domingo, 16 de novembro de 2025

4799 - FRANKENSTEIN (2025)


FRANKENSTEIN (FRANKENSTEIN, USA, 2025) - Dirigido por Guillermo del Toro, FRANKENSTEIN oferece uma perspectiva mais próxima da clássica história de Mary Shelley, concentrando-se nas complexas questões existenciais que cercam o monstro criado por Victor Frankenstein (Oscar Isaac). Del Toro, conhecido por sua habilidade em explorar temas sombrios e humanistas, mergulha profundamente na psique da criatura, transformando-a de um mero experimento científico em um ser que anseia por identidade, amor e pertencimento (quem nunca?). A crise existencial do monstro é o coração pulsante do filme: desde o seu nascimento, ele é rejeitado por seu criador e pela sociedade, uma rejeição que o submete a um profundo sentimento de solidão e desespero. A humanidade que reside em sua forma grotesca é um tema recorrente que del Toro explora com sensibilidade (vide A FORMA DA ÁGUA e O LABIRINTO DO FAUNO). O monstro não é apenas um ser de carne e osso, mas um reflexo das inseguranças e dores do ser humano. Ao longo do filme, o vemos lutando contra sua identidade, procurando compreender seu lugar no mundo e o que significa ser considerado "vivo". A busca por aceitação leva-o a confrontar questões de esperança e desespero, questionando se ele pode ser amado ou se está destinado a ser uma aberração. Essa dualidade é habilmente retratada por del Toro, que utiliza elementos visuais e narrativos para evocar empatia no espectador. Seu sofrimento ressoa profundamente, não como um monstro, mas como um ser que sente e anseia por conexão. A estética do filme, uma marca registrada de del Toro, desempenha um papel crucial na representação da crise existencial do monstro. Cenários sombrios e iluminados de forma dramática ilustram a solidão e o desespero, enquanto a música complementa a narrativa emocional. Cada interação do monstro — seja com Victor ou com a sociedade que o cerca — é carregada de tensão e dor. O uso de make-up e efeitos visuais confere humanidade à sua aparência, desafiando os espectadores a reconhecerem sua natureza heroica por trás de sua monstruosidade. Frankenstein de Guillermo del Toro redefine o clássico de uma maneira que não só respeita a fonte, mas a expande, proporcionando uma nova profundidade à crise existencial do monstro. O filme nos força a questionar nossas próprias percepções de normalidade, aceitação e o que significa ser verdadeiramente humano. Em última análise, a tragédia da criatura se torna um reflexo da fragilidade da condição humana, tornando esta obra não apenas um conto de horror, mas uma meditação profunda sobre a solidão e a busca por identidade. Directed by Guillermo del Toro, FRANKENSTEIN offers a closer perspective on Mary Shelley's classic story, focusing on the complex existential questions surrounding the monster created by Victor Frankenstein (Oscar Isaac). Del Toro, known for his ability to explore dark and humanistic themes, dives deep into the creature's psyche, transforming it from a mere scientific experiment into a being that yearns for identity, love and belonging (who hasn't?). The monster's existential crisis is the beating heart of the film: since his birth, he has been rejected by his creator and by society, a rejection that subjects him to a deep sense of loneliness and despair. Humanity residing in its grotesque form is a recurring theme that del Toro explores sensitively (see THE SHAPE OF WATER and PAN'S LABYRINTH). The monster is not just a being of flesh and blood, but a reflection of the insecurities and pains of the human being. Throughout the film, we see him struggling with his identity, seeking to understand his place in the world and what it means to be considered "alive". The search for acceptance leads him to confront issues of hope and despair, questioning whether he can be loved or if he is destined to be a freak. This duality is expertly portrayed by del Toro, who utilizes visual and narrative elements to evoke empathy in the viewer. Your suffering resonates deeply, not as a monster, but as a being who feels and longs for connection. The film's aesthetic, a del Toro trademark, plays a crucial role in depicting the monster's existential crisis. Dark, dramatically lit backdrops illustrate loneliness and despair, while music complements the emotional narrative. Every interaction of the monster — whether with Victor or with the society that surrounds him — is fraught with tension and pain. The use of make-up and visual effects lends humanity to her appearance, challenging viewers to recognize her heroic nature behind her monstrosity. Guillermo del Toro's Frankenstein redefines the classic in a way that not only respects the source but expands on it, providing a new depth to the monster's existential crisis. The film forces us to question our own perceptions of normalcy, acceptance, and what it means to be truly human. Ultimately, the tragedy of the creature becomes a reflection of the fragility of the human condition, making this work not only a tale of horror but a profound meditation on loneliness and the search for identity. Netflix.