A VIGILANTE DO AMANHÃ – GHOST IN THE SHELL
(UK, China, USA, 2017) – Talvez minhas expectativas sejam sempre
altas quanto vejo Scarlett Johansson no elenco e, por isso, insisto e persisto.
Mais uma vez, contudo, ela embarca num filme que não funciona. Em um futuro no
qual se confundem o real e o virtual, o orgânico e o mecânico, Major (Scarlett)
é a única de sua espécie – seu cérebro humano, retirado de uma jovem à morte,
comanda um corpo integralmente sintético. Arma mais letal da Hanka, uma empresa
de robótica que comanda uma Hong Kong remodelada ao estilo Blade Runner, Major inadvertidamente
se depara com revelações perturbadoras sobre seu passado. O filme se arrasta em
meio ao visual dissonante das favelas verticais e vielas imundas, junto com
holografias colossais e de gosto duvidoso. Fica a impressão de que o filme
perde a chance de resgatar as provocações das suas fontes de inspiração, como o
já mencionado BLADE RUNNER, além de MATRIX e ROBOCOP. Mesmo assim, Scarlett, séria e com um corte de cabelo ruim, é,
no mínimo, provocante.