sábado, 31 de dezembro de 2011
1238 - MÁQUINA MORTÍFERA 4
MÁQUINA MORTÍFERA 4
(LETHAL WEAPON 4, USA 1998) – este último episódio
não acrescenta muito ao anterior, a não ser a aposentadoria de Riggs e o
nascimento do seu filho com Lorna (Rene Russo). Murtaught torna-se avô e, no
meio disso tudo, ele têm que enfrentar uma gangue chinesa, chefiada por Jet Li.
Há um personagem irritante vivido pelo não menos irritante Chris Rock – um equívoco
do roteiro de uma série que poderia ser fechada com chave de ouro, não fosse o
tom excessivo no politicamente correto.
1237 - MÁQUINA MORTÍFERA 3
MÁQUINA MORTÍFERA 3
(LETHAL WEAPON 3, USA 1992) – este talvez seja o
mais fraco da série, com algumas situações ainda se repetindo, sem a mesma
graça de antes. Mas Gibson consegue manter seu personagem vivo, apesar do tom cômico
demais. Além disso, o par romântico que lhe deram não tem carisma, beleza ou
talento: Rene Russo parece fora de contexto e não há fagulhas entre ela e
Gibson.
1236 - MÁQUINA MORTÍFERA II
MÁQUINA MORTÍFERA II (LETHAL
WEAPON II, USA 1989) – já com o ritmo e o tom
estabelecidos no primeiro filme, Donner oferece altas doses de ação nesta
sequência, onde Riggs e Roger já estão mais entrosados e praticamente da mesma
família, já que Riggs se deixa placidamente adotar pelos Murtaugh. O humor fica
mais evidente, com a presença do personagem Leo Getz, de Joe Pesci, e Riggs
aparentemente reencontra o caminho da paixão nas então curvas perfeitas de
Patsy Kensit, que já foi casada com o líder do Oásis Liam Gallagher e que, anos
depois, havia recusado o convite para ser a Emily, em Friends (pobre Ross...).
O diretor claramente não tem medo de ousar aqui, tanto que umas das cenas mais
memoráveis (e improváveis) é a de Murtaught sentado na privada com uma bomba
prestes a explodir. A música de Eric Clapton e David Sandborn é a cereja do
bolo.
1235 - MÁQUINA MORTÍFERA
MÁQUINA MORTÍFERA (USA,
1987) – este primeiro filme da série dirigida por
Richard Donner (do superbo “O Feitiço de Áquila) funciona com perfeição, em
todos os sentidos, mesmo repisando a velha fórmula do “policial em fim de
carreira que é forçado a trabalhar com um mais jovem e mais rebelde”. Isso já
foi visto em vários filmes, antes e depois de Máquina Mortífera. No entanto, a
química entre Mel Gibson e Danny Glover pode ser considerada a mais perfeita
neste tipo de história, tanto que s sequências conseguem manter o alto nível e
a adrenalina, que só caem um pouquinho no quarto filme.
1234 - KING KONG (1976)
KING KONG (USA 1976) – tudo nesta refilmagem é ruim. Tentaram fazer uma
adaptação, e há até alguns bons efeitos especiais, mas a sensação que temos no
final é de um tremendo desperdício de tempo. A estreia de Jessica Lange não
podia ser mais constrangedora, e tudo se acumula grotescamente numa trama que não faz uma
homenagem ao Kong original (como fez Peter Jackson) nem cria alguma coisa nova.
1233 - KING KONG 2
KING
KONG 2 (KING KONG LIVES, USA 1986) – este é o tipo do filme que a gente tem vergonha de confessar que viu,
mas, fazer o quê? É um dos piores jamais feitos! E que tira a dignidade de um ícone cinematográfico, como Kong. A fita começa
com o nosso amigo primata sendo levado a um laboratório onde cientistas vão
ressuscitá-lo. Eles constroem um coração mecânico para o Kong, só que para
funcionar, precisam de alguns litros de sangue de gorila gigante, óbvio. Ora, é fácil!
Existem muitos desses perdidos na Floresta Amazônica. E lá vão os humanos
idiotas! Na floresta tropical fala-se todo tipo de línguas, menos o português.
Também encontram uma “Lady Kong” que se apaixona por um
dos cientistas, e assim, a capturam para reviver o protagonista desse
besteirol. O único aspecto digno de nota é a presença a bela Linda Hamilton,
mesmo assim, com um personagem completamente sem sentido. Mas ela é linda mesmo.
1232 - UNIVERSAL HORROR
UNIVERSAL
HORROR (USA 1998) - Narrado pelo ator Kenneth Branagh, este documentário resgata
a história dos monstros mais famosos, criados ou levados ao cinema pelos
estúdios Universal entre os anos 20 e 50. Dirigido pelo aclamado Kevin Brownlow
(Hollywood, The Pioneers, Cinema Europe, The Other Hollywood), "Universal
Horror" é um passeio "por trás das câmeras" de personagens que
se tornaram verdadeiros ícones da cultura norte-americana como Drácula, O homem
invisível, Frankenstein e o Lobisomem, entre outros.
