CONTÁGIO – EPIDEMIA MORTAL (MAGGIE, USA, 2015) – A piada é inevitável: o
gênero de filmes de zumbis ainda vive. Quem embarcou na onda, desta vez, foi
Arnold Schwarzenegger e, diga-se, com uma feliz escolha de roteiro. MAGGIE não
é exatamente como seus congêneres, como quer sugerir o título forçador de barra
em português – conta a história de Maggie (Abigail Breslin), infectada por um
vírus que, em breve, vai transformá-la em uma morta-viva. O que há de diferente
aqui é a relação com seu pai (Arnoldão) que, amoroso ao extremo, fica ao seu
lado o tempo todo, nunca a deixando desamparada e minimizando a discriminação
da sociedade em relação a filha doente e deprimida. O fator zumbi aqui é o
menos importante – Maggie poderia estar em qualquer outra situação em que, potencialmente,
fosse marginalizada. O mais importante do roteiro é o foco no amor de um pai
capaz de tudo para proteger a filha da morte social antecipada. Arnold
Schwarzenegger tem, possivelmente, o melhor papel da sua vida, numa atuação
contida, sofrida e extremamente convincente. Algo parecido com que aconteceu
com o parceiro Stallone, em CREED.