A FILHA PERDIDA (THE LOST DAUGHTER, USA, Grécia, 2021) – O filme de estreia na direção de Maggie Gyllenhaal é um primor de reflexão sobre um tema delicado: as emoções, muitas vezes contraditórias, da maternidade e seus efeitos sobre o universo feminino. Olivia Colman é Leda, uma professora de Literatura passando férias na Grécia, quando uma família barulhenta e desagradável aparece e transforma o lugar num inferno. Porém, uma pessoa dessa família chama sua atenção: Nina (Dakota Johnson) está sempre às voltas com a filha pequena, e essa relação quase simbiótica faz Leda refletir sobre a criação tumultuada das suas próprias filhas e dos sentimentos conflitantes decorrentes desta fase. A excepcional Jessie Buckley é Lena na juventude, e sua atuação, assim como a de Colman, é merecedora de vários Oscar. Só não entendi porque Ed Harris tem, aqui, um papel tão aquém de seu talento. Maggie Gyllenhaal’s directorial debut is an outstanding opportunity to think over a delicate theme: the contradictory emotions of motherhood and its effects on the feminine universe. Olivia Colman is Leda, a Literature professor on holidays in Greece, when she encounters a noisy and obnoxious family whose brash presence proves unsettling. However, one of the members calls her attention: Nina (Dakota Johnson) is taking care of her demanding daughter, and this almost symbiotic relationship makes Leda think over the troubled upbringing of her own daughters and the resulting feelings from this period. The exceptional Jessie Buckley is Lena in her youth, and her performance, along with Olivia’s, deserves several Oscar. I still could not figure out why Ed Harris accepted such minor role, evidently not up to his great talent. Netflix.