1231 - O QUE É ISSO COMPANHEIRO?
O
QUE É ISSO COMPANHEIRO? (BRASIL, 1997) - O Que É Isso, Companheiro? é um filme brasileiro de 1997, dirigido por Bruno Barreto, com roteiro parcialmente baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, escrito em 1979. Produzido por Luiz Carlos Barreto, é estrelado por Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Cláudia Abreu, Matheus Nachtergaele, Luiz Fernando Guimarães e tem uma participação especial de Fernanda Montenegro e
do ator norte-americano Alan Arkin no papel de Charles Burke Elbrick, entre outros.
O enredo conta, com diversas licenças ficcionais, a história verídica do
sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969,
por integrantes dos grupos guerrilheiros de esquerda MR-8 e Ação
Libertadora Nacional, que lutavam contra a ditadura militar do
país na época e pretendiam trocar o embaixador por companheiros presos. Alguns nomes dos personagens ligados à guerrilha
foram trocados em relação a seus nomes verdadeiros no livro e na vida real.
1230 - PIRANHA (1978)
PIRANHA (PIRANHA, USA 1978) - O Piranha original
recupera uma veia de filme B que em Tubarão (também um filme de orçamento
reduzido) era inexistente ou atenuada, pois o trabalho de direção de Spielberg
era inflado o suficiente para o seu filme querer tomar ares de grande produção
(acabou se tornando o primeiro blockbuster do cinema), enquanto que Joe Dante
não renega, e até reafirma, a sua condição de filme pequeno. Jack Arnold, um
dos mestres do cinema de fantasia da década de 1950, é citado em mais de uma
ocasião em Piranha, enquanto que a referência mais direta à obra de Spielberg é
a da introdução em cena da protagonista, Maggie (Heather Menzies), jogando um
fliperama baseado justamente em Tubarão, onde no jogo o que se controla é o
tubarão, e o objetivo é devorar os banhistas. Passada essa menção muito rápida
e até irônica, Dante pode continuar o seu filme do modo que lhe interessa, e
que se distingue de Tubarão não apenas em estética, mas também em ponto de
vista, porque se no filme de Spielberg o que há é um desejo de retornar o mais
rápido possível à ordem como ela era antes, em Piranha a tragédia que prenuncia
um caos apocalíptico serve de oportunidade para pensar no sistema que entrou em
colapso, no caso a partir dos males da ciência a serviço dos políticos e
militares (as piranhas destruidoras foram criadas pelo exército como estratégia
de guerra na possibilidade de contaminar os rios vietnamitas, conforme declara
o cientista responsável pela criação delas, e num descuido escapam do tanque em
que estão confinadas e chegam aos lagos da região, com o risco de alcançar o
oceano e se espalharem pelo mar de todo o país). Piranha se encerra com um final aberto bastante
sombrio, após o clímax antológico no ataque das piranhas a uma colônia de
férias infantil, que segue um desfecho aparentemente feliz no qual é impossível
vivenciar um sentimento de triunfo ou vitória, o que é mais desconcertante e
negativo que qualquer coisa encontrada nos filmes de gênero do seu tempo
1229 - BEIJOS PROIBIDOS
BEIJOS PROIBIDOS (BAISERS
VOLÉS, 1968) - Esta terceira
aventura de Antoine Doinel foi feita durante os protestos estudantis de maio de
1968 e por isso é dedicada ao diretor da Cinemateca francesa, Henri Langlois,
na época ameaçado de demissão. Faz parte da série autobiográfica do diretor
François Truffaut (1932-1984), sempre com o ator Jean-Pierre Léaud como Doinel
e iniciada com "Os Incompreendidos" ("Les 400 Coups",
1959), que foi também a estréia do diretor no longa-metragem. Seguiu-se um
episódio de "O Amor aos Vinte Anos" ("LŽAmour à 20 Ans",
1962) e depois este "Beijos Proibidos", no qual o personagem conhece
sua futura mulher, interpretada por Claude Jade. Truffaut tirou o título original das palavras de uma
canção de Charles Trenet, "Que-Rest-t-il de Nos Amours?", que
pergunta o que resta de nossos amores, de nossos dias felizes, olhos amassados,
beijos roubados. Truffaut dizia que, se o filme ficasse parecido com essa
canção, ficaria contente. Foi esse exatamente o resultado: um filme suavemente
melancólico, simples e complicado como a vida, ao mesmo tempo poético e
divertido. E que na verdade não se parece com nada que já tivesse sido feito em
cinema antes. Somente Truffaut conseguiria transformar em emoção
uma imagem tão prosaica como a de uma carta "pnéumatique" -- um
sistema já extinto, que havia apenas em Paris, pelo qual se podia enviar uma
mensagem expressa por um sistema de tubos subterrâneos injetados com ar
comprimido, chegando ao destinatário no mesmo dia.
Se quisermos teorizar sobre os temas do filme, podemos dizer que Truffaut sempre condena as instituições como culpadas pelas formalidades e distorções das relações humanas, enquanto celebra a beleza da sorte e da coincidência. "Beijos Proibidos" é um belo e inesquecível filme, indicado ao Oscar de melhor produção estrangeira. Esta edição faz parte da coleção "As Aventuras de Antoine Doinel" e traz como extras os trailers da série com o personagem e biografia do diretor.
