sábado, 24 de novembro de 2018

3158 - MEU MALVADO FAVORITO 3

     
MEU MALVADO FAVORITO 3 (DESPICABLE ME, USA, 2016) – As franquias podem se tornar um risco: a tendência é que os filmes subsequentes não tenham a mesma qualidade do primeiro, isso sem falar na ideia original, claro, que se perde, evidentemente, depois da estreia. No entanto, MMF3 é bem agradável de ver, pois expande as ideias dos dois filmes anteriores de forma original e leve. O vilão da vez, Balthazar Bratt é um delicioso mergulho na década de 80; e a descoberta de que Gru tem um irmão gêmeo, Dru, renova a dinâmica das ações. E, claro, os Minions continuam fofos. The franchises may be a great risk: there is the tendency that the subsequent movies do not have the same quality, not to mention the original idea, which is lost, evidently, after the premiere. However, DM3 é quite pleasant to watch, for it expands the ideas from the two previous movies with an original and light approach. The villain this time is Balthazar Bratt, a delicious plunge into the ’80s, and the discovery that Gru has a twin brother renovates the dynamics of the actions. And, of course, the Minions are still cute! 

3157 - O MARUJO FOI NA ONDA

     
 O MARUJO FOI NA ONDA (SAILOR, BEWARE, USA, 1952) - Um jovem hipocondríaco é acidentalmente convocado para a marinha e ganha reputação de galanteador na TV depois de ser erroneamente adjetivado como um grande beijoqueiro, despertando o interesse e curiosidade das mulheres de sua embarcação. Apesar de não querer desagradar nenhuma das belas que se aproximam, o jovem tem um segredo que ele milagrosamente conseguiu ocultar de todos (inclusive da atual namorada): ele é alérgico a beijar garotas. Um dos bons filmes da dupla Jerry Lewis e Dean Martin, com um bônus inesperado: a participação de James Dean, no começo de carreira, como um extra numa das cenas finais. A young hypochondriac is accidentally drafted into the Navy and earns his philandering after having been characterized as a great kisser, arousing the women’s curiosity. He has a surprising secret: he is allergic to kiss girls. One of the good films of Jerry Lewis and Dean Martin, with an unexpected bonus: James Dean has a small participation in one of the final scenes. 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

3156 - A MARCA DO VAMPIRO


  A MARCA DO VAMPIRO (THE MARK OF THE VAMPIRE, USA, 1935) – Aproveitando o sucesso de Bela Lugosi, o diretor Tod Browning faz um filme insólito, engando o espectador até o terço final, quando o filme, vendido como de terror, passa a ser um thriller policial. A ótima fotografia ajuda a definição do clima gótico consagrado pelo gênero. Surfing on the success of Bela Lugosi, the director Tod Browning makes an unexpected movie, playing tricks with the viewer until the third part, when the film, sold as horror, becomes a cop thriller. The great photography helps define the gothic atmosphere of the genre.  

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

3155 - AO CAIR DA NOITE

       
AO CAIR DA NOITE (IT COMES AT NIGHT, USA, 2017) – Mais um exemplar da safra recente que se dedica a espiar o pós-apocalipse pelo ângulo fechado do suspense e/ou terror e do drama, sempre com “punches” certeiros na consciência dos espectadores. Tudo gira em torno dos resultados de uma peste que vai dizimando a humanidade, até fazer com que uma família fique dentro de casa, no meio de uma floresta, se protegendo e combatendo os perigos desconhecidos e constantes. Interessante exercício do cinema de suspense, misturado com a ficção científica difusa, num futuro distópico. Another example of the recent productions that focus on peeping the post-apocalypse through the narrow-angle of suspense and/or terror and of the drama, always punching the viewer’s conscience. It is all about the results of a pest that has been destroying humanity, which obliges a family to be inside a house, in the middle of a forest, and to protect themselves from the unknown and constant perils. Interesting suspense movie exercise, mixed with diffused sci-fi, in a dystopic future.    

