1. DEADPOOL (DEADPOOL, USA/Canadá, 2016) – A arte do deboche e da autodepreciação tem sua expressão máxima no atrevido, exuberante e totalmente divertido filme em que Ryan Reynolds finalmente encontra um personagem que tem tudo a ver com sua carreira ciclotímica – não é à toa que, em várias cenas, ele, Reynolds, passa a ser referência escrachada das melhores gags do roteiro. É o pináculo do politicamente incorreto, sem preocupações com o que possa, eventualmente, ser entendido como mal gosto ou um sacrilégio ao panteão dos super-heróis. No entanto, tudo funciona, mesmo o vilão mal elaborado, a única nota dissonante do filme. No mais, Reynolds encontra finalmente o tom certo para o seu jeito de rapaz honesto sob uma capa de safadeza, e Morena Baccarin, muito bonita mesmo, enfeita com talento a vida amorosa de um super-herói que está a anos-luz do chatíssimo bom mocismo do Capitão América, por exemplo. 😊