Se quisermos teorizar sobre os temas do filme, podemos dizer que Truffaut sempre condena as instituições como culpadas pelas formalidades e distorções das relações humanas, enquanto celebra a beleza da sorte e da coincidência. "Beijos Proibidos" é um belo e inesquecível filme, indicado ao Oscar de melhor produção estrangeira. Esta edição faz parte da coleção "As Aventuras de Antoine Doinel" e traz como extras os trailers da série com o personagem e biografia do diretor.
1228 - SIM SENHOR
SIM SENHOR (YES MAN, 2008) - O filme conta a
história de Carl Allen (Jim Carrey), um homem que diz "não" a tudo. Sempre
que é convidado para algo por algum amigo, ele nega,
geralmente inventando uma desculpa para não fazê-lo. Porém um dia ele se
inscreve num programa de auto-ajuda com base num princípio simples: dizer
"sim" a tudo e a qualquer coisa... No início, o poder do
"sim" transforma a vida de Carl, mas logo descobre que aceitar tudo
que lhe é proposto pode gerar situações inconvenientes. O filme é inesperadamente muito bom.
1227 - SIMPLESMENTE AMOR
O novo Primeiro-Ministro inglês (Hugh Grant) se apaixona por uma de suas funcionárias (Martine McCutcheon). Um escritor (Colin Firth) se refugia no sul da França para curar seu coração e acaba encontrando o amor. A mulher muito bem casada (Emma Thompson) suspeita que seu marido (Alan Rickman) a está traindo. A recém-casada (Keira Knightley) suspeita dos sentimentos do melhor amigo do marido (Andrew Lincoln) por ele. Um menino (Thomas Sangster) deseja chamar a atenção da garota mais inatingível da escola. Um viúvo (Liam Neeson) tenta se relacionar com o enteado (Thomas Sangster) que mal conhece. A americana (Laura Linney) há muito tempo espera uma chance de sair com o colega de trabalho (Rodrigo Santoro) por quem é perdida e silenciosamente apaixonada. O astro do rock (Bill Nighy), em fim de carreira, tenta um retorno ao palco de um jeito bem descompromissado. E, assim, o amor vai transformando a vida de todos os personagens dessa comédia romântica em um caos total. São vidas e amores de londrinos que colidem e se misturam.
1226 - APERTEM OS CINTOS, O PILOTO SUMIU 2
Há um louco detonador a bordo, o primeiro módulo lunar está para se autodestruir, as máquinas não estão funcionando e o pior de tudo: atripulação descobre que está sem nenhum café! É novamente a grandemaluquice de Apertem os Cintos..., Robert Hays e Julie Hagerty saindototalmente de órbita para recriar seus hilariantes personagensoriginais. Conseguirá Hays salvar o dia outra vez... mesmo sem café?Apertem os cintos para um vôo inesquecível... e boa viagem!
1225 - CLAMOR DO SEXO
CLAMOR
DO SEXO (SPLENDOUR IN THE GRASS, USA 1961) - Elia
Kazan é um dos maiores diretores norte-americanos de todos os tempos, suas
obras são magníficas, abordando sempre temas polêmicos e relevantes. Citando
alguns de seus melhores trabalhos, "A Luz é Para Todos" aborda o
anti-semitismo, trazendo Gregory Peck como um jornalista que se passa por um
judeu; "Sindicato de Ladrões" tem um tema político, estrelando Marlon
Brando como um ex-boxeador que luta contra um sindicato de corruptos;
"Vidas Amargas" retrata o drama de um jovem (James Dean) e sua
dificuldade de relacionamento com o pai e "Uma Rua Chamada Pecado",
com certeza o seu filme com o maior peso dramático, é a película com aspectos
bastante semelhantes ao filme criticado aqui, sexualmente falando, de acordo
com a moral da época. "Clamor do Sexo", depois de "Uma
Rua", é o filme mais polêmico de Kazan. Os belíssimos Bud (Warren Beatty)
e Deani (Natalie Wood) são jovens que formam um casal apaixonado no final dos
anos 20, um ano antes da Grande Depressão. Bud é herdeiro de uma grande
companhia de petróleo, já Deani é filha de um doceiro, mas a diferença
econômica não é nem de longe o principal fator que vai interferir em seu
relacionamento. E qual é então o fator principal? O simples e puro desejo
sexual. Ora, estamos falando dos anos 20, uma época em que uma garota 'de
família' não podia nem cogitar a idéia de transar com seu namorado antes do
casamento, por mais que o desejo aflorasse. Na verdade, o desejo da mulher
tinha que ser totalmente reprimido, como diz a mãe de Deani à filha: - Só
fazemos essas coisas para satisfazer os nossos maridos, para reprodução. A
mulher não sente tanta vontade quanto o homem. Com esse diálogo, vemos que
realmente muita coisa mudou em menos de cem anos, e a década de 20 seria o
ponto de partida para as grandes mudanças ocorridas nesse século.