terça-feira, 20 de novembro de 2018

3154 - OESTE SEM LEI

     
OESTE SEM LEI (SLOW WEST, 2015) –  Escondido no cardápio da Netflix, este filme sensacional, com Michael Fassbender traz tudo que caracteriza os westerns da velha escola: usando todas as convenções formais do gênero (a fotografia é estonteante de tão linda) e estendendo surpreendentemente seus significados, o diretor John Maclean faz um trabalho excepcional no seu filme de estreia. Ele tem total comando da história de Jay (Kodi Smit-McPhee), um jovem que não se conforma em ficar sem seu objeto de amor, Rose, e parte atrás dela, encontrando, pelo caminho, as deslumbrantes paisagens da fronteira, sem perceber seus perigos. Nesta jornada, ele se depara com um caçador de recompensas (Michael Fassbender, impecável), com quem desenvolve uma inusitada amizade. A narrativa, na sua carpintaria, vai nos levar a um desfecho magistral, até a cena final, um requinte de economia e concepção artística. Hidden in the Netflix menu, this outstanding movie with Michael Fassbender brings to the viewer everything that characterized the old school westerns: applying all the formal conventions of the gender (the photography is stunning) and expanding its meanings, the director John Maclean does an excellent job in his first film. He shows total command of the story: Jay (Kodi Smit-McPhee), a young man who does not accept to be without his love, Rose, and goes after her, finding on the way, the gorgeous frontier landscapes, without realizing the perils that surround it. In this journey, he bumps into a bounty hunter (Michael Fassbender, impeccable), with whom he develops an unexpected friendship. The narrative, perfect in its construction, takes us to a magisterial end, until de final scene, a gem of thriftiness and artistic conception.    


domingo, 11 de novembro de 2018

3153 - BOA NOITE, MAMÃE

   
 BOA NOITE, MAMÃE (ICH SEH, ICH SEH, ÁUSTRIA, 2014) – Lukas e Elias são irmãos que, além da intimidade natural dos gêmeos, dividem também uma assustadora dúvida: não pode ser realmente sua mãe a mulher que voltou para casa depois de uma cirurgia, com o rosto assustadoramente envolto em ataduras. Com um comportamento mercurial, ela cuida e destrata os filhos, transformando o convívio numa antessala do inferno. Rapidamente, a desconfiança dos gêmeos vai escalando até se transformar em atitudes chocantes. O filme se alinha às produções que exploram o horror em crianças aparentemente inocentes, forçando um pouco a barra em direção a um desfecho eficiente, bem realizado, mas, convenhamos, pouco original. Lukas and Elias are Brothers who, besides the natural intimacy between twins, share also a scary doubt: the woman who has just returned home, after a surgery, with her face wrapped in a bandage, cannot really be their mother. Showing a volatile behavior, she takes care of and mistreats her sons, leading to a hellish relationship. Soon, the twins’ distrust escalates until it becomes chocking reactions on the part of the boys. The movie aligns with the productions that exploit horror in apparently innocent children, hard pushing to reach an efficient but not very original end.     

sábado, 10 de novembro de 2018

3152 - SAFE

     
Hall, agora, é um médico
 
SAFE (UK, 2018) – Era a chance de rever Michael C. Hall, depois de DEXTER. A expectativa era grande, e, exatamente por isso, houve também muita frustração. Hall é um ator de intensidades silenciosas – muito do sucesso de DEXTER tem a ver com a sua personalidade e modo de atuar. Aqui, ele é um médico que tem sua filha sequestrada e que vai atrás de todas as pistas possíveis para encontrá-la (Liam Neeson também fez isso numa série de filmes com a mesma temática). Tudo isso se arrasta por oito episódios no quais quase todos os personagens vão revelando seus segredos, até o desfecho meio previsível. Um filme de duas horas daria conta do recado. Vale, principalmente, por rever Michael C. Hall em ação, apesar do bizarro sotaque britânico. Mas continuamos sentindo falta de Dexter Morgan. It was the chance to see Michael C. Hall after DEXTER. The expectations were high and, for this reason, we got many frustrations. Hall is an actor of intense silences – much of the success of DEXTER is due to his personality and acting. Here he is a doctor whose daughter is kidnapped and does everything to follow any clue to find her (Liam Neeson did the same in a row of movies with the same theme). The story drags itself through eight episodes in which the characters gradually reveal their secrets until the predicable end. A two-hour feature would do the job. It is worth, mainly because it is possible to meet Michael C. Hall in action, in spite of the quaint British accent. However, we still miss Dexter Morgan.  

