A GAROTA IDEAL (LARS AND THE REAL GIRL, USA, 2007) – Ryan Gosling é obrigatório. Neste filme, ele é Lars, um rapaz tímido, solitário, e motivo de preocupação do seu irmão e de sua cunhada (a doce Emily Mortmer). Até que apresenta sua nova namorada: Bianca, uma sex doll encomendada pela Internet, com quem ele vai a todos os eventos da cidade. A partir daí, Lars desenvolve uma relação (para ele real) com Bianca, até uma transição para a realidade, com a ajuda de uma médica (a excelente Patricia Clarkson). O filme aborda a mistura entre realidade e ficção, dentro da órbita afetiva, individual e coletiva, pois não seria maravilhoso ter uma comunidade assim tão calorosa, receptiva e protetora, simplesmente porque Lars é amado por essas pessoas e elas querem a felicidade dele? São várias as leituras psicanalíticas. Ryan Gosling is mandatory. In this film, he is Lars, a lonely and shy young man, with whom his brother and sister-in-law (the sweet Emily Mortimer) are permanently worried. One day, he brings home his new girlfriend: He orders a life-size and anatomically correct sex doll and proceeds to make a companion of her, taking her to parties, to church, to family dinners. From this point on, Lars develops an actual (for him, at least) relationship with her, until the final transition to reality, helped by a doctor (the great Patricia Clarkson). The movie approaches the mixture between reality and fiction, inside the affective orbit, both individual and collective, as it would be wonderful that a group of people could be this warm, kind and accepting, simply because they happen to like somebody and want to see him get better. The psychoanalytical layers are endless. Mubi.