Devido à essa repressão sexual, Bud começa a ficar cada vez mais e mais frustrado, e ainda tem que enfrentar o dilema entre ir para faculdade e casar com Deani só depois da graduação, ou continuar na cidade e trabalhar como fazendeiro. Ele também sofre uma forte pressão por parte de seu pai, que deseja ter um filho estudado. Esses típicas questões da época que ainda persistem de alguma forma. Para completar, Bud tem uma irmã que é a ovelha negra da família, o oposto de Deani, ela não liga para o que os outros pensam e não tem medo de satisfazer seus desejos, em 1928, uma verdadeira promíscua. As atuações são um dos maiores pontos fortes do filme, e não era de se esperar por menos, vindo de um verdadeiro diretor de atores. Em "Uma Rua Chamada Pecado", Marlon Brando e Vivien Leigh dão um show de intepretação, nesse o desejo sexual entre os dois é claro e confuso ao mesmo tempo, não há amor entre os dois, apenas um desejo carnal e um ódio espiritual. O diretor também tira o melhor de James Dean em um de seus únicos três filmes, Dean é mais que convincente na pele de um jovem atormentado por sua família. Estudante ilustre do Método Strasberg, Kazan desenvolveu com seus atores (principalmente Dean e Brando, esse último consagrado em "Uma Rua") um modo peculiar (para a época) de interpretação: falando de uma maneira mais superficial, o método consistia em fazer com que o ator resgatasse sentimentos (bons ou ruins) de seu passado e assim usá-los em prol do papel que estaria interpretando; um método muito controverso, recebendo pesadas críticas de grandes atores como, por exemplo, o shakesperiano Laurence Olivier, mas isso é outra história.
Em "Clamor", ele dá para Warren Beatty o seu primeiro papel de destaque, e o jovem ator se sai muito bem, mas é Natalie Wood, que já tinha provado ser uma grande atriz no eterno musical "Amor, Sublime Amor" e em "Juventude Transviada, que rouba o filme. A sua depressão gradativa por conta do afastamento de Bud é extraordinário. Esse aspecto não deixa de ser um pouco forçado por parte do roteirista Willian Inge, que exagera melodramaticamente ao internar Deani num hospício muito rapidamente. O exagero é ainda maior, pois não nos é mostrado claramente o afastamento do casal, quando percebemos, Deani já está berrando histericamente na banheira de sua casa. Entretanto, como Wood trabalha com muita competência acabamos nos convencendo e assim tudo se torna mais real. O elenco mais velho também está ótimo, destaque para Pat Hingle que interpreta "Bud's old man", Hingle possuía um carisma natural assim como Burl Ives, que interpretou o durão "Old Man" em "Gata em Teto de Zinco Quente". Um paralelo interessante pode ser feito com "Vidas Amargas" no que diz respeito à relação pais e filhos, em "Vidas" o sofrimento do jovem interpretado por James Dean é diretamente proporcional à indeferença do pai; já em "Clamor" não há culpados, a mãe de Deani apenas a criou como a sua mãe a tinha criado, e assim sucessivamente (um fator explícito na obra em um belo diálogo), era simplesmente a cultura da repressão sexual que predominava nas famílias.
A partir daí o romance acaba e o enredo segue outro rumo. Bud decide-se por ir à faculdade, mas não consegue terminar nem o primeiro ano devido ao seu desajustamento no ambiente acadêmico (- Sempre achei que não são todos que devem frequentar uma universidade, diz o reitor de Yale). Deani se apaixona por um jovem no centro psiquiátrico e quando entramos em 29, a crise financeira mundialmente conhecida afeta às duas famílias, causando um dano trágico para uma delas. Mesmo que parte da tragédia da película seja por conta dessa crise (outro aspecto mal explorado, ainda que não seja o tema principal), é impossível não termos a impressão que todos os acontecimentos são desencadeados pela repressão sexual dos jovens. As frustrações, os medos, as inseguranças, tudo é aumentado por causa disso, no começo de um século que mudaria completamente o jeito de pensar do Ocidente.
Com uma direção correta, filmando algumas cenas com ângulos fora do tradicional (mas já usados em "Vidas"), Kazan é ousado em dirigir uma obra com temas fortes e pouco mostrados no Cinema ainda nos anos 60. Essa década serviu como caminho para o Cinema da década seguinte, que definiria os padrões da Sétima Arte até hoje, os anos 60 estavam aos poucos se libertando das amarras, abandonando as ingenuidades e hipocrisias dos anos anteriores, como o Código Hays (que afetou drasticamente o roteiro original de obras como "O Pecado Mora ao Lado", por exemplo).