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

3151 - FRAGMENTADO

   
 FRAGMENTADO (SPLIT, USA, 2017) – O filme de M. Night Shyamalan aposta num clássico do cinema de suspense: o protagonista acometido por distúrbios mentais, cujo raciocínio é impossível compreender ou prever. Kevin Crumb (sim, o sobrenome já diz tudo), vivido visceralmente por James McAvoy, tem 22 alter egos didaticamente explicados por sua terapeuta, enquanto mantém três garotas presas num porão. A intenção de criar dúvida, insegurança e tensão entre os personagens (e espectadores) não se concretiza nesta outra tentativa de Shyamalan de emular o sucesso de O SEXTO SENTIDO. O resultado é medíocre, para dizer o mínimo. The movie directed by M. Night Shyamalan makes a bet that is a classic of the gender: the main character suffering from mental problems, whose thinking is impossible to be understood or foreseen. Keven Crum (yes, the surname is intentional), played viscerally by James McAvoy has 22 alter egos didactically explained by his therapist, while he keeps three girls locked in a basement. The intention of creating doubt, insecurity, and tension among the characters (and viewers) does not materialize this other attempt by Shyamalan to emulate the success of THE SIXTH SENSE. The result is middling at best.     

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

3150 - O ALQUIMISTA IMPACIENTE

 
   O ALQUIMISTA IMPACIENTE (ESPANHA, 2001) – Depois de tanto tempo, o filme causou muito menos impacto em mim do que quando o vi pela primeira vez. A primeira meia hora é muito boa, mas, depois, este thriller policial se perde em um roteiro confuso e arrastado. A única justificativa para rever o filme é a presença de Ingrid Rubio, se bem que ela esteve bem mais radiante em outras produções, como HERMANAS (2005). After some time, the movie down not have such a big impact on me as it did when I saw it for the first time. The first half hour is quite good, but afterwards, this thriller is lost in a slow-paced and confused plot. The only justifiable reason to watch this film again is the presence of Ingrid Rubio, although she has been much more mesmerizing in other productions as HERMANAS (2005).   

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

3149 - COMEDIANS IN CAR GETTING COFFE

      
COMEDIANS IN CAR GETTING COFFEE (USA, 2012-) – Sim, são episódios de 20 minutos que trazem Jerry Seinfeld no seu melhor estilo: fazendo graça com um fiapo de material, em conversas com comediantes (e outros astros, como Obama), em passeios de carro pelas belas ruas da Califórnia. E tudo termina numa cafeteria, entre risos e referências à cultura pop americana (que nem sempre entendemos) e goles de um café assustadoramente ralo (eles adoram), num clima meio nonsense que Jerome domina com maestria. O voyerismo de assistir a celebridades tomando café pode até ser psicologicamente negado, mas não há dúvidas de que nos sentimos atraídos pela anestesia que Seinfeld nos aplica para suportar as agruras de uma sociedade que, atualmente, é marcada pela violência de pensamentos conservadores distorcidos. E, claro, adoramos Seinfeld e carros! Yeah, these 20-minute episodes bring us Jerry Seinfeld in his best style: being funny out of tiny bits of material, during chats with comedians (and other stars, like Obama), in car drives along the exquisite streets of California. And all ends in a coffee shop, among laughs and references to the American pop culture (sometimes unknown to us) and sips of a weak coffee (they love it), in a nonsense atmosphere in which Jerome is a master. The voyeurism of watching a celebrity get a cup of coffee may even be psychologically denied, but we are undoubtedly attracted by the anesthesia applied by Seinfeld in order to make us tolerate the drawbacks of a society currently marked by distorted conservative thoughts. And, of course, we love Seinfeld and cars!!!!!

