segunda-feira, 12 de junho de 2017

2963 - ELIS

   
Andreia Horta: a escolha perfeita para uma bela cantora
   ELIS (BRASIL, 2016) – Realizado de maneira quase burocrática, a cinebiografia de Elis Regina não traz aquilo que a cantora sempre representou na sua carreira: emoção. Beirando o didatismo biográfico, no pior sentido do termo, o diretor Hugo Prata perfila shows e apresentações de TV, em que a cantora, supostamente, vai construindo sua trajetória, mas o problema é que nada disso emociona quem assiste e, sobretudo, quem conhece minimamente a vida – e a força dramática - de Elis Regina. A narrativa linear é pobre, apressada e fria, como a cena da sua morte, causada por uma mistura de álcool e cocaína. Por outro lado, há a vigorosa performance, da belíssima Andreia Horta. Ela segura o personagem com talento, procurando dar a ele a emoção que faltou ao roteiro. Embora seja muito mais bonita que Elis, Andreia a traz para a tela de forma bem convincente, especialmente nos números musicais, nos quais entrelaça sua voz com os registros originais da cantora.