Devido à essa repressão sexual, Bud começa a ficar cada vez mais e mais frustrado, e ainda tem que enfrentar o dilema entre ir para faculdade e casar com Deani só depois da graduação, ou continuar na cidade e trabalhar como fazendeiro. Ele também sofre uma forte pressão por parte de seu pai, que deseja ter um filho estudado. Esses típicas questões da época que ainda persistem de alguma forma. Para completar, Bud tem uma irmã que é a ovelha negra da família, o oposto de Deani, ela não liga para o que os outros pensam e não tem medo de satisfazer seus desejos, em 1928, uma verdadeira promíscua. As atuações são um dos maiores pontos fortes do filme, e não era de se esperar por menos, vindo de um verdadeiro diretor de atores. Em "Uma Rua Chamada Pecado", Marlon Brando e Vivien Leigh dão um show de intepretação, nesse o desejo sexual entre os dois é claro e confuso ao mesmo tempo, não há amor entre os dois, apenas um desejo carnal e um ódio espiritual. O diretor também tira o melhor de James Dean em um de seus únicos três filmes, Dean é mais que convincente na pele de um jovem atormentado por sua família. Estudante ilustre do Método Strasberg, Kazan desenvolveu com seus atores (principalmente Dean e Brando, esse último consagrado em "Uma Rua") um modo peculiar (para a época) de interpretação: falando de uma maneira mais superficial, o método consistia em fazer com que o ator resgatasse sentimentos (bons ou ruins) de seu passado e assim usá-los em prol do papel que estaria interpretando; um método muito controverso, recebendo pesadas críticas de grandes atores como, por exemplo, o shakesperiano Laurence Olivier, mas isso é outra história.
Em "Clamor", ele dá para Warren Beatty o seu primeiro papel de destaque, e o jovem ator se sai muito bem, mas é Natalie Wood, que já tinha provado ser uma grande atriz no eterno musical "Amor, Sublime Amor" e em "Juventude Transviada, que rouba o filme. A sua depressão gradativa por conta do afastamento de Bud é extraordinário. Esse aspecto não deixa de ser um pouco forçado por parte do roteirista Willian Inge, que exagera melodramaticamente ao internar Deani num hospício muito rapidamente. O exagero é ainda maior, pois não nos é mostrado claramente o afastamento do casal, quando percebemos, Deani já está berrando histericamente na banheira de sua casa. Entretanto, como Wood trabalha com muita competência acabamos nos convencendo e assim tudo se torna mais real. O elenco mais velho também está ótimo, destaque para Pat Hingle que interpreta "Bud's old man", Hingle possuía um carisma natural assim como Burl Ives, que interpretou o durão "Old Man" em "Gata em Teto de Zinco Quente". Um paralelo interessante pode ser feito com "Vidas Amargas" no que diz respeito à relação pais e filhos, em "Vidas" o sofrimento do jovem interpretado por James Dean é diretamente proporcional à indeferença do pai; já em "Clamor" não há culpados, a mãe de Deani apenas a criou como a sua mãe a tinha criado, e assim sucessivamente (um fator explícito na obra em um belo diálogo), era simplesmente a cultura da repressão sexual que predominava nas famílias.
A partir daí o romance acaba e o enredo segue outro rumo. Bud decide-se por ir à faculdade, mas não consegue terminar nem o primeiro ano devido ao seu desajustamento no ambiente acadêmico (- Sempre achei que não são todos que devem frequentar uma universidade, diz o reitor de Yale). Deani se apaixona por um jovem no centro psiquiátrico e quando entramos em 29, a crise financeira mundialmente conhecida afeta às duas famílias, causando um dano trágico para uma delas. Mesmo que parte da tragédia da película seja por conta dessa crise (outro aspecto mal explorado, ainda que não seja o tema principal), é impossível não termos a impressão que todos os acontecimentos são desencadeados pela repressão sexual dos jovens. As frustrações, os medos, as inseguranças, tudo é aumentado por causa disso, no começo de um século que mudaria completamente o jeito de pensar do Ocidente.
Com uma direção correta, filmando algumas cenas com ângulos fora do tradicional (mas já usados em "Vidas"), Kazan é ousado em dirigir uma obra com temas fortes e pouco mostrados no Cinema ainda nos anos 60. Essa década serviu como caminho para o Cinema da década seguinte, que definiria os padrões da Sétima Arte até hoje, os anos 60 estavam aos poucos se libertando das amarras, abandonando as ingenuidades e hipocrisias dos anos anteriores, como o Código Hays (que afetou drasticamente o roteiro original de obras como "O Pecado Mora ao Lado", por exemplo).
1224 - POSSUÍDA
POSSUÍDA
(THE NEW DAUGHTER, USA 2009)
– “Possuída” é um filme de baixo orçamento convencional de casa
assombrada e possessão com um final pavoroso. “Possuída” parece um “enlatado” feito para TV, com personagens e
situações não bem desenvolvidos e uso excessivo de clichês e atitudes nem
um pouco razoável. Louisa é um personagem desagradável desde o início e é
impossível sentir qualquer empatia por ela. Eu não me lembro qual foi
o último bom filme de Kevin Costner, cuja carreira parece estar indo
ladeira abaixo.