sábado, 3 de novembro de 2018

3148 - O EXTERMINADOR DO FUTURO 2

  
  O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 (TERMINATOR 2: JUDGMENT DAY, USA, 1991) – Os efeitos especiais envelheceram, mas o filme de James Cameron ainda é competitivo e divertido, diante das produções fracas do gênero atualmente. De fato, é uma sequência quase tão boa quanto o filme original, principalmente pela ideia de colocar o androide vivido ( ! ) por Arnold Schwarzenegger, vilão no EXTERMINADOR original, como protetor do agora adolescente John Connor (Edward Furlong), cuja mãe, Sarah Connor (Linda Hamilton, marombada e não tão linda neste filme) está internada num hospital psiquiátrico. O T-1000 de Robert Patrick também está marcado na memória dos admiradores destes dois filmes de Cameron – desconsidere o terceiro e só fique com as boas lembranças. The special effects aged, but James Cameron’s movie is still competitive and jaunty, in the face of the current weak productions in this genre. Indeed, TERMINATOR 2  is as good as the original movie, mainly because of having the android, played by Arnold Schwarzenegger as the protector of John Connor (Edward Furlong), whose mother, Sarah Connor (Linda Hamilton, now musclebound and not so beautiful) is admitted to a psychiatric hospital. Robert Patrick’s T-1000 is also burnt in the admirers’ memory of these two films directed by James Cameron – disregard the third one and keep only the good memories.   

3147 - INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO

   
 INDIANA JONES E O TEMPLO DA PERDIÇÃO (INDIANA JONES AND THE TEMPLE OF DOOM, USA, 1984) A dinâmica e divertida sequência inicial não dá pistas para o que vem a ser o mais sombrio dos filmes da série dirigida por Spielberg: O TEMPLO DA PERDIÇÃO tem uma atmosfera sombria e pesada, mas ainda assim é um magistral trabalho de equipe entre o diretor e Harrison Ford. A ação ininterrupta é mesmerizante. Da trilogia (vamos deixar de lado o quarto filme), este é o que se afasta da abordagem quase idêntica do primeiro e do terceiro: não há arcas nem o graal ou o inimigo nazista, mas sim uma dolorosa visita ao universo da escravidão infantil e de sacrifícios humanos. The amusing and dynamic initial sequence does not give any clue to what becomes the somberest movie of Spielberg’s trilogy: THE TEMPLE OF DOOM has a dark atmosphere, but still it is a masterful teamwork between the director and Harrison Ford. The action is nonstop and mesmerizing. From the trilogy (let’s put the fourth film apart), this is the one that departs from the identical approaches of the first and third film: there are no arks or the grail or the Nazi enemy, but a painful visit to the universe of children slavery and human sacrifices.     

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

3146 - THE HOUSE OF DRACULA

     
 A CASA DE DRÁCULA (THE HOUSE OF DRACULA, USA, 1945) – David Carradine, no papel de Drácula, oferece uma versão meio subnutrida do conde. Não é para menos: pateticamente, ele vai atrás de uma cura para sua vampirice, procurando um médico que, neste mesmo filme, vai tratar da licantropia de Lawrence Talbot (Lon Chaney Jr, no papel que o consagrou). Assim como aconteceu em O FILHO DE DRÁCULA (1943), esta tentativa de esticar o sucesso da série de filmes da Universal não acrescentou nada à fase áurea do gênero. David Carradine, as Dracula, delivers a feeble version of the Count. No wonder, he pathetically seeks a cure to his vampirism with a doctor who, in this same movie, is going to treat the lycanthropy of Lawrence Talbot (Lon Chaney Jr, in his most successful role). Accordingly, to what happened with THE SON OF DRACULA (1943), this balky attempt to stretch the success of Universal monster series did not add anything to the golden age of the gender.