adam Bell, um professor de história solitário que, certo dia, descobre, num filme, que um dos atores é um duplo seu. Depois de alguma pesquisa, Adam localiza o sósia: é Anthony Claire, que tem uma esposa grávida com quem não anda muito bem e que está metido em algumas atividades pouco ortodoxas. Ninguém, nem Helen (a bela Sarah Gadon), a esposa grávida nem Mary (Mélanie Laurent, a dona do cinema em BASTARDOS INGLÓRIOS), a amante eventual de Adam, parece ser capaz de distingui-los. Apesar de ter aparentemente um roteiro aberto e sujeito a várias interpretações, ficou claro para mim que o sósia é fruto da imaginação de Adam, que é realmente casado com Helen, mas que tem um caso com Mary. Toda a sua fantasia é resultado do seu esforço para resgatar seu casamento. Fotografando Toronto sob uma doentia luz amarelada e às vezes se valendo de elementos fantásticos – uma tarântula é um símbolo recorrente), o diretor Denis Villeneuve distorce não só a cidade como também o senso de orientação do espectador, numa experiência cinematográfica intrigante e, de certo modo, saudavelmente incômoda.
quinta-feira, 12 de março de 2015
2565 - O HOMEM DUPLICADO
O HOMEM DUPLICADO (ENEMY, Canadá e Espanha, 2013) – Adaptação do romance homônimo de José Saramago. Jake Gyllenhaal é Adam Bell, um professor de história solitário que, certo dia, descobre, num filme, que um dos atores é um duplo seu. Depois de alguma pesquisa, Adam localiza o sósia: é Anthony Claire, que tem uma esposa grávida com quem não anda muito bem e que está metido em algumas atividades pouco ortodoxas. Ninguém, nem Helen (a bela Sarah Gadon), a esposa grávida nem Mary (Mélanie Laurent, a dona do cinema em BASTARDOS INGLÓRIOS), a amante eventual de Adam, parece ser capaz de distingui-los. Apesar de ter aparentemente um roteiro aberto e sujeito a várias interpretações, ficou claro para mim que o sósia é fruto da imaginação de Adam, que é realmente casado com Helen, mas que tem um caso com Mary. Toda a sua fantasia é resultado do seu esforço para resgatar seu casamento. Fotografando Toronto sob uma doentia luz amarelada e às vezes se valendo de elementos fantásticos – uma tarântula é um símbolo recorrente), o diretor Denis Villeneuve distorce não só a cidade como também o senso de orientação do espectador, numa experiência cinematográfica intrigante e, de certo modo, saudavelmente incômoda.