1232 - A ALEGRE DIVORCIADA
A ALEGRE DIVORCIADA
(THE GAY DIVORCEE, USA 1934) – esta segunda
parceria de Fred Astaire e Ginger Rogers é um exemplo clássico de um roteiro a
serviço dos números de dança. A história é um clone de “Top Hat”, com aquelas
confusões de identidade totalmente previsíveis. Mas, aqui, o que importa é a
dupla dançando maravilhosamente, e cada vez mais me convenço de que nunca mais
haverá um dançarino como Astaire que, além de tudo, era um ótimo ator. Atenção para
o número de dança em que ele canta “Night and Day”, de Cole Porter. E também a
atuação engraçadíssima de Edward Everett Horton.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
1230 - PERDIDOS NA NOITE
PERDIDOS NA NOITE (MIDNIGHT
COWBOY, USA 1969) - Midnight Cowboy conta a história de dois
homens – Joe Buck (Jon Voight) e Rico “Ratso” Rizzo (Dustin Hoffman) – que ao
final da década de 1960 tentam manter vivas pequenas esperanças, frutos de
vidas que floresceram na marginalidade. Joe é um caubói estilizado e sonhador, além de
fã incondicional de John Wayne, um ícone do “macho man” americano da época.
Acompanhado por um simples rádio de pilha, sai do Texas e desembarca em Nova
Iorque com um sonho: ser gigolô de mulheres ricas. Mas, a cidade das
“oportunidades” não lhe oferece nada mais que dissabores. Em meio à decepção, conhece Ratso, um
vagabundo que lhe aplica um golpe e pega seu dinheiro. Mais tarde quando voltam
a se encontrar, Joe cobra a grana usurpada por Ratso. Porém, logo se compadece
desse sujeito tuberculoso e habitante de um prédio abandonado, que retrata as
condições sub-humanas que a grande metrópole esconde em suas vísceras. Surge,
daí, uma sólida amizade – o
único valor que sobra para os dois – e, unidos, perambulam entre os
arranha-céus sem dinheiro, comida e condições de higiene. Nesse território
nova-iorquino, Joe e Ratso se transformam em duas almas perdidas e errantes,
embora ainda crentes nos seus sonhos trincados. O filme mostra como a terra da “liberdade” pode
escravizar na miséria ingênuos sonhadores. Na qual a alternativa – escolhida em
desespero – é o roubo, a prostituição ou a penhora de um bem, mesmo que este
seja o simples rádio de pilha. As sequências dramáticas dirigidas por John
Schlesinger são surpreendentes e bem
criativas, tangenciando uma estética mais realista, na qual os dramas das
grandes cidades começavam a ser mostrados em cores cruas . Numa das cenas, por
exemplo, Joe e Ratso recebem um convite para uma festa. Nela, o final da década
de 1960, nos EUA, é mostrada como os primórdios da liberação sexual e da disseminação
das drogas. Midnight Cowboy, entretanto, não se baseia apenas
nas angústias de seus protagonistas. Apesar do sofrimento, ainda se é possível encontrar
um certo humor amargo. Joe, por exemplo, não abandona sua “pose” de John
Wayne, sendo motivo de risos para as pessoas. Não deixa de ser engraçado um
take em que Ratso sai mancando atrás de Joe pelas ruas da cidade, como a
mostrar a diferença nem tão profunda assim dos seus mundos. Mas há ainda os
planos que os mantêm vivos: Joe de conquistar sua primeira cliente. E Ratso por
uma nova vida em Miami. É exatamente isso que dá ao filme seu profundo grau de
dramaticidade.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
1229 - O GRANDE TRUQUE
O GRANDE TRUQUE (THE
PRESTIGE, USA 2006) – Os filmes de Christopher
Nolan costumam falar de homens movidos por obsessões. Desde o grande suspense
de inversão temporal Amnésia até o
filme noir Insônia e o
épico Batman Begins, Nolan vem descrevendo uma trajetória que o
conduziu naturalmente a O Grande Truque, um filme em que a obsessão domina tudo. A história gira em torno da rivalidade entre
dois mágicos londrinos na virada do século 20 (Hugh Jackman e Christian Bale). Cada um é obcecado pelos segredos e o sucesso
profissionais do outro. A obsessão é como uma droga: quanto mais mergulham
nela, mais a desejam. Assim como os mágicos costumam serrar uma mulher ao
meio em alguns números, os personagens deste filme também aparecem todo tempo
divididos. Um
truque de mágica pode parecer simples para os leigos, mas não é bem assim,
principalmente na virada do século, em Londres, período em que é ambientada a
história. O filme explica que são necessários três atos para constituir uma boa
mágica: A Promessa, no qual o mágico
apresenta um objeto comum que, geralmente, não é; A Virada, em que esse
objeto comum será transformado em algo extraordinário, momento em que todos
tentam descobrir o segredo; e O Grande Truque, no qual ocorre a mudança e a grande surpresa para a platéia
que sempre fica estarrecida com o resultado. E é nessa mesma seqüência que os
fatos vão acontecendo no filme, com um final surpreendente. E por falar em mágica, ainda tem Scarlett Johansson, tão bela, mas tão
bela, que a gente custa a acreditar que seja de verdade.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
1228 - O PLANETA DOS MACACOS - A ORIGEM
O PLANETA DOS
MACACOS, A ORIGEM (RISE OF THE PLANET OF THE APES, USA 2011) – o que mais impressiona no filme é a fantástica caracterização de Andy
Serkis como Caesar, graças a produtora neozelandeza Weta. A evolução do
chimpanzé, desde a sua infância até o momento em que lidera a revolução que fez
surgir o mundo que Charlton Heston encontrou no filme de 1968, é de fascinar,
ao mesmo tempo em que aterroriza. Depois de mais de 40 anos, a ideia de
destruição em função do húbris – a presunção do homem de se achar senhor do
destino ou da criação – permanece intocável. Claro que o filme original é muito
mais impactante. Este, apenas, cumpre uma função burocrática de explicar o que
poderia ter ocorrido e capricha nos efeitos especiais, em especial, como já
disse, na criação de Ceasar, cujo último olhar em cena é tão marcante que por
si só dá o tom sombrio do filme.
