3087 - FAHREINHEIT 451
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A cena mais triste... |
FAHREINHEIT 451 (USA, 2017) – Melhor vilão que um filme pode ter atualmente, Michael Shannon literalmente rouba a cena quando entra nela, nesta adaptação do clássico livro de Ray Bradbury. Frio, sério e assustadoramente interessante, queimando livros que não devem chegar às pessoas, mas guardando um segredo gigantesco que o torna diferente de qualquer um, o Capitão Beatty de Shannon sabe que o poder é dele, e de poucos. Assim como fez em A FORMA DA ÁGUA, ele entrega mais um papel forte, de uma pessoa fascinada por um objetivo e que vai até as últimas circunstâncias para alcançar o que quer - ou o que é ordenado a fazer. A trama acompanha Guy Montag (Michael B. Jordan, de PANTERA NEGRA, CREED, numa atuação apagada, sem ironia), um dos bombeiros que passam a questionar sua realidade e a profissão, queimar livros, após entrar em contato com a resistência, que busca se rebelar contra o autoritarismo e devolver a leitura para libertar o mundo. A estética neo-noir, meio BLADE RUNNER, se ajusta à história de solidão num mundo distópico, no qual a leitura ainda é o melhor caminho para a liberdade. ENGLISH VERSION: the best villain a movie can have, Michael Shannon steals the scene whenever he is in it, in this version of Ray Bradbury’s book. Cold, somber and eerily interesting, burning books that shouldn’t be read, but keeping a gigantic secret that makes him different from everyone, his Captain Beatty knows that the power limited inside a small circle. As in THE SHAPE OF WATER, he delivers a strong role of a person fascinated by a goal who might go to any length to achieve what he wants or is told to. The plot follows Guy Montag (Michael B. Jordan, in a pale performance, no pun intended), one of the firemen that start to question the reality and his own profession, burn books, after having been in touch with the resistance – a group of rebels that fights the establishment to give back reading to free the world. The neo-noir aesthetics, as in BLADE RUNNER, fits this story of loneliness in a dystopic world, in which reading is still the best path to freedom.