NÃO OLHE PARA CIMA (DON’T LOOK UP, USA, 2021) – O filme mais comentado do fim do ano é tudo aquilo que se propõe: uma crítica ácida aos negacionistas, aos governos fascistas, à misoginia, ao racismo, à espetacularização da política, ao poder das Big Tech sobre decisões governamentais, às estúpidas redes sociais, ao nepotismo e ao discurso religioso messiânico de certos presidentes, à imprensa sensacionalista, aos militares oportunistas, à arrogância americana, à casta rica da sociedade que se acha acima de todos e sempre querendo se dar bem, à falácia de que crise cria oportunidade, ao descaso com a ciência, com o povo e com os valores humanos. Um retrato do mundo. Um retrato do Brasil. The most commented movie of the end of the year is everything it proposes: an acerbic criticism to negationists, to the fascist governments, to misogyny, to racism, to the spectacular aspect of politics, to the Big tech power over state decisions, to the stupid social networks, to nepotism an to the messianic discourse of some presidents, to the sensationalist press, to the opportunist military, to the American arrogance, to the rich supremacist cast that can not afford to lose anything, to the fallacy that crises make opportunities, to the neglect of science, the populace and human values. A portrait of the world nowadays. A portrait of Brazil. Netflix.