1227 - ROOKIE, UM PROFISSIONAL DO PERIGO
ROOKIE, UM PROFISSIONAL
DO PERIGO (ROOKIE, USA 1990) – de Clint Eastwood.
A velha fórmula do policial veterano (Clint) às voltas com um novo parceiro de investigações
(Charlie Sheen), que não se dão bem no início, mas acabam ficando grandes
amigos no final, depois de derrotarem um bandido meio caricato, vivido por Raul
Julia. Aliás, o aspecto interessante neste filme é a presença de Sonia Braga,
como uma vilão femme fatale, cuja única cena de certo destaque é a sedução
imposta a um Clint Eastwood amarrado em uma cadeira. A fotografia é muito
escura na maior parte das cenas. Dirty Harry no melhor estilo.
domingo, 25 de dezembro de 2011
1226 - MEGAMENTE
MEGAMENTE
(MEGAMIND, USA 2010) - Megamente (Will Ferrell) ganhou uma
reputação de ser o supervilão mais brilhante que o mundo já conheceu. Ao longo
dos anos, ele tentou conquistar Metro City em todos os sentidos imagináveis.
Cada tentativa foi um fracasso colossal, graças ao super-herói conhecido como
"Metro Man" (Brad Pitt), , desde os seus
dias em fraldas. De repente,
apesar de ter derrotado seu inimigo, Megamente percebe que ele não tem nenhuma
finalidade, tornando-se um supervilão sem um super-herói. Ele se dá conta de que
alcançar a ambição de sua vida é a pior coisa que já aconteceu com ele.
Megamente decide que a única maneira de sair de sua rotina é criar um novo
herói chamado Titan a partir de um ex-cinegrafista chamado Hal (Jonah Hill), que tem uma
paixão amarga e incorrespondida pela repórter Rosana (Tina Fey). Titan inicialmente promete ser maior, melhor e
mais forte do que Metro Man sempre foi. Rapidamente Titan começa a pensar que é
muito mais divertido ser um bandido do que um cara bom, mas Titan não quer
dominar o mundo, ele quer acabar com ele e com quem fica em seu caminho.
Megamente, auxiliado por seu companheiro de infância Minion (David Cross), em seguida, pede
para parar Titan, iniciando um caminho para a redenção do processo. Muito divertido.
1225 - FREUD, ALÉM DA ALMA
FREUD, ALÉM DA
ALMA (FREUD, USA, 1962) – de John Huston. Huston havia
chamado Sartre para escrever o roteiro do filme, mas os dois acabaram se
desentendendo e o diretor acabou finalizando a produção sozinho, o que talvez
tenha dado mais dramaticidade à história de Freud e de suas descobertas sobre o
inconsciente e a teoria dos sonhos. Além disso, há a extraordinária atuação de
Montgomery Cliff (1920 – 1966), em que o drama da sua vida real se reflete: ele
havia sofrido um acidente de carro em 1956, durante a gravação de “A Àrvore da
Vida”, quando teve seu rosto desfigurado. No filme, veem-se claramente s
cicatrizes. Ademais, é sabido que Huston o perseguia no set de filmagens,
aludindo de maneira negativa à sua homossexualidade. O que resulta daí é um
Freud tenso, amargurado e, ao mesmo tempo, fascinado com suas descobertas. Susannah
York é a sua paciente no filme e está lindíssima como a frágil Cecily.
1224 - HOMEM DE FAMÍLIA
O HOMEM DE FAMÍLIA (THE FAMILY MAN, USA 2000) – como faço todos os anos, na época do Natal, assisto a este filme, que já se tornou um clássico que evoca desde de Frank Capra (em “A felicidade não se compra”) até o tradicional conto de Charles Dickens sobre a importância da família na vida de qualquer ser humano. Jack Cambell, o homem do título, é um executivo muito bem sucedido profissionalmente, mas completamente imerso numa solidão que a todo custo tenta disfarçar. Depois de intervir num assalto, na véspera do Natal, ele acorda em outra realidade no dia seguinte: está casado com a namorada de colégio (a belíssima Téa Leoni), é pai de suas crianças, e leva uma vida típica de classe média em Nova Jersey. Aí, vêm as reflexões sobre as escolhas que fazemos na vida. Um filme fascinante.
