A CHAVE DE SARAH (ELLES’APPELAIT SARAH, França, 2010) – Kristin Scott Thomas é uma atriz obrigatória: linda, talentosa e com os olhos tristes mais encantadores de toda a galáxia. Ela é uma das raras atrizes com completo domínio de cena, com a qual nos identificamos logo no primeiro fotograma. No filme, quando começa a descobrir os fatos do passado, passando por vários graus de envolvimento e indiferença, ela se transforma na sua dimensão existencial. Daí o cerne da história: a natureza do pertencimento ao nosso próprio tempo. Tudo que orbita o tema – a chave da menina judia – se reveste de um horror quase sensacionalista, o que não compromete o restante de um filme cuidadosamente estruturado, quando o analisamos com atenção. Kristin Scott Thomas is an obligatory actress: gorgeous, talented, and with the galaxy’s saddest and mesmerizing eyes. She is one of those rare actresses who can command the screen with quiet brooding. She's convincing in a way that we identify with, and our sympathies are with her from the start. In the movie, as she uncovers the past facts and faces varying degrees of concern and indifference, she herself undergoes an existential transformation. This, by the end, is really what the story is about: the pertinence for our own times. The specific events around the title idea, the young Jewish girl's key, are horrifying to the point of being slightly sensationalist, which does not compromise the rest of such a studied and careful movie when you take it in stride. Prime.