1223 - EM BUSCA DO OURO
EM BUSCA DO OURO (THE GOLD RUSH, USA 1925) – este clássico de Chaplin foi relançado em 1940, com a narração do próprio, o que não tira nem um pouco o brilho e a genialidade da produção. Há cenas que se eternizaram na história do cinema, como, por exemplo, a refeição que Chaplin faz com a bota, o delírio em que Chaplin se transforma num frango e a impressionante dança com os pãezinhos, que mistura simplicidade e mágica - veja aí em baixo. Um dos raros filmes de Chaplin em que há um final feliz.
1222 - A GAROTA DA VITRINE
A GAROTA DA VITRINE (SHOPGIRL, USA 2005) – apesar da presença de
Steve Martin, este filme é um drama e não é dos melhores. Além disso, é
assustador o rosto de Martin, evidentemente arredondado com Botox. Parecia um
boneco de cera. No filme, ele, um milionário playboy, se aproxima de uma moça
que trabalha como balconista na Saks da Quinta Avenida, atuação razoável de
Claire Danes. Ao mesmo tempo, entra em cena um rapaz meio perdido na vida,
Jeremy (Jason Schwartzman, de Bored to Death), e o triângulo se forma. O filme
se arrasta nestas idas e vindas, sem grandes surpresas. O roteiro foi baseado
num romance escrito pelo próprio Martin. Na tela, faltam substância e
profundidade, e sobra saudade do histrionismo que ele emprestava aos seus
filmes antigos.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
1221 - A MULHER DE 15 METROS
A MULHER DE 15
METROS DE ALTURA (THE ATTACK OF THE 50 FOOT WOMAN, USA 1958) – o filme foi lançado na esteira de outros na época que exploraram histórias
com personagens e outros seres com alterações de tamanho, principalmente por
causa da radiação atômica, a grande paranóia daquele tempo, como, por exemplo “The
War of the Colossal Beast” e o “O Incrível Homem que encolheu”. Só que este
aqui é, talvez, o mais campy de todos, já que a mulher em questão se agiganta
em função de um contato com uma nave alienígena, totalmente inexplicada,
diga-se, e vai atrás do marido que a está traindo com uma garota de programa. Os
efeitos são paupérrimos, mesmo para os padrões da época, devido às evidentes
restrições orçamentárias. O curioso é que o cartaz do filme mostra uma cena que
não existe na história, mas que passou a ser mais conhecida do que o próprio
filme (olhe aí do lado). Em 1980, houve um remake com Daryl Hannah, que fiz questão de esquecer.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
1220 - CAPITÃO AMÉRICA, O PRIMEIRO VINGADOR
CAPITÃO AMÉRICA,
O PRIMEIRO VINGADOR (CAPTAIN AMERICA, THE FIRST AVENGER USA 2011) – bem, o filme é talvez a mais ousada exaltação do americanismo levada
ao mais alto grau de paroxismo. Se você não levar isso muito a sério, dá para
curtir e muito o filme sobre um jovem franzino cujo maior sonho é servir ao exército
dos EUA na Segunda Guerra. Depois de submetido a uma experiência científica
patrocinada pelo exército americano para formar super soldados, ele passa a ser
a principal propaganda do governo para os famosos bônus de guerra. Bom, logo
depois, se transforma num verdadeiro herói, como era de se esperar. A produção é
caprichada, mas, a meu ver, erraram na escolha da mocinha, a fraca Hayley
Atwell. Chris Evans nasceu para o papel-título.
1219 - A MULHER DE MEU AMIGO
A MULHER DO MEU AMIGO (BRASIL, 2008) – de Cláudio Torres. Filme conta a história do bem-sucedido homem de negócios Thales (Marcos
Palmeira), que está em crise com sua profissão. Casado com a rica, bonita e
mimada Renata (Mariana Ximenes), ele trabalha no escritório do poderoso e
amoral empresário Augusto (Antônio Fagundes) que, além de chefe, é também seu
sogro. Durante uma temporada de férias, desfrutada numa casa de campo com sua
esposa e os amigos de longa data Rui (Otávio Müller) e Pamela (Maria Luisa
Mendonça), Thales decide que vai parar de trabalhar. A resolução, aparentemente
pessoal e intransferível, acaba afetando a vida de todos que o cercam e
desencadeando uma série de confusões, como uma improvável troca entre os
casais. Pois é, mas o filme não presta, apesar da presença radiante de Mariana
Ximenes.
domingo, 18 de dezembro de 2011
1218 - CAMILLE, UM AMOR DE OUTRO MUNDO
CAMILLE, UM AMOR
DE OUTRO MUNDO (CAMILLE, USA, UK, 2008) – o filme é uma
fantasia amorável que se sustenta principalmente pelas atuações dos
protagonistas, James Franco e Sienna Miller. Os dois saem para sua lua de mel,
nas Cataratas do Niágara, com motivações aparentemente diferentes: ela está
apaixonada, e ele apenas quer ter a chance de fugir do país, já que está em
condicional, por causa de pequenos furtos. A partir daí, a fábula começa,
flertando com a comédia e a seara sobrenatural, com um final previsível. No elenco,
David Carradine (08 de dezembro de 1936 – 03 de junho de 2009).
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